A gravação no celular era clara, sem ruídos, reproduzindo cada detalhe na sala privada no Bar Noturno. A risada despreocupada de Joyce ecoava no escritório, clara como se estivesse pessoalmente presente.

Meus olhos permaneciam fixos no rosto de Vitor o tempo todo. As palavras na gravação se tornavam cada vez mais desagradáveis. Mesmo que eu já tivesse experimentado uma vez, ouvir novamente agora me causava arrepios, deixando meu coração dolorido. Lágrimas escorriam pelo meu rosto como uma enchente, encharcando a frente da minha camiseta branca.

- Luiza, está me traindo, vou te matar!

Joyce ficou chocada com o que estava acontecendo à sua frente e reagiu imediatamente.

Eunice, preparada com antecedência, levantou a perna e a chutou para trás. Joyce se sentou de volta no sofá, olhos vermelhos como um animal feroz, pegou o cinzeiro da mesa de centro e o arremessou na minha direção.

Rapidamente me movi para o lado, o cinzeiro de cristal caiu no chão com um estrondo ensurdecedor, se quebr