Ainda estava cedo, então fui ao supermercado mais próximo da Mansão do Sul. Não havia nenhum vegetal em casa e precisava comprar alguns.Os vegetais frescos nas prateleiras eram irresistíveis. Peguei um monte de verduras, frutas e escolhi um bom pedaço de carne bovina, vagando sem rumo pelo supermercado.Imaginei o que Daniel gostava de comer e o que poderia preparar para ele. Meu coração estava cheio de esperança.Mas algo parecia errado. Parecia que alguém estava me seguindo e cochichando. Olhei para trás, mas tudo estava normal. Fiquei um pouco confusa.Na hora de pagar, finalmente uma garota esperta, segurando um caderninho, corou e veio até mim com coragem. - Sra. Ângela, você pode me dar um autógrafo?Ângela...Fiquei surpresa e um pouco sem palavras. Eles estavam me confundindo com Ângela.Os olhos da garota estavam cheios de expectativa enquanto olhava para mim e depois para trás de mim. De repente, olhei para trás e vi um jovem inexperiente, da mesma idade que a garota.Me vi
Daniel percebeu minha hesitação e me olhou. Seus traços faciais bonitos revelavam dúvida enquanto ele perguntava suavemente, os lábios se entreabrindo levemente: - O que houve? Você não quer?Eu tive que encontrar uma desculpa, mencionando a avó Ivana. - Ivana tem passado mais tempo conosco ultimamente! Talvez Bianca deva ficar aqui para que ela tenha mais companhia. Há vários quartos disponíveis lá embaixo, ela será bem-vinda. Além disso, poderá compartilhar as tarefas domésticas com minha mãe e Ivana. Obrigada!Daniel sorriu levemente, seu rosto parecia mais gentil e comum. Sem dizer mais, ele assentiu:- Está bem, então vamos passar um tempo com a avó dela primeiro, e depois decidimos.Após o jantar, nos aconchegamos no sofá, desfrutando de um raro momento de tranquilidade juntos. Conversamos sobre assuntos relacionados à Ilha Bela, estávamos prestes a ligar para Ivana, quando a campainha tocou novamente.Nos entreolhamos, trocamos um sorriso. Quem poderia ser desta vez?Ele me so
- Não seja tão condescendente com a Joyce, Luíza. Ela é imatura. Por que você insiste em discutir com ela?Vitor tinha uma expressão de desânimo e resignação.- Desculpe! Se ela é imatura ou não, é problema meu. Não tenho obrigação de tolerar ela, e não estou disposta a discutir com ela. Não confunda as coisas! - Interrompi Vitor. - Hoje levei sua mãe ao hospital, mas não se iluda. Só não quero que ela tenha algum desconforto que possa afetar minha filha.- A propósito, cadê a Ivana? Ele só se lembrou de perguntar sobre Ivana nesse momento.Eu o olhei, esse pai era realmente um desastre. Não conseguia entender o que se passava na cabeça dele.- Ela foi para a Ilha Bela! - Respondi sem entusiasmo.- Ilha Bela? O rosto de Vitor caiu imediatamente. Ele perguntou com insistência: - Por que ela foi para a Ilha Bela? Você não os deixou lá sozinhos só para poder ficar com outros homens, não é? Lá é muito quente, e ela é apenas uma criança...- Você tem mais alguma coisa para dizer? Se não,
Neste momento, Vitor apenas baixou a cabeça impotente, ouvindo sem poder contestar.- Você é um homem, não sabe nem como proteger sua própria mãe? Ela criou Joyce, não é para ser assim que ela é retribuída. Joyce, só falam de Joyce... Será que toda a família Barreto deve algo a ela? - As palavras que proferi tinham um tom desafiador.Mas eu simplesmente não conseguia ficar calada.Eu me perguntava, como pude me interessar por alguém tão idiota.- Você tem ideia do quanto foi humilhante para ela? O marido a traindo na cara dela, levando suas amantes para a cama e ainda assim ela teve que suportar e criar o filho daquela vagabunda. E agora essa imbecil da Joyce, sem consciência, junto com aquela mulher que trouxe tanta vergonha para ela, estão a oprimindo. Ela pode estar doente, não pode? Eu estava realmente furiosa, até mesmo essas palavras, que não deveriam sair da minha boca, foram gritadas por mim, eu mesmo me surpreendi.Vitor apenas me olhava em silêncio, sem coragem de rebater um
Eu franzi a testa, me levantei e saí da sala. Ao abrir a porta do escritório, me deparei com a furiosa Joyce, parecendo uma tempestade prestes a desabar, sendo segurada por dois jovens funcionários. Sophia e Amanda estavam presentes também.Dei uma olhada em Amanda e ergui o queixo levemente.- Soltem ela!Joyce, ao ser libertada, sacudiu os ombros e arregaçou as mangas.- Luiza, sua sem-vergonha, você está se envolvendo com o Vitor de novo, não é? O que você disse ao Vitor?Olhei para Felipe e fiz um sinal com a cabeça, dizendo casualmente:- Felipe, ligue para o Vitor e peça para ele levar sua esposa de volta para casa! Não faça papel de idiota aqui, ela não se importa em passar vergonha, mas eu me importo! Ela não tem vergonha na cara!Porque eu vi, na porta, pessoas de outros andares já estavam espiando disfarçadamente para cá.- Você, caramba, para de fingir, quem você pensa que é? Você, uma prostituta divorciada, por que tem o direito de se intrometer nos assuntos da família Barr
Então continuei:- Você já parou para pensar em como é difícil para sua sogra te sustentar com todas as suas necessidades? Você e sua mãe, que só sabe dar à luz e não sabe criar, se uniram para a intimidar. Você tem alguma consciência? A bagunça que a Bruna fez na família Barreto é inacreditável. Se não fosse pela simpática da Nanda, que te alimentou com todo o cuidado desde pequena, você acha que estaria onde está hoje?- Luiza, pare de inventar histórias! Você não tem nada a ver com os assuntos da família Barreto! Joyce sabia que os problemas de sua família eram apenas fofocas de salão.Mas eu não tinha motivo para me importar com isso e continuei:- Quando você não consegue dormir à noite, por que não toca seu coração e pensa sobre isso? Quantas vezes você deu trabalho à Nanda, mas ela nunca desistiu de você? Ela te levou ao hospital sem hesitar, mas mal comprava uma roupa para si mesma. Até mesmo eu, uma estranha na família Barreto, ajudei e cuidei de você várias vezes. Você tem
Naquele momento, o elevador chegou e uma figura veio correndo. - Luiza, solte ela!Era Vitor, correndo em minha direção e forçando minha mão a soltar Joyce. Quando percebi que ela estava livre, me virei e avancei em direção a Joyce novamente, agindo como uma louca.Vitor me olhou furioso e gritou: - O que você está fazendo? Luiza... Eu te avisei, pare!Joyce estava nos braços de Vitor, ofegando pesadamente e tossindo sem parar, seu rosto roxo gradualmente se tornando branco. Depois de respirar fundo, ela apontou para mim e gritou para Vitor: - Querido, bata nela, você viu, ela quer me matar, ela sempre quis me matar. Você tem que me dar essa chance!Me aproximei dela novamente, nunca na minha vida, desde a infância até agora, estive tão fora de controle como hoje, nem mesmo quando Vitor me agrediu. Ninguém conseguia me parar, e Joyce ficou pálida de medo.Felipe, Amanda e Sophia tentaram me conter, me segurando enquanto eu tremia, tentando me acalmar.Vitor, vendo meu estado, ficou
Este tapa fez com que Joyce voasse para longe, caindo no chão e levando um bom tempo para se levantar.Ela estava deitada no chão, gritando histérica, xingando incessantemente, enquanto todos olhavam para ela com desdém, vendo sua feiura.- Vá embora! Todos vocês, saiam! Joyce, escute bem, isso não acabou. A polícia vai investigar até o fim, e se você estiver envolvida, espere o pior!- Vitor, leve sua vadia e suma daqui! Você realmente tem sorte, finalmente encontrou um tesouro. Não é de admirar que sua mãe tenha ficado tão doente, é tudo culpa sua, você vai pagar por isso! - Felipe olhava para Vitor e continuava xingando. - Eu não tenho medo de você! Mais cedo ou mais tarde, você vai ser arruinado por essa mulher!Vitor encarou os olhares furiosos que o rodeavam, percebendo sua falta de dignidade, caminhou rapidamente até Joyce, agarrou seus cabelos e a arrastou para o elevador, saindo da nossa sala de escritório com um olhar de derrota.Amanda rapidamente acenou para todos:- Voltem