Joyce, ao ouvir a pergunta de Vitor, imediatamente se aproximou da mesa de trabalho. - Luiza, o que você quer dizer? Foi para qual hospital? O que você fez com ela?As pessoas também me olhavam. As palavras de Joyce eram muito sugestivas. Parecia que elas realmente pensavam que eu tinha feito algo com a Nanda. Todos pararam e olharam para mim.Olhei para Vitor. - É melhor você levar essas coisas para o hospital e procurar ajuda adequada. - Encontrei o cartão do médico nos papéis e o entreguei para Vitor. - Este é o médico responsável, um especialista. Se tiver dúvidas, pode perguntar a ele! Sua mãe foi diagnosticada com câncer de fígado! Está em estágio avançado!Minhas palavras foram como uma bomba, explodindo na sala de Vitor. Todos ficaram chocados e olharam para Vitor, que estava tão animado e cheio de vida momentos atrás.- O que você está dizendo? - Vitor se levantou incrédulo. - O que você está dizendo? Quem? Câncer de fígado?- Luiza, você está procurando confusão à toa. Ela
- Chega! - Se ouviu o grito de Vitor, enquanto eu olhava de relance para seu rosto bonito, que agora estava feio de raiva, dor e um pouco de desamparo. - Todos calem a boca!Seu grito estava um tanto histérico, o que me fez sentir um certo desprezo. Mentalmente, murmurei: "Por que não fez isso antes?"- Vitor, você está cego? Não viu ela me batendo? Ela está me intimidando na frente de todo mundo, e você fica aí parado? - Joyce apontou para mim, protegida por Amadeu atrás dele, gritando. - Amadeu, você ficou maluco? Você não sabe quem paga seu salário aqui?Puxei Amadeu para o lado e encarei Joyce, não recuando. - Eu fui quem te bateu, e se você continuar agindo assim, vou bater de novo!- Você se atreve! - Joyce gritou para mim.- Pode tentar! Eu dei um passo ameaçador em sua direção. Eu pensava: "Eu não tinha coragem de te bater quando estava grávida, agora é totalmente diferente!"Eu estava esperando por esse momento. Daqui para frente, sempre que tivesse a chance, eu a acertaria.
- Luiza, você está indo longe demais! - Joyce insistiu com falsa indignação. - O que você tem a ver com a família Barreto?- Sim, já não tenho mais nada a ver com vocês da família Barreto. Admiti sem hesitar, então lancei um olhar para Vitor, continuando a influenciar ele:- Vitor, pergunte a todos aqui quem não sabe como nosso casamento acabou. Eu poderia muito bem ter ignorado os problemas da família Barreto, até mesmo sua mãe fez o mesmo. Ela ficou ali, observando enquanto você me batia, não fez nada para impedir. Todos vocês da família Barreto são sem coração.Todos me encararam, inclusive Emanuel, com desdém nos olhos, se voltando para Vitor.Vitor parecia resignado. Continue:- Mas agora, ao ver o estado de sua mãe, sinto pena dela. É por isso que a levei ao hospital. Não é como sua esposa está insinuando! Não tenho tempo para joguinhos! Não sou tão mesquinha para sujar meus sapatos novos com cocô de cachorro!Eu estava provocando Vitor intencionalmente.- E ainda dizem que quer
Ao chegar ao hospital, percebi que a ala de enfermaria de luxo estava ainda mais rigorosamente guardada. Desde o térreo até o quarto de Eunice, havia guardas a cada três passos e sentinelas a cada cinco. Eu me perguntava por que toda essa precaução? Será que algo havia acontecido?Inquieta, me apressei até o quarto, encontrando apenas Liz lá, sem sinal de Isaac.Eunice estava acordada e, ao me ver entrar, virou a cabeça na minha direção, ainda muito fraca. - Por que você está tão atrasada? - Perguntou, claramente esperando minha chegada.- Não mencione! - Reclamei com ela sobre a situação de Nanda.As duas ficaram surpresas ao ouvir minha história. Liz comentou: - Se me perguntar, é totalmente culpa de Joyce, essa peste. Tenho certeza de que Nanda deve ter alguma dívida com Joyce de vidas passadas. Nesta vida, Joyce está apenas cobrando essa dívida.Eunice resmungou:- Ela não merece piedade. Não há ninguém digno de pena na família Barreto. Luiza, não seja tola novamente, não adianta
- Não se preocupe tanto, isso é problema da família dele. É melhor você apenas seguir em frente! Desde que você não se machuque, é a melhor opção. - Liz tentou confortar Eunice. - Você precisa aprender a se preservar, isso é apoio para o Isaac. Dá para ver que ele se importa com você!- Só que os adversários dele são muito poderosos, então, Eunice, essa é minha preocupação constante! - Eu mantive minha opinião.De repente, meu telefone tocou, e rapidamente peguei o celular para ver quem era.Era Mateus.Eu voltei e ainda não tinha conversado com ele, preocupada com Eunice.- Alô! Mateus! - Eu atendi o telefone suavemente.- Você voltou? - A voz de Mateus soava calma, sem revelar sua atitude.- Sim! Aconteceu algo com a Eunice, e eu voltei correndo! - Eu expliquei. - Você já voltou da Cidade A?- O que aconteceu com Eunice? - A urgência finalmente transpareceu na voz de Mateus.Eunice olhou para mim, agitada, fazendo gestos para indicar que não queria que mais pessoas soubessem do seu p
Ainda estava cedo, então fui ao supermercado mais próximo da Mansão do Sul. Não havia nenhum vegetal em casa e precisava comprar alguns.Os vegetais frescos nas prateleiras eram irresistíveis. Peguei um monte de verduras, frutas e escolhi um bom pedaço de carne bovina, vagando sem rumo pelo supermercado.Imaginei o que Daniel gostava de comer e o que poderia preparar para ele. Meu coração estava cheio de esperança.Mas algo parecia errado. Parecia que alguém estava me seguindo e cochichando. Olhei para trás, mas tudo estava normal. Fiquei um pouco confusa.Na hora de pagar, finalmente uma garota esperta, segurando um caderninho, corou e veio até mim com coragem. - Sra. Ângela, você pode me dar um autógrafo?Ângela...Fiquei surpresa e um pouco sem palavras. Eles estavam me confundindo com Ângela.Os olhos da garota estavam cheios de expectativa enquanto olhava para mim e depois para trás de mim. De repente, olhei para trás e vi um jovem inexperiente, da mesma idade que a garota.Me vi
Daniel percebeu minha hesitação e me olhou. Seus traços faciais bonitos revelavam dúvida enquanto ele perguntava suavemente, os lábios se entreabrindo levemente: - O que houve? Você não quer?Eu tive que encontrar uma desculpa, mencionando a avó Ivana. - Ivana tem passado mais tempo conosco ultimamente! Talvez Bianca deva ficar aqui para que ela tenha mais companhia. Há vários quartos disponíveis lá embaixo, ela será bem-vinda. Além disso, poderá compartilhar as tarefas domésticas com minha mãe e Ivana. Obrigada!Daniel sorriu levemente, seu rosto parecia mais gentil e comum. Sem dizer mais, ele assentiu:- Está bem, então vamos passar um tempo com a avó dela primeiro, e depois decidimos.Após o jantar, nos aconchegamos no sofá, desfrutando de um raro momento de tranquilidade juntos. Conversamos sobre assuntos relacionados à Ilha Bela, estávamos prestes a ligar para Ivana, quando a campainha tocou novamente.Nos entreolhamos, trocamos um sorriso. Quem poderia ser desta vez?Ele me so
- Não seja tão condescendente com a Joyce, Luíza. Ela é imatura. Por que você insiste em discutir com ela?Vitor tinha uma expressão de desânimo e resignação.- Desculpe! Se ela é imatura ou não, é problema meu. Não tenho obrigação de tolerar ela, e não estou disposta a discutir com ela. Não confunda as coisas! - Interrompi Vitor. - Hoje levei sua mãe ao hospital, mas não se iluda. Só não quero que ela tenha algum desconforto que possa afetar minha filha.- A propósito, cadê a Ivana? Ele só se lembrou de perguntar sobre Ivana nesse momento.Eu o olhei, esse pai era realmente um desastre. Não conseguia entender o que se passava na cabeça dele.- Ela foi para a Ilha Bela! - Respondi sem entusiasmo.- Ilha Bela? O rosto de Vitor caiu imediatamente. Ele perguntou com insistência: - Por que ela foi para a Ilha Bela? Você não os deixou lá sozinhos só para poder ficar com outros homens, não é? Lá é muito quente, e ela é apenas uma criança...- Você tem mais alguma coisa para dizer? Se não,