ElisângelaA alegria da minha vida é passar o dia assim, com minha neta. Ela é a luz da minha casa e, se dependesse de mim, seria sempre assim. Mas sei que, enquanto eu e a mãe dela não nos entendermos, será impossível tê-la por perto com mais frequência. Não vou negar: sinto muita falta desse convívio. Nunca tive a oportunidade de estar tão próxima da minha neta, e isso também me faz sentir saudade do meu filho. Sempre fiz tudo pelos meus filhos e jamais imaginei que teria minha neta tão distante de mim. Meus filhos são a minha vida, e isso inclui minha neta. Por eles, ainda hoje, faço tudo.Para minha felicidade, Bárbara me ouviu desta vez e trouxe Mia para me ver. Ela veio acompanhada da babá, mas não tenho do que reclamar. A babá é uma mulher muito discreta, quase não se percebe sua presença. Mesmo assim, vejo o quanto minha neta é apegada a ela. Foi um custo tirá-la de seus braços quando chegaram, mas, com carinho e paciência, consegui. Mia é minha pequena princesa, e por ela ten
Continuação ElisângelaRenata se sentou à minha frente. À primeira vista, parecia tranquila, mas suas palavras deixaram claro que algo estava fora do lugar. Conheço Renata há muitos anos, assim como sua família. Na verdade, nossas famílias têm laços antigos, e eu convivi com sua mãe por muito tempo. Sou sua madrinha de batismo e sempre tive um carinho especial por ela, tanto que a idealizei como minha nora. Mas agora percebo que isso foi mais um dos muitos erros que cometi. Precisava ser cautelosa, descobrir o que estava acontecendo e entender até onde essa história iria.— Você e o Henry andam se encontrando, Renata? — Perguntei, tentando manter o tom neutro. Ela apenas sorriu, confusa.— Por que a pergunta, madrinha? Não entendi. — Respondeu, esboçando uma tranquilidade que parecia ensaiada demais.— Pelo jeito que falou sobre ser madrasta da minha neta, fiquei sem entender. Não vejo propósito nisso se vocês não têm nada e nem andam se encontrando. — Tentei ser razoável, mas estava
RenataAinda não desisti do que quero, e quero mais do que tudo ter o Henry. Preciso tê-lo. Ele é meu e sempre foi. Como já disse antes, não abro mão do que é meu.Conversei com minha mãe, e, como sempre, ela tentou me convencer a deixá-lo em paz. Minha mãe é o tipo de mulher fraca — é ruim dizer isso, mas é a verdade. Ela acredita que o Henry já tem uma família e que eu estou desfazendo algo ao dizer que vou me casar com ele. Mas o que tem demais nisso? Qual o problema em ele se casar novamente e construir uma nova família comigo? Às vezes, me pergunto se não errei ao não engravidar dele quando tive a chance. Se tivesse feito isso, hoje eu estaria em uma posição muito melhor, já que sei que ele jamais abandonaria um filho.De tanto minha mãe insistir, acabei prometendo que deixaria o Henry em paz. Mas sabemos que não cumprirei essa promessa. Fiz isso apenas para acalmá-la, afinal, ela conhece a família dele há anos e teme causar algum mal-estar. No entanto, como dizem, o mal já está
MelissaMeu coração parece bambo nas pernas, como se isso fosse possível. Nunca imaginei que pudesse amar Henry mais do que já o amava, mas, surpreendentemente, meus sentimentos só crescem. Pensei que fosse impossível, mas agora é diferente. Estamos mais maduros, e vejo isso como uma oportunidade de lidar melhor com tudo o que passamos. Precisamos, no mínimo, encontrar paz para criar Mia, juntos ou não.É aquela sensação estranha: quero ele por perto, mas, ao mesmo tempo, sinto que precisamos ir devagar. Que boba eu sou. Mesmo sabendo que ele está aqui, que ficará por alguns dias, quero cuidar de nós, dos nossos sentimentos, para não nos machucarmos mais. Porém, há um lado meu que só pensa em agarrá-lo, arrancar suas roupas e me perder nele. Meu cérebro prega prudência, mas meu coração segue o embalo das chamas que ele reacende em mim.Eu estava na cozinha quando ele entrou e me abraçou por trás. São nesses momentos que meu coração toma as rédeas, ignorando qualquer resquício de coerê
Henry me ergueu e me sentou novamente sobre a mesa. Minha mão foi instintivamente até seu pau, e me levantei, decidida. Dei a volta em torno dele, sentindo seu olhar acompanhar cada movimento meu. Ele me abraçou por trás, seu membro pressionando contra meu bumbum, mas eu me virei para encará-lo. Com um movimento rápido, puxei uma cadeira, fazendo-o sentar.Retirei sua camisa com agilidade e me posicionei em seu colo, de frente para ele, as pernas abertas. Mas não deixei que ele me invadisse. Apenas rebolava em cima dele, provocando-o enquanto capturava seus lábios em um beijo quente e cheio de desejo.Deixei seus lábios e comecei a traçar um caminho pelo seu pescoço, minhas mãos deslizando por seu peito, apertando sua pele com firmeza. Desci de seu colo, ajoelhando-me diante dele. Seus olhos me encaravam com malícia pura.— Ajoelhou, tem que rezar, amor. — Ele disse com aquele tom cheio de safadeza que me tirava o juízo. Adoro tudo nele, mas essa malícia é, sem dúvida, a parte que mai
— Arg… ahhh, Henry, continua, me fode, safad0, delicioso, eu sou sua, só sua. — Sussurrei entre os beijos, olhando nos olhos dele. Sua satisfação transparecia no sorriso confiante enquanto agarrava minha cintura, intensificando suas investidas e me levando à loucura.— Minha. Só minha, delícia, safada. — Ele murmurou, arrastando as palavras, enquanto sentia o calor de seu líquido quente me preencher. Naquele instante de pura conexão, ele capturou meus lábios em um beijo que arrancou meus últimos suspiros. Em seguida, me tirou da mesa, sentando-se na cadeira e me puxando para seu colo.— Você é minha… entendeu? — Disse, com aquele tom provocativo que me fazia sorrir.— Ciumento. Nunca te dei motivos para isso. — Respondi, brincando, embora soubesse o quanto ele era possessivo.— Você é linda demais, perfeita demais. Não sabe o quanto, amor. Tenho ciúmes até do vento que te toca. — Disse ele, beijando meus lábios. Sua intensidade fazia minha intimidade ainda latejar. — Não sabe o quanto
RicardoVoltando para casa, minha mente estava cheia de pensamentos. Não sei onde Eduardo anda se metendo ultimamente. Ele é adulto, sim, mas sinto-me responsável por ele, especialmente porque nossa mãe não mora na cidade. Fui eu quem trouxe Eduardo para morar comigo, acreditando que isso o tornaria mais responsável. Afinal, nossa mãe passa a mão na cabeça dele demais. Ele não trabalhava, vivia na farra e sempre arrumava problemas. Eduardo tem o sangue quente, e minha mãe não conseguia controlá-lo. A solução foi trazê-lo para cá, garantindo que ela pudesse trabalhar em paz, sem o medo constante de receber visitas inesperadas da polícia ou de gente querendo acertar contas. Meu irmão é briguento demais, e isso já causou complicações suficientes.Hoje acordei tarde, quase uma da tarde. Dormi a manhã inteira, graças à dona Bárbara. É engraçado: por mais que ela me tire do sério, não consigo sentir raiva dela. Mas vou te contar, ontem à noite cheguei perto. Fiquei maluco de raiva e vontade
RicardoFui até a casa da mãe do Henry. Ontem, havíamos combinado uma reunião, já que ela queria conversar comigo. No entanto, não consegui chegar no horário combinado, porque Bárbara me fez dormir tardiamente. Ela é uma peça, isso é fato. Hoje mesmo, me mandou mensagem perguntando se eu ainda estava com raiva pelo que ela aprontou ontem. Deixei claro que não fiquei irritado, foi só um incômodo momentâneo, nada que prejudique nossa amizade. Mas vou te contar, decidi que não saio mais com Bárbara para beber. Ela é louca demais, e eu, ingenuamente, pensando que conseguiria contê-la na bebedeira.Voltando ao assunto, Elisângela havia me pedido para encontrá-la em sua casa. Pelo tom de voz, parecia tranquila. Isso me chamou atenção, porque muitas vezes ela me liga irritada com Henry, pedindo ajuda para que o filho a escute mais. Faz um bom tempo que não recebo ligações assim. Estranho, considerando como ela surtou com a saída de Henry da empresa.Odeio ter que ouvir Elisângela maldizer o