Ragnar
A casa estava em silêncio, um silêncio profundo que só as primeiras horas do amanhecer traziam. Cam dormia ao meu lado, seu corpo tranquilo e alheio a tudo ao redor. Meus dedos corriam lentamente pelas suas costas nuas, enquanto meu lobo interior uivava de satisfação. Ela era minha, completamente. Não havia dúvida disso, nem em minha mente, nem em lugar algum do mundo.
O sol nascia, lançando sua luz laranja pelo quarto. Observei a cena, o brilho suave refletindo no corpo de minha Luna. Lentamente, ela começou a se mexer, o que imediatamente despertou meu lobo, ansioso para repetir os eventos da noite anterior. Ela se agarrou ao meu braço e o beijou, traçando caminhos delicados com os lábios.
Eu ergui seu rosto para me olhar, mordendo suavemente sua boca. “Se você continuar assim,” murmurei, minha voz carregada de desejo, “teremos que começar tu
CameronRagnar e eu nos vestíamos em silêncio, nossas mãos movendo-se de maneira metódica enquanto nossos olhares se cruzavam de tempos em tempos. Um sorriso satisfeito brincava nos lábios dele, refletindo o mesmo que eu sentia. Pertencíamos um ao outro, e isso, pelo menos para mim, era tudo o que eu precisava naquele momento para enfrentar qualquer coisa que estivesse por vir.Ele se aproximou, segurando meu rosto com suas mãos firmes e calorosas. Seus olhos eram intensos enquanto ele me dava um beijo terno, deixando um rastro de calma em minha pele. “Assim que reunião começar, daqui a dois dias, as coisas vão ficar tensas,” ele disse, a voz séria. “Todos os alfas da Aliança estarão presentes. Exigi a presença de Brandon, então não quero que você deixe o Riuk à vista. Aquele lobo com certeza irá procurá
CameronSentávamos todos à mesa do café da manhã. O cheiro de pão fresco e café quente preenchia o ar, criando um ambiente acolhedor. Eu observava Eron e Riuk conversando, e meu coração se aquecia ao vê-los conversando como antes. Eles riam e trocavam olhares curiosos, até que, em um momento que fez meu coração parar por um segundo, Eron chamou Riuk de "irmão." Nossos olhares se encontraram, e vi esperança nos olhos de Ragnar. Um sorriso involuntário apareceu nos meus lábios. Talvez, estivéssemos construindo algo sólido, uma verdadeira família.Enquanto me perdia nesses pensamentos, Gabriel apareceu na sala. “Bom dia,” ele disse, com um sorriso contido. “Estou aqui para levar os meninos para a escola. E... o avião do Jordan acabou de pousar.”Os meninos pararam de mastigar e me encararam, os olhos arre
RagnarSentei-me à mesa, mas a inquietude se agitou em meu peito. Eu podia sentir as emoções de Cameron a distância. Algo dentro de mim vibrava, um instinto que sempre se manifestava quando ela estava perturbada. Abaixei o olhar para a mesa, tentando focar na conversa, mas era inútil.Quando ergui o rosto, meu olhar encontrou o de Jordan, meu sogro. Ele parecia estar me avaliando, como sempre fazia. Era um gesto sutil, mas eu já conhecia o suficiente da personalidade dele para perceber quando queria dizer algo."Ragnar," começou ele, com a voz baixa, mas firme. "Acho que é melhor ficar. Deixe que Celine e Cameron conversem lá fora, sem interrupções."Assenti. Entendia o que ele estava fazendo; era um convite para que eu confiasse em minha Luna e sua mãe naquele momento delicado.Meu lobo estava louco com as emoções que eu sentia,
CameronComecei a indicar o quarto para as mulheres da minha família, deixando seus quartos um ao lado do outro, para que não se sentissem perdidas. Mas, enquanto fazia isso, percebi que Ragnar conduzia meu pai e meu irmão para o escritório. Uma onda de preocupação passou por mim, pois eu queria estar presente no que ele
RagnarArrastei Celeste pelos corredores da sede, os gritos e choros dela ecoando como um lamento que se arrastava por cada canto do lugar. As pessoas paravam, cochichando e lançando olhares incrédulos em nossa direção. Ela era conhecida por todos na alcateia, uma ômega sempre querida e prestativa. E agora, ela
RagnarEntrei em nosso quarto, meu peito ainda queimando com o desespero e a fúria que me consumiam. A imagem de Celeste conspirando contra nós estava gravada em minha mente. A maldita poderia ter feito algo terrível a Cam ou aos nossos filhos, e essa ideia me assombrava, me deixando à beira da loucura.
CameronVê-lo ali ao meu lado trazia uma tranquilidade que eu nunca pensei ser possível. Repousando em seu peito, eu percebi que éramos mais fortes juntos do que eu jamais sonhara. Ragnar era minha fortaleza e minha segurança. Quando ele não me interrompeu, mas me apoiou na cozinha, soube naquele momento que éramos uma unidade. Eu e ele, um só.Levantei a cabeça e olhei para ele. Seu olhar encontrou o meu, e um sorriso suave surgiu em seu rosto. "Acho melhor nos levantarmos," ele disse, com a voz ainda rouca de desejo. "Os meninos estão para chegar, e sua família está lá embaixo tentando entender o que aconteceu."Concordei, sentando-me na cama e puxando o lençol para cobrir meu corpo. Mas Ragnar, com um movimento rápido, soltou o tecido dos meus dedos, revelando meu corpo nu para ele. O rosnado que escapou de seus lábios sempre incendiava algo dentro de mim,
CameronOlhei para Libby e chamei-a com um aceno. “Vem cá, quero te apresentar direito ao Riuk.” Ela se aproximou, sorrindo e esbanjando seu carisma.Riuk a observava com curiosidade, e ela deu um passo à frente, estendendo a mão. “Oi, Riuk. Até que enfim nos conhecemos. Quer ser meu amigo?”Antes que ele pudesse responder, Eron se colocou ao lado deles, os braços cruzados, com um ar de superioridade típico. “É claro que ele quer, Libby! Quem não ia querer ser seu amigo?”Todos ao redor caíram na risada, quebrando a tensão do momento. Olhei para minha mãe, que sorria de volta para mim, visivelmente aliviada por tudo estar acontecendo de forma tão natural. Meu coração se encheu de alegria ao ver nossa família se integrando tão bem.Ragnar deu um passo à frente, voltando ao assunto