Na manhã de domingo Pedro teve que ser ágil. Deixou um bilhete para Emmily e saiu pela janela, antes do pai de Emmily acordar. Ele nunca acreditaria que os dois só dormiram juntos, muito menos no que aconteceu depois da explosão na escola. Ele segue para a oficina, ainda precisa trabalhar e é bom não pensar no dia anterior. Porém não deu para fazer muito. A única coisa que as pessoas conversavam na rua era sobre a explosão na escola. Já era notícia! Pedro foi para a oficina, trabalhar, mas o pessoal ficava perguntando muito o que tinha acontecido e coisas do tipo. Ele sabia que não devia falar do professor e nem de Alexandre, então simplesmente respondia que não sabia o que houve, somente que uma parte do segundo andar da escola havia explodido e ele e os amigos foram embora correndo.
Na segunda-feira, dia 04 de novembro, todos vão para a aula normalmente. Porém, já dentro de sala, no último horário do dia, Pedro avisa para Tai Shio que ele está escutando o maldito apito na sua cabeça. Assim que Pedro finaliza sua fala o professor Dave LerChandu reaparece na porta da sala, para mais uma aula de História. Seu semblante estava diferente, não havia aquela estranha tentativa de ser simpático. Parecia mais com algum misto de raiva com cansaço, bastante semelhante com algumas das vezes em que Pedro se encontrava. O professor entra sem falar nenhuma palavra e vai direto para sua mesa, onde coloca sua
A semana passou, pesada e cheia de complicações, mas passou. Os amigos conseguem combinar de se encontrarem em um bar do lado da escola, na sexta-feira a noite. Todos se encontram e conversam bastante, um pouco sobre tudo, porém são atrapalhados várias vezes por pessoas que sabem que eles são estudantes da escola e que sobreviveram ao que foi chamado de “Massacre Comunista”. A mídia, manipulada pela ditadura, conseguiu unir o fato de dois homens nus estarem mortos dentro de uma escola, junto de 16 adolescentes também mortos, como uma forma de protesto da esquerda comunista. A história apresentada é que três homens invadiram a escola no final da aula e, nus, massacraram os adolescentes, usando de armas de corte pesadas e espadas. Term
A sexta-feira de todos foi relativamente tranquila, sem saídas e sem encontros. Pedro tenta conversar com Emmily, mas não a encontra em casa, ou simplesmente o seu pai não quis que ele a visse, é uma possibilidade. Pedro ainda está na oficina, mas precisará passar em casa logo, suas roupas estão acabando e ele precisa pegar novas. Lavar roupas no tanque não é divertido e demora muito mais para secar.O sábado iniciou normalmente. Pedro pegou um serviço bastante complexo e demorado, mas que vai render uma grana extra muito bem-vinda. Esse serviço o deixará ocupado durante alguns dias. Um carro da década de 50 veio para ser todo reformado,
Na terça-feira, Emmily acorda bem cedo. Estranhamente cedo, ainda estava amanhecendo. Ela se levanta e vai até o banheiro. Lava o rosto e se olha no espelho. Então ela lembra da reunião do dia anterior, do seu momento com Marisa e algumas coisas lhe vem a memória. Emmily volta correndo para o quarto e pega um caderno e uma caneta. Ela se senta na sua cama e começa a relembrar todos os fatos da reunião e a anotar alguns. O primeiro é sobre Anaã e sua assistente sem nome. Ambos muito pálidos e a menina tinha a pele muito fria. Emmily não se le
Rebeca chega na casa de Tai Shio por volta das 14:00 horas. Ela toca a campainha e quem atende é Emmily. Rebeca se assusta, mas corre e dá um abraço na amiga. Então começa a chorar. - O que foi amiga, por que está assim? O que aconteceu? – questiona Emmily. - Tudo aconteceu. Você sumiu, um lobisomem matou os nossos colegas, o Pedro acha que somos loucos e eu tenho certeza que estou ficando louca. – Rebeca fala alto, enquanto chora. - Acalme-se Rebeca, você não es
A mãe de Tai Shio não fala nada com o filho. Ela finaliza as tarefas diárias sem esboçar nenhum sentimento. Ela prepara o jantar para a família e não fala sobre o que aconteceu a tarde, Tai Shio também não comenta nada com o seu pai. Ele acredita que sua mãe está com muita raiva e alimentar essa raiva não é bom. Ele conversará com o seu pai outro dia.Rebeca chega em casa. Ela não passou na casa de Bárbara, pretende passar no outro dia. A
Emmily acorda, sentindo bastante dor na lateral direita da cabeça. Ela coloca a mão e sente que há uma protuberância no local. Ela olha ao redor e não consegue identificar nada. As paredes são brancas, há uma mesa de madeira ao fundo, com alguns papéis em cima. O chão é frio, como se fosse de um azulejo, mas Emmily não sabe identificar o material. Ela então se senta. Nesse momento ela percebe que existe uma corrente presa ao seu tornozelo esquerdo. Seu coração acelera e ela não sabe se grita ou se fica calada. Então ela se lembra que a última pessoa que viu,
Emmily adormece na sala onde estava presa. Depois de algumas horas, ela sente alguém mexendo na sua perna esquerda, o que a faz acordar de supetão. Era a garota, a assistente de Anaã.- Bom dia. Eu disse que viria te ver de manhã.- Bom dia. Eu me assustei, desculpe.- Não precisa se desculpar. Você estava dormindo tão bonitinha que não tive coragem de te acordar. Então, pensou bastante?