Acordo com um sorriso no rosto por ter tido uma das noites de sono mais tranquilas de todos os tempos e tudo isso se deve a conversa incrível que tive com Daisy ontem a noite. Nós conversamos por tanto tempo que a água da banheira ficou fria e foi assim que eu percebi que já havia se passado quase uma hora. Conversamos sobre nossos gostos, jeito de ser e aqui e ali havia uma pequena piada e isso melhorou minha noite em 200% e me fez esquecer do trabalho e dores de cabeça que enfrento no dia a dia.
Quando adentrei a empresa, eu estava assoviando de tanta paz no meu coração, mas isso acabou quando eu vi a minha dor de cabeça maior me esperando de pé com um sorriso de comedor de merda ao lado da sua mesa. Desirré Gabrielli está se mostrando a frustração d– Desculpe, mas o que exatamente você quer dizer com “vamos fazer compras”? Por que preciso fazer compras? Aquilo na sala agora a pouco foi mais que estranho e sinto que vou enlouquecer se você não me disser logo o que está acontecendo aqui. – Digo assim que saímos do elevador. A todo momento Murilo olha o relógio e me puxa pela mão com pressa. Ainda bem que as longas noites trabalhando como bartender em boates me acostumaram a usar saltos, do contrário, eu estaria muito ferrada nesse momento. – Quem vai acompanhar quem? – Pergunto puxando meu braço e parando, o que o força a parar também.– Vou te contar enquanto caminhamos. Por favor, é urgente. – Sendo assim, me deixo ser levada por ele.– Comece, so
Confiro as horas de forma impaciente no meu relógio. Estou prestes a me atrasar para o jantar e nada de Murilo chegar com Desirré. Será que deu algo errado? Eles não conseguiram achar uma roupa a tempo? Faltou opções? Droga, essa espera está me matando. Eu sabia que seria impossível fazer um reajuste desse em tão pouco tempo, mas preferi ter esperanças com a ideia de Murilo, que fracassou por sinal. Quando estou prestes a desistir e pensar numa forma de comunicar, vejo o meu motorista parar a porta do restaurante e suspiro aliviado.– Gracas a Deus ela chegou. – Planos fora de hora normalmente tem o poder de me enlouquecer.Vejo o motorista sair do carro e abrir a porta para Desirré e eu aguardo impacientemente que ela saia do carro, mas eu n&
Esperei até que o jantar acabasse para poder ir ao banheiro e quando finalmente aconteceu eu me senti exultante, a minha bexiga nunca agradeceu tanto por uma ida ao banheiro. Já havia me aliviado e estava feliz por ter feito tudo certo no jantar, até o próprio Sebastian parecia leve e feliz e isso me deu uma grande confiança, infelizmente, vi pelo espelho o intérprete dos coreanos adentrar o recinto e franzi a testa.– Aqui é o banheiro das mulheres, acho que errou de porta. – Digo simplesmente e ando até a máquina secadora a fim de secar as minhas mãos e voltar para Sebastian, que está me esperando.– Na verdade, eu entrei no banheiro certo. – Ele diz se aproximando com uma expressão que não sei decifrar e eu fico parada e
Sem previsão de quando vamos sair desse elevador quebrado e com as pernas cansadas depois de ter corrido para acompanhar Desirré na sua corrida contra os seguranças, eu decido aceitar que meu dia foi uma merda e me sento no chão do elevador e coloco a mão na testa. Quando foi que a minha vida começou a ficar caótica?– O que está fazendo? – Desirré pergunta.– Esperando. – Não tenho forças para lhe dar uma resposta rebuscada então respondo com o mínimo de palavras possível.– Desculpe por fazer você passar por esse tipo de coisa. Acho que você nunca precisou sentar no chão do elevador ou esperar. – Ela diz sentando-se no chão também. Nossas roupas não combinam
Cheguei em casa morto de cansado e rezando por um banho quente e a minha cama mais quente ainda. Passei praticamente uma hora trancado com Desireé até que o elevador fosse consertado, como já era tarde da noite fiz questão de deixá-la em casa e vim direto para a minha sem pausa alguma. Tiro minha carteira do bolso e coloco na mesa de centro da sala junto com as chaves de casa e do meu carro. Caminho para o quarto desfazendo o nó da gravata e jogo o celular em cima da cama ao passar pelo quarto, quando finalmente chego o banheiro já estou totalmente pelado. Olho para a banheira de hidromassagem e faço uma anotação mental para usá-la novamente qualquer dia. – Hoje não. – Digo para mim mesmo dando uma última olhada na banheira e caminho
– Desirré, por que diabos você ainda está aqui? Você está atrasadíssima, sua maluca! – Kim grita ao pé da minha cama e corre para abrir as cortinas revelando e deixando a luz entrar no quarto. Fecho os olhos devido à claridade e cubro a cabeça com o cobertor. – Levanta já essa bunda dai e vai se arrumar, talvez seu chefe te perdoe se você disser que teve, sei lá, uma dor de barriga quando estava saindo de casa. Vai, vai! Já são mais de nove da manha e você dormindo. – Kim grita batendo palmas e puxando meu cobertor.– Estou de folga pela manha, só preciso ir a tarde para o trabalho. Meu dia ontem foi muito corrido e a minha noite nem se fala, então se você puder se retirar p
Frio. Está muito frio onde eu estou e eu sinto que o meu terno está colado no meu corpo. Quem jogou água em mim? A brisa fria que está entrando pela janela piora ainda mais e eu passo as mãos pelo meu corpo a fim de obter algum atrito para esquentar a minha pele. Quando estou prestes a puxar o cobertor, eu sinto uma mão quente e acolhedora na minha testa. Quem está na minha casa?– A febre dele está só aumentando. – Ouço uma voz dizer e se afastar e franzo a testa um pouco. Abro os olhos e olho ao redor procurando a dona da voz, mas nada vejo. Com muita demora, meu olhar foca e eu percebo que não estou no meu quarto e sim no escritório.Me lembro de sentir uma dor de cabeça tremenda e passar um pouco mal enquanto tra
Junto os papéis que Sebastian me pediu e os coloco em sua pasta, todos estão organizados e separados, assim ele não vai se perder quando estiver analisando. Organizo a minha mesa, arrumo a minha bolsa e estou pronta para ir para casa. Pego as minhas coisas e a pasta de Sebastian e entro na sala dele sem avisar, já que a porta está aberta.Sebastian está sentado no sofá em um completo escuro e olha a noite através da enorme janela que há atrás da sua mesa. Ele está enrolado com o lençol que comprei, mas eu posso ver os seus pés descalços no chão e não consigo deixar de reparar em como eles são bonitos. É a primeira vez que eu reparo nos pés de um homem, afinal, que homem tem os pés boni