Ragnar
O ambiente ao nosso redor estava destruído, espelhando o caos dentro de mim. Tínhamos que trocar de sala. O poder que eu deixei escapar no calor do momento havia sido demais até para mim. O vidro estilhaçado, a madeira da mesa rachada... cada detalhe refletia a fúria que eu não conseguia mais conter. Tudo ao meu redor parecia estar desabando, mas eu sabia que a verdadeira batalha ainda estava por vir. A única coisa que importava era acabar com qualquer ameaça que ainda pairasse sobre Cam, sobre nossos filhos.
Assim que todos se sentam na nova sala, Sweet desliza um papel até mim, como se fosse uma informação vital, mas eu já estava cansado de enigmas. “Existe uma orla de bruxos no leste,” ela disse, sua voz calma, mas eu sabia que ela estava apreensiva.
Rosnei antes mesmo de pegar o papel. “Isso já é notícia velha,&rd
RagnarEu olhava fixamente para Elowen, esperando a resposta que poderia nos salvar, que poderia ser a chave para finalmente derrotar nossos inimigos. Elowen era uma loba bruxa experiente, uma guerreira que já tinha lutado em duas guerras. Se alguém sabia como combater bruxas e resolver essa situação, era ela. Mas, ao mesmo tempo, a tensão em mim crescia. Minha paciência estava por um fio, e eu não sabia quanto mais tempo poderia aguentar essa incerteza.Quando Elowen finalmente começou a falar, suas palavras me atingiram como um golpe no estômago."Eu preciso ver o que Riuk tem dentro dele, Ragnar," ela disse, sua voz calma, mas cortante. "É nele que está o segredo. Precisamos entender a diferença entre seus dois filhos. O que o torna diferente, o que o faz especial. Ele carrega a herança de Vincent, e talvez seja a chave para retirar o poder de Cam e do bebê... se es
CameronAcordei em um lugar calmo, a brisa leve balançando a grama alta ao meu redor. O aroma das flores silvestres preenchia o ar, e, por um momento, me senti estranhamente em paz, como se todo o caos que me rodeava tivesse desaparecido. Meus olhos ainda tentavam se ajustar à luz suave, enquanto eu tentava entender onde estava. Nada parecia familiar.Então, uma voz suave, quase distante, me alcançou."Mamãe... Mamãe."Me virei rapidamente, o som partindo meu coração com uma doçura que eu não conseguia explicar. Ao longe, vi um pequeno garotinho correndo em minha direção. Seus cabelos eram escuros, e seus olhos profundamente negros, tão semelhantes aos de Ragnar. Seu sorriso era cativante, cheio de inocência e pureza.Confusão tomou conta de mim. Como isso era possível? Meu filho ainda estava na minha barriga... Eu olhei para baixo, esperando ver a protuberância familiar, mas minha barriga estava lisa, sem nenhum sinal de gravidez. Meus olhos volta
RagnarEu estava saindo da sede, a mente ainda fervilhando com as decisões que precisava tomar. Cada passo parecia pesar uma tonelada, o ar ao meu redor denso com o fardo de tudo o que estava acontecendo. Mas, de repente, meu celular vibrou no bolso. Olhei para a tela e vi o nome do hospital. O sangue sumiu do meu rosto, meu coração disparou e minhas mãos tremeram ligeiramente. Não queria atender. Não queria ouvir a notícia que temia receber.Mas sabia que precisava. Com o coração na garganta, levei o celular ao ouvido e travei a respiração, esperando pelo pior."Senhor Ragnar?" A voz da enfermeira era suave, quase tímida."Sim?" Minha voz saiu tensa, quase um rosnado."Eu... tenho boas notícias. A senhora Cameron acordou."Por um momento, o mundo parou. Meus pulmões travaram, e não consegui emitir nenhum som. Como assim, ela acordou? Era
CameronEu o encarei, esperando uma resposta. Ragnar estava agitado, movendo-se de um lado para o outro, até que finalmente se sentou na beira da cama e segurou minhas mãos com força, quase como se não soubesse por onde começar. Senti o peso do que ele estava prestes a dizer, algo estava muito errado. O silêncio entre nós ficou pesado, quase insuportável, e minha apreensão só aumentava."Ragnar, o que está acontecendo?" perguntei, erguendo o rosto dele com a mão, forçando-o a me encarar. "Por que eu sonhei com Riuk indo embora? O que você não está me contando?"Ele balançou a cabeça, fechando os olhos por um momento, como se quisesse afastar o peso das palavras que estavam por vir. "Cam... depois de tudo que aconteceu com Tayrus... os investigadores descobriram que ele pode ter transferido algum poder para o bebê que você est&aa
Cameron“Ragnar, você precisa mandar agora mesmo que meus pais tragam os meninos,” falei, com a voz firme, sem esconder a urgência no meu tom. “Precisamos conversar com Riuk. Eu preciso ver os meus filhos.”Ele assentiu, sabendo que eu não iria ceder. "Eu vou cuidar disso. Mas, Cam, você precisa descansar. Vou falar com seu pai agora e arranjar tudo.""Não quero descansar. Quero resolver essa situação. Será que algum dia teremos paz?" meus olhos se encheram de lágrimas e ele me abraçou."Farei com que isso aconteça de um jeito ou de outro. Quero que você tenha tranquilidade para curtir nossos filhos.""É só o que eu quero. Agora que Tayrus se foi, achei que tudo teria fim, mas parece que ainda existe um elo. Agora que nos segura e nos arrasta para algum lugar." ele negou com a cabeça."Não pense assim. É
CameronMeu corpo inteiro se enrijeceu ao ouvir o médico mencionar algo diferente no ultrassom. Uma onda de medo percorreu minha espinha, e meus olhos se arregalaram. "O que há de errado?" perguntei, com a voz trêmula.Ragnar segurou minha mão, apertando-a com força. Mas eu podia sentir o quão tenso ele estava, o calor emanando de sua pele. O médico continuou a movimentar o aparelho de ultrassom com cuidado, sem dizer nada. Ragnar, já nervoso, rosnou baixo."O que tem de errado com meu filho, doutor. Fale de uma vez. Não vê que está nos deixando ainda mais tensos?" olhei para ele, mas seus olhos estavam fixos no monitor.O médico finalmente parou, olhando para nós com uma expressão séria e preocupada. "O bebê está menor do que o esperado para a idade gestacional," ele explicou, sua voz calma, mas cheia de peso. "Isso não é comu
RagnarAssim que a enfermeira chegou à sala, ela ajudou Cam a se acomodar na cadeira de rodas e a levou de volta para o quarto. Eu segui ao lado dela, tentando parecer forte, mas por dentro estava angustiado. As palavras do médico ainda ecoavam na minha mente, a preocupação com o tamanho do bebê e tudo o que precisávamos fazer para garantir que ele ficasse bem. Eu sabia que tinha que ser o suporte de Cam, não demonstrar fraqueza, mas cada vez que olhava para ela, sentado naquela cadeira, tão vulnerável, meu coração se apertava."Bom, Luna, verei com o médico se precisa de mais alguma coisa, mas enquanto isso descanse." ela falou para Cam que se levantava e se sentava na cama."Obrigada, Eni." ela falou e a mulher saiu com um aceno.Fui até ela e beijei sua testa suavemente e, enquanto ela se ajeitava na cama, peguei o celular para ligar para Gabriel e saber se os men
Ragnar"Todos estão bem? Alguém quer alguma coisa para comer?" perguntei, tentando suavizar a atmosfera e dar a Cam um momento de descanso.Riuk foi o primeiro a levantar a mão, tímido, mas determinado. "Eu quero, papai."Dei um leve aceno com a cabeça e segui Riuk para fora do quarto, sentindo o olhar atento de Cam nas minhas costas. Ela sabia que eu iria aproveitar esse momento para conversar com ele. Eu precisava ambientá-lo do que estava acontecendo, porque assim como o passado de Cam, o passado dele estava muito vivo em nosso meio.Caminhamos juntos até a lanchonete do hospital. Riuk escolheu um salgado e um suco, e nos sentamos em uma mesa afastada. Ele parecia tranquilo, mas notei um brilho diferente em seus olhos. Esperei que ele começasse a comer, observando-o com atenção. Depois de alguns minutos, ele finalmente ergueu o olhar e me encarou."Papai, eu n