Vanessa sentiu sua voz tremendo levemente, se forçando a dizer duas palavras entre os dentes:— Nada não.— Eu te dou três segundos para retirar essas palavras e me dizer o que você precisa agora.Vanessa apertou lentamente o celular, se acalmou, então disse:— Estou no estacionamento da empresa, meu carro quebrou. Pode vir me buscar?— Estou indo.Bryan chegou quinze minutos depois. Ao olhar para a situação do para-brisa do carro, Eduardo exclamou:— Srta. Vanessa, o que aconteceu? Você está com algum problema? Quem fez isso?Vanessa estava de braços cruzados ao lado do carro, com o rosto ainda pálido, sem ter conseguido se recuperar do susto.Bryan tirou seu paletó e deu a ela.— Vou te levar para casa.— Okay.— Eduardo, me passe a chave do carro. Você leva o carro da Vanessa para a oficina.— Sim, chefe.No caminho de volta, Bryan perguntou sobre o que aconteceu no estacionamento.Vanessa hesitou por um tempo, então, contou lentamente:— Foi um grupo de motociclistas, não sei de o
Vanessa estava saindo da cozinha, segurando um copo d'água, quando viu Bryan entrando despreocupadamente.— Como você entrou?— Foi eu quem convidei o Bryan para vir jantar. — Caio respondeu à pergunta da Vanessa. — Vocês se conhecem bem para convidar ele para jantar em casa?Bryan parecia ignorar a pergunta de Vanessa, trocou os sapatos por um par de chinelos que pegou no suporte e se sentou à mesa, como se fosse o dono da casa.— Eh? — Vanessa, querendo evitar brigar, lançou um olhar reprovador a Caio. — Caio!Caio manteve uma expressão tranquila e, com um tom significativo, perguntou:— Mana, como é que temos um par de chinelos masculinos em casa?O rosto de Vanessa ficou sério. — Vocês fiquem à vontade, vou buscar pratos e talheres. — Caio disse.Vanessa puxou a cadeira, fazendo barulho intencionalmente.— Você não tem um cozinheiro em casa? Precisa vir comer na casa dos outros!— Foi seu irmão que me convidou.— Ele só estava sendo educado, você nunca ouviu falar disso?— Não.
Bryan largou o garfo pesadamente sobre a mesa, e o ar ficou tenso de repente.Os dois permaneceram em silêncio.Quando Caio saiu, havia apenas Vanessa na sala de jantar, e Bryan já tinha ido embora.— Cadê ele, mana?— Foi embora. Você vai atrás dele? Ele não deve estar longe.Caio franziu a testa e olhou para a porta.— Vocês brigaram, não foi? — A voz de Caio soou resignada enquanto ele puxava uma cadeira para se sentar. — Mana, eu realmente não entendo vocês. Que motivo tem para brigar em um relacionamento?— Caio, vou te dizer uma vez mais: Nós não estamos em um relacionamento.Caio não se importou.— Meu colega de dormitório disse que quando as mulheres ficam de birra, fazem como você. Primeiro, negam que estão em um relacionamento, depois negam qualquer ligação com o cara, tem até aquelas que dizem que nem o conhecem.Vanessa parou de comer por um instante ao ouvir isso e perguntou:— Você não consegue ficar calado?Caio se levantou rapidamente.— Vou dormir.Sozinha, Vanessa ter
A Sra. Barbosa estava conversando com os amigos quando, de repente, o mordomo entrou apressadamente para informar:— Senhora, a polícia chegou.Os rostos de todos presentes mudaram de expressão. — O que está acontecendo?...Uma xícara de porcelana valiosa caiu e se quebrou na sala, enquanto o grito furioso da Sra. Barbosa ecoava pela casa:— Isso é um absurdo!— Mãe, não se irrite. Já pedimos para ligarem para o Bryan.— Onde ele está? Manda que ele vir agora e terminar com aquela mulher! — A Sra. Barbosa tremia de raiva. — Quê é isso? O carro dela foi vandalizado e ela suspeita da nossa família? Se eu quisesse fazer algo contra ela, certamente não seria com métodos tão baixos. Quem ela pensa que somos? Ela acha que a nossa família Barbosa é o quê?Clara pegou uma xícara de chá das mãos de uma empregada.— Sogra, tome um chá para se acalmar.— Tomar chá? Ligue para aquela mulher e mande ela vir me ver! — A Sra. Barbosa levantou a mão e derrubou a xícara. Toda a família Barbosa sab
— Que foi, pai?— Vou te dizer mais uma vez: Fique longe do Bryan! Está ouvindo? — A voz repreensiva do Sr. Camargo ecoava no carro.Nesse momento, no escritório.Eduardo tinha acabado de contar ao Bryan que a polícia havia ido à mansão da família Barbosa.— Chefe, parece que foi a Srta. Vanessa que chamou a polícia. A senhora está furiosa e pediu para você ir para casa.— Quando isso aconteceu?— Agora há pouco. Eu não quis interromper enquanto você estava com o Sr. Camargo.— Vamos para a mansão.No caminho de volta, Eduardo perguntou ao Bryan:— Chefe, quer que eu avise à Srta. Vanessa? Isso foi um mal-entendido, não tem nada a ver com a senhora.— Como você sabe que não tem nada a ver?— Não foi tudo investigado? Foi aquela Violeta que fez isso, não foi?— Às vezes, a pessoa só faz esse tipo de coisa porque acha que pode alcançar o que quer, senão nem tentaria. — O rosto de Bryan ficou ligeiramente sombrio. — Não conte nada disso à Vanessa, nem que me encontrei com o Sr. Camargo ho
Saindo da mansão da família Barbosa, Bryan ligou para Vanessa.— Desculpe, o número que você ligou não está disponível no momento, por favor, tente novamente mais tarde. Ele franziu a testa e discou para o escritório de Vanessa.— Alô? Imobiliária Segura, boa tarde.Quem atendeu foi a assistente de Vanessa, Annie. Bryan a tinha visto algumas vezes e se lembrava da voz da garota.— A vossa Srta. Vanessa está? — Ele perguntou diretamente.— A Srta. Vanessa acabou de sair.— Para onde ela foi?— Bem... — A voz de Annie soava hesitante, afinal, questões de negócios da empresa não podiam ser compartilhadas com qualquer pessoa. — Sr. Bryan, a Srta. Vanessa saiu para tratar de negócios. Talvez seja melhor você ligar diretamente para ela.— Você acha que o Grupo Barbosa precisa competir com vocês por clientes?A pergunta de Bryan deixou Annie sem resposta.— Para onde ela foi? Preciso falar com ela sobre algo importante. — Bryan continuou a perguntar.Foi só então que Annie mencionou um local
— Ei, hoje não combinamos que só iríamos jantar, sem falar de trabalho?— Sem problemas, você só precisa levar o projeto.— Vanessa, você é uma garota sensata. — Sr. Frederico já estava bastante embriagado, deu um tapinha no ombro de Vanessa e sinalizou para o assistente pegar a proposta do projeto. — Não é por nada, mas Srta. Vanessa, você é muito próxima do Bryan, né? O pessoal do círculo comenta que você está prestes a entrar na família Barbosa. Então, por que a família Barbosa ainda deixa você aparecer assim em público?Ao ouvir o nome “Bryan”, a mente de Vanessa ficou uma confusão só.— Vamos mudar de assunto, beber mais um pouco....Quando Bryan chegou, o jantar já tinha acabado.O Sr. Frederico já havia sido levado pelo assistente, e Michele estava na sala cuidando de Vanessa.— Quanto a Srta. Vanessa bebeu para ficar desse jeito? — Eduardo parecia incrédulo. — Com quem ela estava bebendo?— Com o Sr. Frederico, do Grupo Figueiredo. O Sr. Frederico é uma boa pessoa. Tirando as
Assim que Vanessa desligou o celular, ela disse para Bryan:— Preciso ir ao Hospital Municipal.Os olhos de Bryan se estreitaram levemente e ele ordenou ao motorista:— Vá para o Hospital Municipal.— Sim, Sr. Bryan.O motorista fez o retorno no semáforo e dirigiu em direção ao Hospital Municipal da Cidade D.— O que aconteceu? Algum problema? — Bryan perguntou.— Algo aconteceu com o Caio.Vanessa segurava o celular, a tela ainda não havia apagado. Na última chamada recebida, brilhavam as palavras "Severino" antes de a tela escurecer de vez entre seus dedos.O olhar de Bryan ficou mais sombrio, e ele ordenou ao motorista:— Acelere.Chegando ao pronto-socorro do Hospital Municipal.Vanessa correu até a sala de emergência, o suor escorria pela sua testa, ela quase caiu ao chegar na porta do centro cirúrgico.— O Caio?— Ele está lá dentro, não se preocupe. — Severino a amparou. — Calma.— O que aconteceu? — Vanessa perguntou ansiosamente.Severino olhou por cima do ombro de Vanessa e v