A chegada de Helena pegou Marco e Agnes de surpresa.Diante daquela cena, qualquer um poderia perceber que havia um passado entre os dois.A brisa noturna era quente.O vento bagunçava os cabelos de Marco e agitava o vestido luxuoso de Agnes, fazendo com que o tecido de seda pura roçasse suavemente no braço de Helena.Depois de um breve silêncio, Agnes disse com a voz seca:— Não estou me sentindo bem. Sra. Lima, poderia me ajudar a entrar para descansar?Helena sorriu gentilmente e assentiu:— Foi exatamente para isso que vim. Estava preocupada com sua saúde.O coração de Agnes se aqueceu. Ela afagou de leve a mão de Helena e falou:— Com você aqui, me sinto muito melhor.Helena sorriu suavemente e a ajudou a se retirar.Atrás delas, Marco observava sua antiga amada se afastar. Pensar que talvez não tivesse outra oportunidade para essa conversa lhe causava um aperto no peito. Tomado pela emoção, ele acabou dizendo algo que não deveria:— O que ele pode te oferecer, eu também posso.As
Esta noite, Helena ouviu novamente essas palavras, e uma mistura de sentimentos a invadiu.Ela estava prestes a responder, quando ouviu passos vindo da escada, e logo a figura de Bruno apareceu.Em um instante, Bruno estava ao lado de Helena.O incidente da briga parecia não ter ocorrido. O homem olhou para a esposa e seu amigo de infância, e com um tom suave e alegre, perguntou:— O que você estava conversando com o Manuel?Helena respondeu de forma fria:— Apenas cumprimentos de rotina.Bruno a observou atentamente, como se procurasse algo em seu rosto. Depois de um momento, ele sorriu levemente:— Então, podemos nos reunir em outro dia. Já está tarde, precisamos ir.Antes que Helena tivesse tempo de reagir, Bruno já havia pegado sua mão, sua atitude continha uma força masculina.As luzes brilhavam intensamente, e o rosto de Manuel estava imerso em frieza.Bruno deu um sorriso frio e, ao passar ao lado de Manuel com Helena, percebeu que a mão de Manuel, que estava no bolso, se mexeu
Surpreendentemente, Bruno parou.Ele olhou para Helena em seus braços, com o nó da garganta se movendo incessantemente, demonstrando sua grande contenção naquele momento...Após um tempo, ele se afastou dela, como se a tivesse liberado.Bruno, com uma expressão indiferente, disse:— Vai se lavar.Helena se levantou, sentindo suas pernas tremerem, e ao caminhar em direção ao banheiro, foi surpreendida pela imagem da mulher no espelho. Estava um caos.No quarto, Bruno se virou para o lado...Após alguns suspiros, ele pegou um maço de cigarros na gaveta da mesa de cabeceira, tirou um cigarro e colocou entre os lábios, mas depois foi até a janela da sala de estar, abriu uma pequena fresta e ficou ali, fumando lentamente.A luz amarelada iluminava o rosto de Bruno, deixando uma área iluminada, enquanto ao redor de seus olhos havia uma sombra suave e densa, que se encaixava de forma indescritivelmente bonita em seu rosto magro...Seus dedos tremiam levemente, o cigarro subia e descia enquant
Bruno estava deitado na cama, com o olhar profundo.Ele também se levantou e entrou no banheiro, onde Helena estava escovando os dentes.O homem a abraçou por trás e, com o queixo apoiado em seu ombro, disse com a voz baixa e rouca:— Daqui a dois anos, depois que eu fizer 30, podemos ter um filho. Você não disse que queria fazer algum negócio por conta própria?Helena levantou os olhos e olhou para o reflexo de Bruno no espelho, como se nunca o tivesse conhecido.Após um tempo, ela sorriu suavemente e perguntou:— Bruno, o que você está tramando agora?Bruno sentiu uma dor no peito.Ele não respondeu, apenas a levantou e a carregou até a janela do quarto, onde, sob a luz da manhã, começou a beijá-la repetidamente...As cortinas brancas, agitadas pela brisa, balançavam suavemente.E a mulher, delicada e mole como seda....Antes do meio-dia, o casal finalmente se levantou. Helena ainda precisava ir visitar sua avó.Hoje, Filipe iria elaborar o plano da cirurgia.Na noite anterior, o ho
Bruno fumou um cigarro, depois entrou no quarto VIP do hospital.Justamente lá, Filipe estava fazendo uma consulta.Ao ver Bruno chegar, Filipe sorriu suavemente e cumprimentou:— Bruno, vem ver, o plano está quase pronto, só falta definir a data da cirurgia.A avó da Helena ainda estava muito fraca e precisava de mais repouso, então Filipe agendou a cirurgia para daqui a quinze dias.Helena se sentiu mais tranquila.Filipe ainda tinha um compromisso marcado com um amigo antigo, então Bruno o acompanhou até o estacionamento.Durante o trajeto, Filipe elogiou Helena repetidamente e, antes de partir, deu um tapinha no ombro de Bruno, dizendo:— Cuide bem dela, posso ver que é uma boa garota. Se perder essa chance, não vai ter outra.Bruno sorriu levemente e abriu a porta do carro para Filipe, prometendo:— Pode ficar tranquilo, Filipe, eu vou.Filipe sorriu e entrou no carro.Logo, o carro brilhante começou a se mover lentamente e passou ao lado de Bruno.Bruno ficou parado por um moment
Na sala de reuniões, Bruno estava presidindo a reunião matinal, quando a secretária Juliana entrou com o celular na mão.Bruno a olhou surpreso e pegou o celular.Na outra linha, a voz da empregada soou:— Senhor, a Sra. Helena está doente, com febre de 39 graus. Estou com medo de ela não aguentar.A empregada, embora exagerada, não deixou de transmitir o significado.Antes que Bruno pudesse responder, viu que os executivos da reunião estavam observando-o. Ele sorriu levemente e disse:— A Helena está doente, ligou para me fazer manha, pedindo para eu voltar mais cedo.Os executivos queriam revirar os olhos. Se não fosse pelo fato de que, recentemente, o casal estava em crise, eles teriam acreditado.Depois de exibir seu afeto em público, Bruno deu orientações à empregada para cuidar bem de Helena e disse que voltaria mais cedo, com um tom carinhoso de bom marido.Depois de concluir a conversa, Bruno desligou e continuou a reunião.A primeira decisão anunciada foi a exclusão de Camila
Logo, ele empurrou a porta da suíte principal.O quarto estava silencioso, no ar pairava um leve perfume feminino. Ao entrar, viu Helena deitada na cama, aparentemente adormecida.Bruno se aproximou, se ajoelhou ao lado da cama, afastou alguns fios de cabelo do rosto de Helena e colocou a mão na testa dela.“Ela ainda está com febre.”Helena acordou, meio atordoada pela febre, e encarou Bruno. Sua voz estava suave e fraca:— Você voltou?O coração de Bruno deu um salto inesperado.Ele tocou suavemente o rosto da esposa e murmurou:— Pedi para a empregada trazer uma sopa de verduras. Quando você terminar comer, pode continuar a dormir. Está se sentindo mal agora?Enquanto a tocava, parecia estar acariciando um cachorro, o que deixou Helena um pouco desconfortável.Ela estendeu a mão e tocou a testa de Bruno: “Mas ele não está com febre, oras!”Bruno, irritado e divertido ao mesmo tempo, perguntou:— O que há de errado em me preocupar com você? Você não reclamava de eu não ser atencioso
Helena estava doente, e naturalmente não poderia ter relações sexuais.Ela voltou para a cama e descansou.Ao longe, o som da água correndo no banheiro indicava que Bruno estava tomando banho. O som da água ajudava a relaxar, e Helena adormeceu sem perceber.Em seu sonho, Bruno ainda a provocava incansavelmente.Quando acordou, já era uma da manhã.No quarto, apenas uma lâmpada de leitura estava acesa. Bruno estava encostado na cabeceira da cama, lendo um documento importante. Sua aparência era impecável, até mesmo um roupão branco parecia mais elegante nele do que em qualquer outra pessoa, tanto que até Helena não pôde deixar de olhar por mais tempo.Um leve movimento a fez interromper sua observação. Bruno abaixou a cabeça e olhou para Helena, perguntando:— Acordou?Helena assentiu, questionando:— Que horas são?Bruno colocou o documento de lado, se deitou meio inclinado e envolveu a esposa com um braço, tocando levemente seus ombros. Sua voz continha uma suavidade masculina:— Já