Não demorou muito ate Ivy me responder. " Me encontre na recepção, vamos almoçar " Sequei minhas lágrimas antes de sair do banheiro e retoquei a maquiagem, passei na minha recepção e peguei minha bolsa e todos os meus pertences que estavam ali, eu não pretendia voltar para a empresa mais, chamei o elevador e logo estava chegando no térreo. - Aconteceu alguma coisa? Você parece péssima. - Obrigada! Não aconteceu nada de mais, só o de sempre, Allan acabou de sair com uma garota, não sem antes a beijar na minha frente. - Eu sinto muito ppr isso Hanna, de verdade. Não dá pra tentar ajudar quem não faz por onde.- Não entendi bem o que ela disse e também não dei muita importância, chegamos no restaurante e eu estava magoada de mais para sentir alguma fome, peguei apenas um pouco de salada e carne pra não ficar com o prato vazio.<
Quando vi Maya em minha sala confesso que fiquei um pouco atordoado, nem lembrava se Maya era mesmo o nome dela e o que ela estava fazendo ali? Ela era filha de um cliente importante, por isso eu nao podia ser grosseiro. Me levantei para cumprimentá-la com um beijo no rosto, más eu deveria imaginar que ela viraria e eu acabaria beijando seus lábios. Olhei para Hanna e seu olhar me fez se sentir um idiota. - O que veio fazer aqui na empresa? - Perguntei a Maya assim que entramos no elevador. - Eu queria te fazer uma surpresa, oras! - Ela colocou as mãos em minha gravata tentando me seduzir, más meus pensamentos estavam em Hanna, ela deve estar imaginando mil e umas coisas a essa hora, e porque eu estou preocupado com isso? Porque eu sou um idiota e posso estar começando a sentir alguma coisa por ela. Não sei o nome e nem sei explicar o que sinto. Más ontem, quando a tive toda para mim eu tive a certeza de que jamais a deixaria partir, eu já tinha essa coisa dela ser minha, não
Por sorte Allan não demorou muito em casa, logo consegui sair sem precisar ver ou me despedir dele. O caminho até a fazenda dos tios de Ivy se deu em silêncio, ela sabia que eu precisava desse momento e respeitou isso. Como chegamos tarde na fazenda a maioria do pessoal já estava dormindo, somente no dia seguinte pude conhecer os tios de Ivy e Margô, a senhora ao qual eu tinha sido contratada para cuidar. - Mãe essa é Hanna, a mocinha que vai te fazer companhia a partir de hoje. - Alicia era uma mulher de meia idade porém bem jovial, e sua mãe a dona Margô era uma idosa de 70 porém bem conservada, ambas exalavam elegância e modéstia. - É um prazer te conhecer Margô, quero que saiba que pode contar comigo pro que precisar. - Respondi a cumprimentando, ela sorriu em resposta parecendo satisfeita. Margô tinha 70 anos, porém era bem autossuficiente, conseguia fazer suas atividades pessoais, andava, falava e por um mo
- Bom Dia Margô. - Olhei para a doce senhora que ainda estava deitada e esperei sua permissão para entrar no quarto. - Entre, por favor. - Precisa de alguma coisa?- Perguntei me aproximando dela. - Eu estou bem querida, más você me parece bem abatida. - Não foi nada, eu estou bem. - Sente aqui. - Ela apontou o lado de sua cama e eu me sentei diante do seu olhar maternal. - Se quiser conversar serei uma boa ouvinte. - Obrigada Margô, não se preocupe, não posso te encher com meus próprios problemas. - Tudo bem, más saiba que pode conversar comigo se quiser. - Obrigada, vou preparar seu almoço. - Deixei um beijo em sua testa e segui para cozinha. Estava picando os filés de frangos em cubo para uma sopa, quando o cheiro forte do frango fez meu estômago revirar e tive que correr para alcançar o banheiro
- Gêmeos?! Tipo dois bebês?! - A minha pergunta foi um pouco idiota, más não consegui evitar fazê-la. Com um sorriso radiante Alícia confirmou meu questionamento, as lágrimas escorriam silenciosas e eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. - Por favor, não chore querida, vai dar tudo certo, eu prometo, não tem com o que se preocupar!. - Alícia tentou controlar a empolgação para me consolar. Não consegui responder ou gritar, eu simplesmente sentia as lágrimas descendo constantemente lavando meu rosto, encharcando minha camiseta e me sufocando por dentro, eu surtaria? Acho que estou no estágio da negação, nenhuma palavra conseguia sair de meus lábios pois eu não conseguia acreditar que eu, Hanna Lima estava grávida de gêmeos, de gêmeos!!! O Doutor agendou uma consulta de rotina para o próximo mês e me deu as recomendações necessárias, depois de passarmos na farmácia pra comprar as vitaminas e o Ácido fólico seguimos de volta
- Hanna, você está bem? - Ivy perguntou se aproximando. - Fica longe de mim! - Respondi e não foi só para ela, me soltei dos braços de Allan e peguei uma toalha me enrolando nela. Caminhei com cuidado até onde Margô estava. - Acho que já deu de piscina por hoje, você já quer sair ou vai continuar ainda? - Vou ficar mais um pouco, não se preocupe comigo querida. - Deixei Margô na piscina e passei por Allan, Kallik e Ivy que me olhavam, os ignorei e subi pro quarto. Eu estava com raiva, não, raiva era pouco, eu estava com ódio, muito ódio da cara de todos eles, por um momento me perguntei se pelo menos alguém tinha sido verdadeiro comigo desde que cheguei a NY?!? Tomei um banho frio e a raiva era tanta que eu nem ao menos consegui chorar. - Haaaa!!!! - Gritei de susto quando saí do banheiro e vi Allan sentado na minha cama.
- Pai? Você não é meu pai, nunca esteve por perto fazendo esse papel!- Eu não me daria ao trabalho e constrangimento de lhe pedir um exame de DNA, algo em mim sabia que ele estava falando a verdade, más isso não mudava nada, eu não tinha pai. - Eu me mantive distante para protegê-la disso, más acho que falhei. - Eu preferia que continuasse assim, queria nunca ter te conhecido. - Pude ver dor no seu olhar ao ouvir minhas palavras, porém não me importei. - Isso não importa! Agora que já sabem de você nao terá como fugir do seu destino! - Você é maluco? Do que esta falando? - Então Jimmy me contou a história mais idiota da terra, sobre as regras da Punisher quanto a relacionamentos, e que eu e Allan tínhamos que nos casar, e principalmente, que pricisávamos ter um filho para ser o futuro novo sucessor da Punisher, pois os sucessores precisavam vir de sangue, nunca eram pessoas nascidas de fora. Eu até achei legal o fato deles serem justiceiros, más os
Olhei para Allan e me senti como se ele estivesse perguntando qual das duas mãos eu preferia que ele arrancasse. - No momento eu escolho fazer xixi. - Respondi e por um instante de deslize consegui fugir por baixo dele e me tranquei no banheiro. Depois de fazer minha necessidade, me sentei na tampa do vaso e chorei silenciosamente, eu não daria a eles o prazer de saber o quanto tinham destruído tudo que eu conhecia como vida. Quando finalmente sai do banheiro eu já tinha a minha decisão. - Eu vou me casar com você Allan, más com duas condições. - Quais são? - Ele cruzou os braços em uma pose superior e eu quis socar ele por tentar me intimidar. - Fidelidade! Não sou mulher pra aceitar traição, se vacilar uma vez se quer posso te garantir que vai acordar sem seu amigo de baixo! - Dei um olhar mortal para ele, eu não iria ficar por baixo diante dele, involuntari