Ragnar
Eu estava tenso, sentia como se todo o ambiente ao meu redor estivesse prestes a desabar. Levei Cameron até a cama e me sentei ao lado dela, sentindo o peso do que estava prestes a dizer. Segurei sua mão por um momento, mas a soltei logo em seguida, levantando-me. Não conseguia ficar parado, minha mente girava com os pensamentos, tentando encontrar uma forma de suavizar o que eu precisava dizer.
Andei de um lado para o outro, sentindo o olhar dela me seguir. Quando finalmente parei e a encarei, vi a curiosidade em seu semblante, a paciência que sempre parecia contrastar com a minha intensidade. Ela era a calmaria no meu caos, e eu estava prestes a jogá-la no olho da tempestade.
"Ragnar," ela chamou suavemente, me puxando de volta para o momento. "O que está acontecendo? Diga logo."
Respirei fundo, sentindo o peso das palavras que estavam prestes a sair. "Cameron... você será usa
CameronMinha cabeça estava a mil, fervilhando com planos e possibilidades. A ideia de atrair Tayrus estava fixa na minha mente, e eu sabia que não poderia contar a Ragnar. Ele nunca aceitaria, não com o quanto se preocupa comigo. Mas eu precisava descobrir o que Tayrus queria, precisava que ele se revelasse, especialmente depois do que fez
CameronEu estava perdida em meus pensamentos enquanto olhava pela janela do jato, observando as montanhas de Denver ficarem cada vez menores até desaparecerem no horizonte. O céu estava limpo, e o sol brilhava forte, mas dentro de mim, as nuvens eram pesadas, carregadas de incerteza. O plano de atrair Tayrus estava se desenrolando
RagnarAssim que o avião decolou, fiquei observando até que desaparecesse no horizonte. O som dos motores se distanciando era um lembrete incômodo da responsabilidade que eu tinha acabado de enviar para longe. Minha mente, porém, não me permitiu mais do que um breve momento de reflexão antes de ser consumida pela raiva la
CameronEu me acomodei na sala com minha família, tentando me integrar às conversas e risadas ao redor. Mas minha mente estava distante, processando as informações e a situação em que estávamos. Eu precisava falar com Ben e Connor, discutir o que sabíamos e o que estávamos planejando. Quando finalmente capturei o olhar de Ben, fiz um leve gesto com a cabeça, um sinal que ele entendeu imediatamente.“Cam, venha comigo. Tenho algo para te mostrar,” Ben disse, levantando-se casualmente, como se fosse algo trivial. Connor, sempre atento, seguiu-nos sem questionar. Deixamos as outras mulheres na sala, envolvidas em suas conversas, e nos dirigimos para o escritório de Ben.Assim que entramos, a atmosfera mudou. A leveza que tinha marcado nossa chegada se dissipou, substituída por uma tensão pesada. Sentei-me na poltrona em frente à mesa, observando os dois homens permanecerem de pé, trocando olhares carregados de preocupação. Não pude evitar sorrir ao ver como estavam tensos. “Vocês dois es
CameronOlhei para os dois homens à minha frente, ainda absorvendo o impacto do meu poder. Havia algo quase cômico na expressão deles, como se tivessem acabado de perceber que a garota que cresceram protegendo não era mais a mesma. Um sorriso brincou nos cantos dos meus lábios, e decidi mudar o rumo da conversa."Então, Ben," comecei, tentando suavizar o ambiente. "Mallory falou sobre a festa que ela quer dar semana que vem?"Ben relaxou um pouco, assentindo. "Sim, falou. Ravenna está super animada com isso. Ela e Astoria já criaram várias ideias para o evento."Connor riu, balançando a cabeça. "Minha companheira está muito empolgada com isso, de uma forma que eu nunca vi. Astoria não para de falar sobre decoração, comida... até sobre a música. Eu diria que você deve deixá-la assim, faz bem para ela."Não pude conter uma gargalhada, imaginando minha irmã mais reclusa sendo arrastada para o caos de uma festa organizada por Mallory. "Astoria? Animada? Essa eu preciso ver!"Voltamos para
RagnarFaz 10 dias desde que Cameron e Eron foram para o sul, e a calmaria voltou à alcateia. Mas para mim, essa calmaria era ilusória. Os prisioneiros capturados foram interrogados, e oito deles confirmaram o que eu já suspeitava: Tayrus queria Cameron para me derrotar. Ele queria destruir algo que se tornou precioso para mim, algo que ele achava que poderia tirar facilmente das minhas mãos. Meu lobo estava inquieto desde que nos separamos, e todos os sinais indicavam que o maldito estava de volta ao sul, rondando minha Luna e meu filhote.Ben e Jordan deixaram claro que eles estavam seguros, mas não importava. Sabia que tinha chegado a hora de eu voltar a ficar com eles. Principalmente depois do que Cameron me contou. Eron havia pedido para chamá-la de mãe. A notícia me atingiu de maneiras que eu não esperava. Eu estava dividido entre o medo de que ele esquecesse Amanda e a felicidade por ele aceitar Cameron como parte de nossa família.Quando entrei no carro, Gabriel já estava me e
CameronDesci as escadas às sete da manhã, ainda sentindo o resquício da madrugada no meu corpo. Eron continuava dormindo profundamente, algo que me deu certo alívio. Sabia que ele precisava descansar, especialmente com tudo o que estava acontecendo ao nosso redor. Quando entrei na cozinha, encontrei minha mãe, Celine, ocupada com Ravenna e Rubi. O aroma familiar de café fresco preenchia o ar, uma sensação de conforto em meio à tensão que pairava sobre nós.Joguei-me na bancada, suspirando enquanto deixava o cansaço se apoderar de mim. Minha mãe, sempre perceptiva, veio até mim e beijou minha testa com aquele carinho maternal que sempre foi capaz de me acalmar.“Dormiu bem, querida?” ela perguntou, a preocupação evidente na sua voz.“Sim... mais ou menos,” admiti, um sorriso cansado surgindo em meus l&aac
RagnarAssim que o jato pousou no Sul, eu já estava no modo de batalha. O peso da responsabilidade, a tensão latente no ar, tudo indicava que aquele dia não seria fácil. Gabriel, sempre eficiente, estava ao meu lado antes mesmo de eu sair da aeronave, com um olhar que me dizia que as notícias não eram boas."Tayrus foi visto," ele começou, direto ao ponto. "Ben já colocou todos os seus rastreadores atrás dele."Rosnei baixo, o som reverberando no hangar enquanto absorvia a informação. "Mande nossos homens fazerem o mesmo. Não quero um único lugar sem cobertura. Quero esse lobo preso antes do anoitecer." Minhas palavras eram mais do que uma ordem; eram uma promessa. Minha postura era dura, inflexível, o poder que emanava de mim fazia os lobos ao redor se curvarem instintivamente. Meu lobo estava à beira do descontrole, a raiva correndo solta e