Ao saírem do cartório Clara estava segurando uma cópia da certidão de casamento e mal podia acreditar que agora em diante seria uma mulher casada. O que ela não sabia era que este casamento passaria por grandes provações e o percurso para um final feliz seria difícil.- Agora precisamos fazer uma transformação em você para que eu possa apresentá-la a sociedade. – Ricardo abriu a porta do carro e ajudou Marcos a entrar no carro e logo após a mulher entra, ele deu a volta e entrou no carro partindo quase que instantaneamente para o centro.Vendo tudo aquilo a jovem mulher ficou com um pouco de receio, mesmo assim seguiu o homem quando ele adentrou no shopping indo para as lojas no primeiro andar.- Seja bem-vindo senhor Lins. – Uma vendedora falou educadamente, mas seus olhos demonstravam o contraio por conta que o homem estava em uma cadeira de rodas. Ela olhou para os três que estavam na loja e parou seus olhos sobre a jovem Clara, que estava parada ao lado dos dois homens e olhando d
Ao se aproximar ele olhou para Clara, que estava parada em frente ao carro olhando para o céu e por um momento ele quis apenas olhar para o céu também.A jovem mulher olhou para trás e viu Marcos parado a observando e ao lado dele estava Ricardo apena esperando seu chefe dizer se podia continuar empurrando a cadeira.Clara no que lhe concerne, se sentiu envergonhada, e após reuniu coragem o suficiente para falar ela perguntou.- Senhor Marcos, o que faz parado aí? Desde quando chegou? – Perguntou, mas isso não necessariamente fez o homem lhe dar uma resposta, mas para sua surpresa ele vinha em sua direção com a ajuda de Ricardo que os observava. Ao parar em frente ao carro e abrir a porta o assistente ajudou Marcos a entrar no carro e liberou a entrada para clara poder entrar e acompanhar seu marido. - Senhorita. – Ricardo a chamou fazendo ela olhar para os dois homens que estava ali.- Senhor, não precisa abrir a porta para mim, eu mesma posso realizar esta simples coisa. - O homem
- Não. – Ao parar ele se sentou em um banco que estava embaixo de uma árvore, aquela área parecia um pequeno lugar escondido onde podiam fazer piqueniques. – Quando eu era apenas um pequeno minha mãe morreu, ela me deixou esta vila de herança, quando vim para cá a primeira vez me apaixonei por este lugar, mas meu pai nuca aprovou que eu reformasse a mansão e cuidasse desta propriedade com seu dinheiro então tive que criar o meu próprio negócio sem o consentimento de meu pai ou da esposa dele. Este lugar que estamos foi o único lugar que eu me sentir em paz, porque ele é puro como você. – Olhando para as árvores que desciam a pequena ladeira ele começou a falar.A jovem mulher olhou na mesma direção que ele, para ela o lugar era lindo e encantador, um lugar calmo, onde podia ouvir os cantos dos pássaros, a barulho do vento tocando a folhagem das árvores. – Eu te amo, por ser meu porto seguro e me trazer paz nos momentos mais tristes que passei, mãe sinto saudades. - A jovem mulher riu
- Senhora Clara, apenas diga que eu mesma irei preparar. – A mulher insistiu. Vendo aquilo Clara acabou desistindo momentaneamente de qualquer forma ela sairia após ela fazer sua refeição noturna.- Apenas eu irei jantar hoje, o Senhor Marcos está doente e estar de repouso. – Clara falou e saiu indo para o quarto que ela dormiria a partir de hoje e foi tomar um banho e vestir algo confortável.Ao terminar ela desceu para jantar, no entanto, a mesa parecia muito grande e vazia, era estranho está na mesa sem a presença de outro alguém.- Por que meu destino é tão solitário e difícil? – Questionou a si mesma após se levantar da mesa e ir para a cozinha. Ao entrar na cozinha Clara notou que a cozinheira não estava mais, no entanto, o horário dela era um pouco mais tarde.Sem se importa ela começou a preparar a sopa. Após descascar e corta os legumes ela colocou para cozinha e os temperaram com alho, azeite e um pouco de sal deixou cozinhando por alguns minutos antes de desligar e escorrer
- Nada, eu acho que ainda estou dormindo. - Clara usou uma desculpa para que o homem não lhe perguntasse o que ela falou ou fez.Marcos viu que Clara estava com pressa para sair do quarto por isso não insistiu, ele esteve doente mais porque não se recordava do que aconteceu após o médico ter ido embora.Se levantou e foi para o banheiro, tomou um banho bem demorado e depois vestiu sua roupa formal de trabalho, ao descer para tomar seu pequeno café da manhã ele passou pelo quarto de Clara que era ao lado dos seu e por um instante parado em frente a porta ele se recordou do que havia acontecido ontem à noite e principalmente do que ela havia falado com ele.Com uma cara de pouco amigos ele desceu e mandou servir o café da manhã apenas para ele sem se importar em esperar sua esposa.- Bom dia senhor Marcos! - Uma das empregadas falou, mas ele apenas a ignorou enquanto comia. A jovem mulher descia quando Marcos se levantava da essa e lhe lançou um olhar nada amigável, fazendo seu corpo
- Não acho que devo avisar quando resolvo visitar qualquer seção da empresa, além disto quero saber o porquê eles marcaram uma reunião de emergência? – Perguntou Marcos ao homem, que estava em pé ao lado da mesa deixando seu lugar vago para que Marcos fizesse como de costume, mas ao se lembrar que agora ele era um deficiente voltou para seu assento e olhou como se ele fosse menos importante agora que estava naquele estado.- Eu não sei muito, pois nem mesmo fui convidado para esta reunião. - O homem tentou não se envolver e não tinha o interesse em contar a verdade, pois seu plano era que qualquer um dos outros irmãos pudesse ser o presidente exceto Marcos devido a sua atitude e personalidade.- Já que não irá me dizer o real motivo desta reunião então espero que não se arrependa quando eu descobrir a verdade. - Marcos falou com um tom ameaçador, que fez o homem sentir medo.Todos na empresa conheciam perfeitamente como era Marcos, que agia de maneira profissional e bem rígido e sem n
- Espero que eles sejam razoáveis e não cometa um grande erro. - Marcos entrou com a ajuda de Ricardo, que a todo o momento estava ao seu lado.Como havia chegado antes dos outros ele ficou sentado em um acento no qual estava o seu nome assim como os demais. Com a chegada de Raquel, Gabriel e por fim de Acácio e outros sócios, todos já estavam quase prontos exceto por João que estava ausente.As vozes dos velhos acionistas fizeram Acácio se irritar com a demora do filho caçula.- Vamos começar sem ele. – Ao ouvir aquilo Marcos achou injusto, pois João sempre chegava pontualmente e desta vez ele nem mesmo soubesse que estava ocorrendo a reunião agora.Durante a reunião foram discutidas várias coisas sobre produtos novos para inserir no mercado e sobre os antigos, também foram citados os lucros que a empresa teve durante estes anos que Marcos esteve trabalhando, e por ser ótimo o homem viu que os acionistas estavam falando por códigos como se aquilo não fosse importante para eles.Gabri
- Ricardo me leve para casa. – Ordenou o homem que ficou em silêncio durante todo o tempo olhando pela janela.Seu telefone começou a tocar quando eles já estavam quase saindo do centro, ao olhar no identificador de chamadas ele atendeu sem ânimo e logo encerrou a chamada.— Ricardo para qual horário você comprou as passagens? – Perguntou Marcos.- Às sete e meia. – Respondeu Ricardo enquanto dirigia.- Ótimo. – Ele pegou telefone e mandou uma mensagem para seu médico particular que logo o respondeu com um endereço.Ao chegar na mansão Marcos ainda foi na cadeira de rodas ele não podia se dar ao luxo de ser visto por alguém andando exceto Clara que já sabia de seu segredo.Assim que passou pela porta principal da entrada ele viu que não possuía ninguém exceto os próprios empregados da mansão que sabiam do seu segredo e não falaria nada para os outros. Então decidiu se levantar e caminhou até o sofá e ao ver sua bela esposa dormindo e ele não pode fazer nada além de admirá-la. Ricardo