Joyce avançou em minha direção como uma louca, e Vitor, com um semblante descontente, correu atrás dela. - O que você está fazendo? Cuidado por onde pisa! - Ele disse.- Luiza! Por que você estava rindo? - Ela apontou para mim, exigindo uma resposta.Eu olhei para ela com fingida surpresa e disse seriamente: - Você está falando comigo? Estávamos conversando, estávamos falando sobre como há tantos cachorros agora, e se não são amarrados, eles mordem as pessoas? A vacina contra raiva está em falta! Você não ouviu falar?A mulher ao lado segurou o riso e concordou repetidamente: - Sim, sim! Agora está cheio de casos de mordidas! Não podemos nos proteger o suficiente!O rosto manchado de Joyce se contorceu ainda mais. Nesse momento, a assistente médica chamou: - Luiza Rios! Pode entrar, por favor!Eu me levantei rapidamente, segurando minha ficha e caminhando elegantemente até lá, entreguei o papel para a enfermeira e entrei na sala de exames.Quando entrei, estava sorrindo, o que deix
Ao descer as escadas e chegar ao saguão, avistei imediatamente Giovana no meio da multidão, e a pessoa ao seu lado era ninguém menos que Catarina. Pareciam estar muito próximas, conversando animadamente enquanto se dirigiam para dentro, atravessando o corredor em direção à ala de internação. Fiquei intrigada, quem estaria hospitalizado? Não conseguia pensar em nenhum amigo em comum ou parente delas. No entanto, pela intimidade entre as duas, parecia que estavam bastante próximas ultimamente. Pausando por um momento, decidi seguir em frente sem hesitar. Liguei para Hugo pedindo que ele designasse alguém para verificar quem estava internado. No caminho, ainda pensava nisso. Será que era Alícia? Mas se fosse ela, por que Catarina estaria a visitando? Será que elas tinham alguma ligação? Se houvesse uma conexão entre elas, seria interessante investigar mais a fundo para descobrir quando começou.Talvez fosse por isso que, em momentos cruciais, Alícia renunciou àquela parcela de terra
Olhei para ele e, enquanto aguardava pela resposta, ele apenas sorria, sem proferir uma palavra.- Não me diga que é mesmo a Alícia? - Minha mente estava em turbilhão.Hugo estalou os dedos e disse:- É exatamente a Alícia, com apendicite aguda!Me recostei no banco, minha mente em tumulto. Parecia que Catarina estava se envolvendo com Alícia. Imediatamente, disse a Hugo: - Continue investigando. Veja se Alícia está envolvida com Raul ou com Catarina.Hugo olhou para mim, os olhos brilhando por um momento, compreendendo imediatamente o que eu queria dizer. Havia uma grande diferença entre a relação de Catarina com Alícia e a de Raul com Alícia. Depois que Hugo saiu, peguei a caneta novamente, pesada em minha mão. A imagem daquele homem veio à minha mente novamente, meu coração deu um salto. Então pensei no carro parado entre as árvores. Seria ele? Respirei fundo, balançando a cabeça. Não, não poderia ser ele. Tentei forçar sua imagem para fora dos meus pensamentos e me levantei p
No dia seguinte.Cheguei cedo à empresa, afinal, hoje assinaríamos o contrato com a Cerâmica XY. Felipe também estava muito feliz. Ele sempre estava atento à Cerâmica XY e à Empório, dizendo que trabalhar com eles era especialmente tranquilo, com bons lucros e estabilidade. O mais importante era que o mercado da Cidade J era dominado pelas marcas da Cerâmica XY.Esse foi um dos principais requisitos que discuti ontem à noite com a Sophia da Cerâmica XY. Concordava com um pequeno aumento nos preços, afinal, os custos dos materiais estavam aumentando e o preço que eles nos ofereciam era praticamente o custo. Esperava que pudéssemos resolver isso com base nas vendas.Quando assumi a DX, embora o Vitor tenha levado a maioria dos clientes, a base já estava estabelecida por mim. Muitos clientes já me procuraram antes da Carnaval para renovar o contrato conosco este ano. Dos 80% dos clientes que tinham ido embora com o Vitor, 60% já haviam retornado para mim. Isso representava um grande ap
Hugo apareceu rapidamente no meu escritório e eu o instruí a investigar imediatamente. Vinte minutos depois, Hugo me deu a informação precisa, a Cerâmica XY fechou contrato com a XR, ou seja, a empresa do Vitor. Como eu esperava, poucas pessoas seriam capazes de fazer algo assim, e Vitor estava na linha de frente.- Mas a questão não foi conduzida pelo Vitor, foi uma artimanha da Catarina! - Disse Hugo do outro lado.- Catarina?Isso me surpreendeu um pouco. Como ela se envolveu nisso?Hugo explicou: - Inicialmente, a Cerâmica XY não estava considerando trabalhar com a XR. Vitor nem mesmo estava nos planos da Cerâmica XY desta vez. Durante a colaboração anterior, houve desentendimentos. Vitor usou amostras de azulejos da Cerâmica XY em seu trabalho, mas substituiu os produtos originais por produtos de uma pequena fábrica, fazendo pequenas modificações. Na última vez que houve um problema, a Cerâmica XY não se manifestou. Desta vez, na escolha de um novo fornecedor, a XR nem estava s
Entendi tudo e me senti aliviada. Parecia que a Cerâmica XY também estava envolvida nisso.Não podia deixar de me preocupar com Vitor, ele estava desesperado para se destacar e me esmagar, então desta vez estava por sua própria conta.Ele era apenas um raposo, não podia competir com essas duas raposas fêmeas.Olhando para isso, ficar de fora poderia ser uma boa ideia, realmente não estava com disposição para jogos de inteligência com elas, preferia ganhar meu dinheiro de forma tranquila e honesta.Depois do almoço, pedi para Felipe e Amanda me acompanharem ao mercado de materiais de construção, fazia muito tempo que não o visitava. Foi lá que começamos, com dezenas de tipos de materiais, procurando cliente por cliente. Era gratificante pensar nisso, naquela época o mercado não era grande, mas se tornou o maior centro de materiais de construção do país.Os produtos eram diversos, desde os maiores até os menores, tudo o que era necessário para construção e decoração estava disponível.H
Ela curvou os lábios num sorriso, seus lábios bonitos se torceram ligeiramente, adotando uma expressão bastante sedutora.- Pensei que a Sra. Luiza fosse uma mulher de princípios, mas parece que sua suposta integridade é apenas uma fachada. Você só quer pescar peixes grandes, não está interessada nos pequenos camarões? - Sua voz estava cheia de desprezo desta vez.- Sra. Catarina, por que está falando isso? Eu fiz algo para te ofender? Para justificar essa atitude tão desrespeitosa? Fingi inocência, mas agora que ela havia abordado o assunto diretamente, não havia necessidade de evitar.- Haha... Isso é desrespeitoso? - Ela bufou de forma maligna. - Nos negócios, se você pode fazer, faça. Não fique procurando apoio em todo lugar, fingindo ser tão nobre. Nos bastidores, você não passa de uma bajuladora de homens.- O quê?Eu soltei um suspiro, mantendo o olhar fixo em Catarina, decidida a não recuar. Afinal, eu já havia a ofendido, então não havia necessidade de fazer as pazes, continu
Eu fiquei sentada no carro por um bom tempo, olhando na direção da Quinta do Lago, rindo ironicamente. Só depois que o pico do trânsito após o expediente passou foi que comecei a dirigir de volta para casa. Não sei se foi por ter ficado muito tempo dentro do carro ou se estava cansada demais, mas comecei a me sentir um pouco tonta e fraca. Felizmente, nesse horário havia menos carros na estrada e logo cheguei em casa.Estacionei o carro e vi minha filha brincando no quintal. Caminhei até lá e Ivana voou na minha direção como um passarinho, pulando nos meus braços. - Mamãe, você voltou!Ela pegou minha bolsa e correu para dentro de casa, voltando logo em seguida para me puxar para brincar do lado de fora. Originalmente, eu estava pensando em me deitar um pouco assim que chegasse em casa, mas vendo sua animação, não tive coragem de recusar. Então, brincamos juntas no quintal, regando as plantas e separando as flores para plantar, até que as luzes do quintal se acenderam. Minha mãe n