CameronRiuk balançou a cabeça, seus pequenos ombros tremendo levemente enquanto tentava processar suas emoções. Ele estava tão frágil, tão jovem, e ao mesmo tempo, carregava um peso que nenhuma criança deveria suportar. Ainda ajoelhada ao lado da cama, observei-o com atenção, sentindo meu coração apertar com a intensidade de sua dor. RagnarEstava ao telefone com Gabriel, a voz dele abafada pelos ruídos do lugar onde estava, o vento soprando forte do outro lado da linha. Ele me dava uma atualização, tentando encontrar alguma pista das bruxas que tinham desaparecido desde a caçada de Sarah e Mason. CameronFiquei ao lado de Riuk, acariciando seu cabelo enquanto ele soluçava. Seus gritos de desespero ainda ecoavam na minha mente, rasgando meu coração em mil pedaços. Ele estava tão fragilizado, tão pequeno diante de uma dor que não deveria ser suportada por alguém tão jovem. Quan176. Memórias
177. Muito para processar
RagnarAcordei no meio da noite com um leve ruído, algo que inicialmente pensei ser fruto dos meus próprios pensamentos, mas logo percebi que era real. O som das vozes baixas, uma conversa discreta, ecoava pelo corredor. Cameron estava dormindo profundamente ao meu lado, seu corpo suavemente relaxado contra o meu, e a última
CameronUm mês havia se passado desde aquele dia cheio de revelações e mudanças. Tudo que parecia estar desmoronando ao nosso redor, lentamente começou a encontrar seu caminho. Riuk finalmente fez a cirurgia uma semana depois, e para nossa alegria, o prognóstico foi positivo: ele voltaria a andar com 100%
CameronEu ainda estava tomada pela emoção da conquista de Riuk. Ele finalmente conseguira dar os primeiros passos, e meu coração vibrava de felicidade. Eu mal percebia o tempo passar, totalmente imersa na alegria dele, no orgulho que sentia.
RagnarTerminei o banho rapidamente, a água quente escorrendo pelos músculos tensos do meu corpo. Precisava me recompor antes de voltar para Riuk. O peso do que estava por vir, da responsabilidade que agora repousava sobre mim, era enorme. Vesti-me com a mesma pressa, puxando uma camisa preta e calças de moletom cinza. Ao sair do banheiro, segui direto para o quarto de Riuk.Ao abrir a porta, encontrei o menino já pronto, sentado na beira da cama, olhando para a parede branca, envolto por uma complexidade de pensamentos que nos afastava. Ele parecia estar em outro mundo, perdido em memórias. Me aproximei devagar, observando-o por um momento. Aquele menino carregava um fardo muito maior do que qualquer criança deveria suportar."Você está pronto para descer?" perguntei, mantendo minha voz suave.Ele ergueu os olhos para mim e confirmou com um leve aceno, mas seus olhos... seus olhos mo
CameronA cozinha estava quente e aconchegante, o cheiro da pizza se misturando ao som de risadas leves e conversas descontraídas. Eu estava tirando mais uma pizza do forno, cuidando para que tudo saísse perfeito. Não queria que Riuk se sentisse desconfortável, então decidimos todos nos sentar no chão, criando um ambiente mais íntimo e relaxado.Eron, sempre curioso, quebrou o silêncio enquanto mordia sua fatia de pizza. "Mamãe, como foi crescer com tantos irmãos?"Sua pergunta me pegou de surpresa e sorri, sentindo o peso da nostalgia me abraçar. “Ah, era uma loucura. Ben sempre foi o mais seguro e controlado entre nós. Ele estava sempre tentando nos manter na linha, o que, claro, irritava todas nós.""Vocês implicavam muito com ele?" Eron questionou e eu ri."Fazemos isso até hoje, e depois que a Libby nasceu, querí