— Michele! Michele, como você sangrou tanto? — Vanessa olhou para o sangue que saía debaixo de Michele, incrédula. Ela rapidamente tirou o casaco e o colocou sobre ela, gritando. — Alguém! Chame uma ambulância!Nesse momento, já estava escurecendo.As luzes dos postes nas ruas da Cidade D começaram a acender, era hora do rush, com carros passando e um fluxo de pessoas enorme.Na sala reservada, a família Barbosa já estava toda reunida.Clara estava servindo chá para a Sra. Barbosa e, tentando parecer indiferente, comentou:— O que te fez querer sair para comer fora? Temos um cozinheiro em casa, seria mais seguro.A Sra. Barbosa soltou um resmungo:— Você não queria levar a pessoa para casa, não é? Teme que eu me intrometa.Bryan, sem mudar a expressão, lançou um olhar sutil para Clara:— O que a vovó não faria, não significa que outras pessoas não façam.— Sogra, você bebeu muito chá. — Clara imediatamente baixou a cabeça, se sentindo culpada.A Sra. Barbosa, impaciente, disse:— Quant
Vendo a expressão de Vanessa, como se tivesse despertado de um sonho, Michele também ficou perplexa.— Não pode ser, você não esqueceu, né?Vanessa, aflita, começou a revirar a bolsa e a tocar os bolsos.— Cadê meu celular?Por lógica, se ela atrasou e não foi, Bryan deveria ter ligado para ela. No entanto, desde que levou Michele ao hospital até aquele momento, ela não ouviu uma única ligação.Michele se sentou e tentou confortar ela.— Calma, será que você deixou no escritório?— Talvez.— Agora o celular não é importante, talvez ainda dê tempo. Vá logo. — Vanessa ainda estava preocupada, mas Michele disse. — Aqui está tudo bem, não precisa ficar me vigiando, tem a enfermeira aqui. Vá logo, a Sra. Barbosa já estava desconfiada de você. Se você não esclarecer isso, a impressão dela só vai piorar.Só então Vanessa saiu correndo.Finalmente chegou ao hotel combinado, mas já era mais de oito horas da noite, ela estava mais de uma hora atrasada.Quando Vanessa chegou, os garçons estavam r
A mulher explicou em voz baixa, parecendo uma gatinha que havia cometido um erro, e aos poucos fez com que os olhos de Bryan aquecessem um pouco. Ele disse com a voz rouca:— Não se preocupe, a vovó não é uma pessoa sem entendimento. — Ele fez uma pausa e continuou. — Mas, se acontecer algo inesperado no futuro, eu também deveria ter o direito de saber, né?Vanessa ficou atordoada por um momento. Ela se sentiu como uma estudante do ensino fundamental sendo repreendida pelos pais.— Entendi...A testa de Bryan se contraiu levemente, e ele não se importou se essa resposta era sincera ou não. Ele pediu ao motorista para levar Vanessa direto para casa. Ao passarem por uma joalheria, Vanessa de repente se iluminou.— Estacione, por favor! Eu quero comprar uma coisa....Na manhã seguinte.Na sala de jantar da mansão da família Barbosa, a Sra. Barbosa tinha acabado de se sentar quando o mordomo a informou apressadamente:— A Srta. Vanessa chegou.— O que ela veio fazer?Clara serviu uma sopa
A Sra. Barbosa viu Violeta e seu semblante se suavizou um pouco.— Violeta, o que você está fazendo aqui?Violeta levantou os docinhos que estava segurando.— Comprei esses docinhos ontem à noite e estava planejando trazê-los. Perguntei à Tia Clara e soube que a senhora tinha um jantar ontem, então não quis incomodar. Por isso, decidi trazer pela manhã, mas parece que ainda cheguei em um momento inconveniente.Ao ouvir isso, a Sra. Barbosa lançou um olhar para Vanessa e soltou um frio riso.— Violeta, me desculpe por te fazer ver uma piada tão constrangedora.— Eu não me importo com o que vi, pois para você eu não sou uma estranha, então não se preocupe. — Enquanto falava, Violeta olhou para Bryan e Vanessa. — Vovó, não importa o que aconteça, não fique brava com o Bryan. Além disso, o tempo está ficando cada vez mais frio, não vale a pena você ficar doente por causa disso. Vamos entrar e conversar sobre isso, tudo bem?— Violeta tem razão. — Clara interveio. — Sogra, deixe o Bryan e a
Bryan correu alguns passos para fora e segurou o braço dela, antes que ela entrasse no carro. — Vanessa.Vanessa suportou a insatisfação que sentia no fundo do coração e disse com um tom reprimido:— Você deve voltar e acompanhar a senhora no café da manhã. Eu vou ao hospital ver a Michele. Eu não me sinto bem deixando ela sozinha lá.Do interior da casa, a voz da Sra. Barbosa ecoou:— Essas pérolas e pedras preciosas, eu já vivi metade da minha vida, o que eu ainda não vi? Não gosto nem um pouco mais do que os docinhos que a Violeta me comprou.Vanessa mordeu o lábio e disse:— Eu preciso ir.Ela se livrou com força do aperto do homem, entrou no carro e ligou o motor. Quando o carro deixou a mansão da família Barbosa, ela olhou pelo retrovisor e ainda viu Bryan, alto e elegante em seu trench coat, parado no mesmo lugar.Vanessa fez força com o coração pesado, ela desviou o olhar, sem perceber que Bryan logo entrou em outro carro na garagem e saiu direto da mansão da família Barbosa.
— Sem problemas, eu estava pensando em organizar uma atividade de equipe para os funcionários da empresa. Vou pedir para minha assistente entrar em contato com os funcionários do seu amigo, que tal?— Isso seria ótimo! Acabou de abrir, será uma experiência gratuita, só pedimos uma boa avaliação.— Estamos aproveitando a sorte do Dr. Valentino.— Então, vamos fazer isso nesse sábado. Combinado!— Sim, combinado!Após sair do hospital, Vanessa se dirigiu de volta para a empresa. Assim que chegou ao escritório, pediu para Annie cuidar dos detalhes da atividade de equipe no sábado. Enquanto ouvia os gritos de alegria do lado de fora do escritório, Vanessa sorriu contente e pegou uma caneca para preparar chá.Quando a água começou a ferver, ela deu uma olhada no celular e, além das mensagens de trabalho, não viu nenhuma mensagem que realmente desejasse. Bryan não a procurou durante toda a manhã.Será que ele ainda estava na mansão da família Barbosa?A testa de Vanessa se franzia involuntar
Bryan parecia estar muito ocupado e não conseguia mais conversar com ela. Vanessa rapidamente disse que ia desligar, mas ficou desanimada segurando o celular.Apoiada no sofá, ela se perdeu em pensamentos e se consolou dizendo que Bryan não poderia ser como as pessoas normais que pensam em amor o tempo todo. Ele estava muito ocupado. Conseguir um tempo para almoçar com ela já era difícil, como poderia ele fazer o que Annie disse, acompanhar ela em uma viagem de férias.Vanessa parou de pensar em bobagens, se animou e se dedicou ao trabalho.Nos dias seguintes, Vanessa e Bryan continuaram ocupados com suas próprias coisas, sem se verem até a sexta-feira.Na tarde de sexta, os funcionários da Imobiliária Segura pegaram um ônibus em direção ao hotel de águas termais e, ao chegarem, já estava escuro.Depois de realizar o check-in na recepção, cada um foi para o seu quarto descansar.— Jantar no salão de festas às sete e meia, não esqueçam. — Annie lembrou a todos, entregando a última chave
Embora ele estivesse irritado com essa mulher, ele se sentia mais irritado consigo mesmo por não ter dado a Vanessa segurança suficiente. Como herdeiro da enorme família Barbosa, ele também tinha suas fraquezas e não conseguia enfrentar toda a família de frente.Mas, ao ver aquela foto, o sorriso radiante dela parecia ter regado seu coração seco, fazendo uma emoção crescer descontroladamente dentro dele.— Vou esperar por você! — Essas quatro palavras foram ditas, e Valentino desligou o celular.Bryan olhou para a foto no celular, com a testa franzida, e disse:— Eduardo, reserve um voo para amanhã à tarde, às duas horas, de volta para a Cidade D.— Você vai embora amanhã? A negociação pode não terminar pela manhã.— Vai terminar.As duas palavras, diretas e objetivas, calaram a boca de Eduardo, que acabou reservando o voo obedientemente.O carro chegou ao hotel e Bryan parou. Ele saiu do carro, prestes a ligar para Vanessa, quando avistou uma figura familiar sorridente parada na porta