Ela ficou visivelmente irritada com minha pergunta, seu rosto vermelho e seus movimentos mais agitados, como se estivesse perdendo a compostura.

— Luiza, eu estou sendo completamente sincera ao te procurar. Não se preocupe com a origem da minha confiança. O motivo de eu querer falar sobre a XR com você é porque, de alguma forma, isso ainda tem a ver com você!

Eu tomei um gole de água, mantendo o olhar fixo nela, sinalizando para que continuasse.

Ela pareceu relaxar um pouco ao perceber que eu a deixava prosseguir.

— Afinal, isso pertence ao seu ex-marido! Eu entendo que, mesmo após a separação, ele é o pai da sua filha e, portanto, você ainda tem um vínculo com ele. Além disso, aceitar a XR seria uma maneira de vingar sua mágoa pela separação, não é?

Quando ela disse isso, não pôde evitar um toque de desdém em seu rosto.

— Você é uma mulher que está fora de sua terra na Cidade J, e ainda mais, uma mulher que vive vagando com uma filha. Não é fácil. Algumas oportunidades não surgem semp