Esperei até que o jantar acabasse para poder ir ao banheiro e quando finalmente aconteceu eu me senti exultante, a minha bexiga nunca agradeceu tanto por uma ida ao banheiro. Já havia me aliviado e estava feliz por ter feito tudo certo no jantar, até o próprio Sebastian parecia leve e feliz e isso me deu uma grande confiança, infelizmente, vi pelo espelho o intérprete dos coreanos adentrar o recinto e franzi a testa.
– Aqui é o banheiro das mulheres, acho que errou de porta. – Digo simplesmente e ando até a máquina secadora a fim de secar as minhas mãos e voltar para Sebastian, que está me esperando.– Na verdade, eu entrei no banheiro certo. – Ele diz se aproximando com uma expressão que não sei decifrar e eu fico parada eSem previsão de quando vamos sair desse elevador quebrado e com as pernas cansadas depois de ter corrido para acompanhar Desirré na sua corrida contra os seguranças, eu decido aceitar que meu dia foi uma merda e me sento no chão do elevador e coloco a mão na testa. Quando foi que a minha vida começou a ficar caótica?– O que está fazendo? – Desirré pergunta.– Esperando. – Não tenho forças para lhe dar uma resposta rebuscada então respondo com o mínimo de palavras possível.– Desculpe por fazer você passar por esse tipo de coisa. Acho que você nunca precisou sentar no chão do elevador ou esperar. – Ela diz sentando-se no chão também. Nossas roupas não combinam
Cheguei em casa morto de cansado e rezando por um banho quente e a minha cama mais quente ainda. Passei praticamente uma hora trancado com Desireé até que o elevador fosse consertado, como já era tarde da noite fiz questão de deixá-la em casa e vim direto para a minha sem pausa alguma. Tiro minha carteira do bolso e coloco na mesa de centro da sala junto com as chaves de casa e do meu carro. Caminho para o quarto desfazendo o nó da gravata e jogo o celular em cima da cama ao passar pelo quarto, quando finalmente chego o banheiro já estou totalmente pelado. Olho para a banheira de hidromassagem e faço uma anotação mental para usá-la novamente qualquer dia. – Hoje não. – Digo para mim mesmo dando uma última olhada na banheira e caminho
– Desirré, por que diabos você ainda está aqui? Você está atrasadíssima, sua maluca! – Kim grita ao pé da minha cama e corre para abrir as cortinas revelando e deixando a luz entrar no quarto. Fecho os olhos devido à claridade e cubro a cabeça com o cobertor. – Levanta já essa bunda dai e vai se arrumar, talvez seu chefe te perdoe se você disser que teve, sei lá, uma dor de barriga quando estava saindo de casa. Vai, vai! Já são mais de nove da manha e você dormindo. – Kim grita batendo palmas e puxando meu cobertor.– Estou de folga pela manha, só preciso ir a tarde para o trabalho. Meu dia ontem foi muito corrido e a minha noite nem se fala, então se você puder se retirar p
Frio. Está muito frio onde eu estou e eu sinto que o meu terno está colado no meu corpo. Quem jogou água em mim? A brisa fria que está entrando pela janela piora ainda mais e eu passo as mãos pelo meu corpo a fim de obter algum atrito para esquentar a minha pele. Quando estou prestes a puxar o cobertor, eu sinto uma mão quente e acolhedora na minha testa. Quem está na minha casa?– A febre dele está só aumentando. – Ouço uma voz dizer e se afastar e franzo a testa um pouco. Abro os olhos e olho ao redor procurando a dona da voz, mas nada vejo. Com muita demora, meu olhar foca e eu percebo que não estou no meu quarto e sim no escritório.Me lembro de sentir uma dor de cabeça tremenda e passar um pouco mal enquanto tra
Junto os papéis que Sebastian me pediu e os coloco em sua pasta, todos estão organizados e separados, assim ele não vai se perder quando estiver analisando. Organizo a minha mesa, arrumo a minha bolsa e estou pronta para ir para casa. Pego as minhas coisas e a pasta de Sebastian e entro na sala dele sem avisar, já que a porta está aberta.Sebastian está sentado no sofá em um completo escuro e olha a noite através da enorme janela que há atrás da sua mesa. Ele está enrolado com o lençol que comprei, mas eu posso ver os seus pés descalços no chão e não consigo deixar de reparar em como eles são bonitos. É a primeira vez que eu reparo nos pés de um homem, afinal, que homem tem os pés boni
O caminho que normalmente é feito por mim em mais de meia hora de ônibus foi feito em 15 minutos de carro e eu não podia agradecer mais por não ter que enfrentar o ônibus lotado de gente fedendo a suor, cc e mais mil outras coisas que você duvidaria.O motorista estaciona na porta do meu prédio e eu não posso evitar de sorrir ao observar a fachada da minha casa. Vou descansar bem mais cedo hoje, graças a Sebastian. Até que a presença dele está se tornando mais tolerável para mim.– Obrigada pela carona. – Respondo tirando o cinto e olhando para Sebastian, mas ele não é capaz de me responder já que está de sono solto. – Eita, ele dormiu. – Digo olhando para o motorista
Fui dormir pensando em tudo que soube e dei até alguns murros no meu travesseiro imaginando que era o rosto de Dylan. Primeiro ele me trai com todas as mulheres de Manhattan e depois vem atrás de mim querendo consertar o que obviamente não tem conserto. – Ele deve ter merda na cabeça ou deve pensar que eu tenho sangue de barata para ser traída e ainda voltar para o lugar que lutei para sair. – Resmunguei para mim mesma batendo no travesseiro, mas isso logo foi esquecido por mim quando uma notificação chegou no meu celular. Ao inves da cara feia, abri um lindo sorriso ao ver que era uma nova mensagem de Abel.Pediu desculpas pelo sumiço e afirmou estar doente, mas que logo se recuperaria. Conversamos grande parte da noite e eu descobri algumas coisas
Antes que eu chegue na recepção para conversar com Anna, a ex de Sebastian, ela chega a minha mesa com o queixo empinado e um olhar muito altivo dirigido a mim e a Lana. Uma loira do cabelo curto, olhos muito azuis e corpo de Barbie anda até mim com a sua bolsa Gucci no braço, provavelmente o último lançamento da marca. Acho que tudo que ela está usando vale mais que o meu apartamento. – Olá. Em que posso ajudá-la? – Pergunto o mais cortes que consigo ser. A cara dela não me agrada nem um pouco. – Claro que pode. Essa… simples recepcionista me disse que eu não posso entrar na sala do meu noivo e isso é um absurdo sem tamanho. É uma falta de respeito sem tamanho comigo. – Ela olha para Lana