Cameron
Já fazia dias que eu estava trancada no quarto, o peso de cada hora passando lentamente. Meus meninos vinham me ver, se deitavam ao meu lado, tentando trazer algum conforto. Eles sempre conseguiam, mas a ausência de Ragnar era um buraco no meu peito. Ele estava lidando com problemas urgentes — o Leste precisava de um novo Alfa, alguém forte e digno para liderar, e Ragnar estava à frente dessa escolha. Eu entendia o quanto ele se importava com aquela alcateia, o quanto ele lutava por eles. Mas isso o mantinha longe de mim. Fazia três dias que ele não estava realmente presente. Ele não saía de casa, não por completo, sempre preocupado com minha condição, mas, mesmo assim, não vinha ao quarto. Nos poucos momentos em que ele entrava, eu já estava dormindo, e quando eu acordava, ele já havia sumido.
Houve noites em que pensei que ele nem mesmo tives
CameronO beijo de Ragnar era como fogo vivo, queimando através de cada camada de tensão que havia em meu corpo. Suas mãos hábeis desamarraram o laço delicado do meu hobby, revelando a camisola de seda que ele tanto gostava. O toque suave de seu nariz roçando meu pescoço me fez estremecer, e ele riu baixinho, sua voz grave e sedutora vibrando contra minha pele.“Você sabe mesmo como me agradar,” ele murmurou, seus lábios tocando minha pele de leve.Dei uma risadinha, inclinando-me para olhar em seus olhos. “Era tudo ou nada,” provoquei. “A chance de você me colocar para fora era de 50%.”Ele me olhou com uma expressão divertida, uma faísca de desejo dançando em seu olhar. Segurei seu rosto entre minhas mãos, acariciando suavemente suas têmporas. “Acho que nunca mais vou olhar para esse creme da me
RagnarSe Cameron estava determinada a me enlouquecer, ela conseguiu. Cada movimento dela, cada gemido, arrastava meu lobo mais para perto do abismo, onde o controle era quase impossível de manter. Tudo o que existia naquele momento era ela, minha Luna, e o desejo avassalador que preenchia o ar entre nós. Fazia muito tempo desde a última vez que a tive em meus braços, e agora, era como se o tempo parasse, como se nada mais no mundo importasse além dela e de mim, conectados.Enquanto eu a adorava, com cada toque, com cada beijo, ela respondia com uma intensidade que fazia meu lobo rugir em aprovação. Seus gemidos suaves, os espasmos que corriam pelo corpo dela, cada pequeno detalhe me empurrava mais para o limite, e mesmo que eu não pudesse reivindicá-la da forma que meu corpo e alma queriam, eu a adorava de todas as outras maneiras possíveis.Quando seus espasmos finalmente di
CameronO calor da água ao redor do meu corpo sempre me trazia uma sensação de paz, como se pudesse lavar todas as preocupações e medos que vinham me assombrando nos últimos dias. Fechei os olhos e deixei o vapor envolver o ambiente, a banheira preenchida pelo aroma suave do banho relaxante que Ragnar preparou para mim. Tudo parecia bem, tranquilo demais.Foi quando senti algo estranho. Uma leveza incomum tomou conta do meu ventre, e então, um cheiro familiar e assustador invadiu o ar. Abri os olhos num estalo e o pânico me atingiu. A água estava ficando rosada, o vermelho tomando conta, misturando-se lentamente ao meu redor. Sangue.Meu coração acelerou, e um grito escapou dos meus lábios antes que eu pudesse pensar. "Ragnar!" Foi tudo o que consegui dizer, tudo o que minha mente permitiu que eu fizesse. O terror já me dominava, e o mundo ao meu redor começou a gira
RagnarO cheiro de sangue ainda impregnava o ar, e isso me enfurecia tanto quanto me aterrorizava. Mesmo depois do médico chegar e começar a examinar Cameron, meu corpo inteiro estava em estado de alerta, o lobo dentro de mim à beira de perder o controle. Ela estava deitada na cama, pálida, os olhos cheios de medo, mas tentando disfarçar para não me preocupar ainda mais. Eu conhecia aquele olhar. Era o mesmo que ela usava quando tentava proteger os meninos de algo que ela sabia que os machucaria.O médico levantou os olhos do ultrassom portátil que estava usando e soltou um suspiro curto. “Parece que estamos lidando com vasos sanguíneos sensíveis. Isso pode ser comum em algumas gravidezes, especialmente com qualquer tipo de estimulação, mesmo que não tenha havido penetração.” Ele me olhou diretamente, a voz baixa, mas firme. “Mas q
CameronEra um alívio saber que os exames confirmaram que estava tudo bem. Meu bebê estava seguro, e a única questão era a sensibilidade das minhas veias, que sangravam mais do que o normal. Isso eu podia controlar. Eu faria de tudo para proteger Enoch, mas o que me incomodava profundamente era o distanciamento que Ragnar havia imposto entre nós.Ele estava sempre por perto, me vigiando como se eu fosse de vidro prestes a se partir. Quando não havia ninguém comigo, ele estava na poltrona ao lado da nossa cama, trabalhando em silêncio. Mesmo quando estávamos sozinhos, não se aproximava de mim.Não me tocava. À noite, me cercava de travesseiros, quase como se estivesse criando uma barreira protetora ao redor de mim. Perguntava repetidamente se eu estava confortável, mas não se deitava comigo.Na terceira noite daquela situaç
RagnarEla não tinha ideia do quanto eu a desejava. Cada movimento dela, cada toque, fazia meu corpo incendiar. A forma como os cabelos dela caíam pelos ombros, a suavidade de sua pele, o cheiro que invadia meus sentidos... Eu queria Cameron. Mais do que qualquer outra coisa no mundo. E, justamente por isso, eu me afastava.Eu a segurei firme, meus braços envolvendo seu corpo enquanto a pegava no colo. Ela era tão leve nos meus braços, e, ao mesmo tempo, tão poderosa sobre mim. Levei-a de volta para a cama com cuidado, deitando-a delicadamente sobre o colchão. Mas quando tentei organizar os travesseiros ao redor dela, a barreira que eu insistia em manter. Cameron me encarou com aqueles olhos que sempre me desarmavam.Com um movimento decidido, ela começou a jogar todos os travesseiros no chão, um por um, sem dizer uma palavra no início.Assim que ela acabou, ela me enca
CameronAcordar com os travesseiros ao meu redor de novo trouxe aquela sensação familiar de frustração. Eu entendia que Ragnar só queria cuidar de mim, mas me manter à distância não fazia sentido. Estar ao lado dele era o que me acalmava, o que me fazia sentir segura. Eu precisava encontrar uma maneira de convencê-lo a parar com isso, a deixar o medo de lado.Levantei-me devagar, o corpo ainda um pouco pesado pelo sono, e fui para o banheiro. Fiz minha higiene matinal com a cabeça cheia de pensamentos, tentando imaginar como eu poderia fazê-lo entender que seu toque me acalmava, que sua presença era tudo o que eu queria e precisava. Voltei para o quarto e comecei a andar de um lado para o outro, meus pés descalços roçando o carpete macio enquanto eu refletia sobre isso.O cheiro dele chegou antes que seus passos ecoassem no andar. Parei de andar
RagnarEu podia ver pela expressão no rosto da Cameron que meu "plano" de não tocá-la durante toda a gravidez não caiu muito bem. O olhar dela estava cheio de decepção, e isso me incomodou mais do que eu gostaria de admitir. Não queria deixá-la chateada, principalmente agora. O simples fato de vê-la contrariada fazia meu lobo inquieto. Mas, para aliviar a tensão, tentei transformar o momento em uma brincadeira. Talvez fosse o jeito mais fácil de ela relaxar um pouco."Nem que eu quisesse, Cam," disse, forçando um sorriso e tentando soar despreocupado. "Não conseguiria ficar tanto tempo longe de você." Meus olhos focaram nos dela, esperando que minhas palavras fizessem efeito.Ela pareceu absorver o que eu disse, e notei seus ombros relaxando levemente. Isso já era alguma coisa. Ver a tensão deixando seu corpo me trouxe um certo alí