MirellaAcordo e percebo que estou abraçando Mateus, e ainda por cima com minha perna em cima dele, tomara que ele não tenha percebido, acredito que não, pela sua respiração parece estar dormindo, me levanto devagar para não o acordar.— Bom dia! Dormiu bem? —— Ah... Merda! —— Nossa! Que bom dia mais estranho, pelo jeito o colchão não estava confortável. —Digo dando risada e ela então também sorri.— Desculpa. Bom dia! Mateus, o colchão estava ótimo, foi o melhor que eu já dormi. —— Sempre que precisar, pode ficar à vontade. —— Vejo que alguém acordou de bom humor hoje, isso é muito bom. Mas chega de papo, hora de começar o dia. —Falo indo à sala, droga, eu preciso arrumar essa bagunça, pego uma roupa e faço minha higiene o mais rápido que consigo. E volto para o quarto já com algumas coisas para arrumar Mateus.— Agora é sua vez mocinho. —Falo arrumando as coisas na cama para higienizá-lo.— Eu sei que está acostumado com o banho pela manhã, mas hoje terá que ficar para a noit
MateusMirella ficou pouco mais de uma hora fora, voltou com as cadeiras e um macarrão para almoçarmos, a tarde foi tranquila, contratamos uma internet para a casa, fizemos compras pelo aplicativo, colocamos as instalações da empresa em uma imobiliária para locação, Mirella faz questão de me questionar e falar tudo o que está fazendo, e segue aquilo que eu falo, ela diz que estamos fazendo juntos, mas claro que toda a parte física é ela quem faz. Estamos olhando uma série na televisão, quando ela pausa e fala.— Hora do banho mocinho, pois ainda preciso preparar nosso jantar. —— Ok chefa! —Ela vai para a sala e volta com algumas roupas dela e minhas, além de toalhas e o que parecem ser os produtos de higiene que eu costumava usar, ela entra no banheiro e volta usando uma camiseta rosa-claro e um short, ela tira minha roupa ainda na cama e me transfere para a cadeira de banho, estou constrangido por estar totalmente nu, além de saber que ela vai me tocar muito mais para dar o banho,
MateusTrês meses e meio desde que saí do hospital, e como sabem pouca coisa mudou. Estamos novamente no banho, Mirella agora me dá banho usando biquíni e já aproveita e toma seu banho também para facilitar um pouco. Quando ela começa a esfregar minhas pernas, meu amigo resolve dar sinal de vida, quando ela toca meu pau, ele endurece completamente, caralho que sensação é essa, nunca ficou tão duro rápido desse jeito. Continuamos o banho como sempre, mas hoje parece que o bicho está mais agitado do que de costume, ela me veste e enquanto se veste, como sempre me observa e questiona.— Você está bem? —— Sim estou. —Minto, não estou nada bem, meu pau está tão duro que está me incomodando dentro da cueca.— Tem certeza? —Ela insiste, mas que merda.— Sim, tenho. —Mas que droga, se acalma bicho, antes que ela perceba. Respiro fundo várias vezes, mas não adianta nada, e Mirella continua me observando.MirellaNão digo nada, só o observo, ele está na cadeira e quando chego próximo para p
MateusEstamos no estacionamento da clínica, Mirella se prepara para me tirar do carro, quando se debruça para me pegar eu a chamo.— Mi! Me dá um beijo? —Ela me olha e com um sorriso beija minha bochecha.— Assim não, eu quero na boca. —Falo sem pensar, mas eu quero sentir seus lábios, seu gosto, nem que se seja uma única vez.— Eu q...Ela me corta, colando seus lábios aos meus, minha língua pede passagem e ela permite, começo a explorar sua boca, procurando fazer com que sua língua se envolva a minha, ela permanece sem mover a língua por um tempo, parece até que nunca fez isso antes, mas então ela movimenta a língua, demoramos um pouco, mas logo entramos num ritmo gostoso, o beijo vai se aprofundando e eu fico ali, a saboreando até precisarmos de fôlego, então encerro o beijo com um selinho.— Mat... —Eu a corto.— Shiiiuuu, não fala nada, vamos entrar, senão vou me atrasar. — Ela concorda com a cabeça, me retira do carro e entramos. Quando vejo que Arthur abre a porta para me
Miguel Vocês devem estar se perguntando o que aconteceu comigo? Pois bem! Após sofrer o AVC, tive alta e fui para casa com Suelen, estranhei o fato de não ver Patrícia e Mateus, me falavam que eles estavam bem, mas eu não conseguia acreditar.Metade do meu corpo estava dormente e Suelen cuidava de mim, até que Marcos entrou transtornado, querendo saber se o que acharam em meu cofre, era verdade. Diante daquilo não pude negar, mas eu sempre o amei como filho, e respeitei a vontade da Andréa, ela decidiu que ele não deveria saber de toda a verdade, ele exigiu que eu contasse onde está sua família biológica, mas eu realmente não sei. Patrícia conseguiu tirá-lo do meu quarto, não os vi mais, até mesmo Leonardo desapareceu, apenas Suelen permanecia ao meu lado, além dos funcionários da casa. Mateus nunca mais vi, desde o dia do seu casamento, até Mirella parou de vir me ver, e Suelen nega me falar qualquer coisa, se é que ele sabe de algo. Passado uns dias que eu estava em casa, Marcos
Mateus Observo que o local apesar de isolado é bastante bonito... João me tira do carro e ao invés de me colocar na cadeira me carrega para dentro com a ajuda de Verônica, acho estranho, mas não falo nada, talvez seja mais fácil assim por causa da grama. Eles me levam direto para um quarto me colocando em uma cama e meio constrangido eu falo. — Eu preciso ir ao banheiro. — Eles me ignoram e saem, e eu fico ali olhando para o teto sem entender o que está acontecendo. Passam algumas horas, eu não me aguentei e acabei urinando nas calças, pois a última vez que havia ido ao banheiro foi de manhã quando Mirella me levou antes do banho, também estou com fome, só tomei café da manhã, chamei várias vezes por João e Verônica, mas ninguém apareceu, nem mesmo o tal rapaz que eles cuidam eu cheguei a ver. Já é noite e ninguém apareceu, não consigo dormir, estou mijado, com fome e frio. Mas que merda é essa. Fico ali, pensando no que está acontecendo até que amanhece, eu não consegui dormir, e
MirellaMe surpreendo ao abrir a porta...— Oi Mirella, posso entrar? —Meu coração acelera e meus olhos já enchem de lágrimas, sinto meu peito arder com a esperança que renasce em mim...— Mirella? —— Ah! Oi... Desculpa... Entra Arthur. —Se acalma Mirella, se acalma Mirella, repito em minha mente como um mantra, preciso me concentrar.— Tomei a liberdade de pegar o endereço na ficha do Mateus na clínica. Mirella, desde que você me procurou questionando o programa, passei a ficar mais atento, há uns dias recebi a informação que Mateus não se trataria mais no hospital da Cruz Vermelha, e sim num hospital de uma cidade que fica à cinco horas daqui e oito horas de onde ele está morando, achei estranho, por que ir para mais longe ainda? Então tentei ligar para os cuidadores. Eles não me atenderam nenhuma das vezes, mas ontem recebi esse áudio no WhatsApp:"Arthur é o Mateus, estou bem, vou me tratar em outro hospital pois lá Verônica tem parentes e eles tornam tudo mais cômodo para nós.
MirellaDesço do carro, bato palmas, chamo, mas nada, ninguém aparece. Olho para a casa e está tudo aberto, então vou me aproximando da porta.— Parece que não tem ninguém amiga. —— Pois é, também não vejo nenhum carro por aqui, será que saíram? —Não digo nada e vou entrando, já estou aqui mesmo, não vou voltar embora sem ver Mateus, nem que para isso eu tenha que fazer plantão aqui, eu preciso convencê-lo a voltar comigo. Assim que entro, vejo a cadeira de rodas de Mateus na sala, então falo.— Mateus tem que estar por aqui, essa cadeira de rodas é dele. —Passo a mão pela cadeira e é como se pudesse senti-lo, só estranho o fato dela estar cheia de pó.— Olá? Tem alguém aí? Mateus? —Pergunto enquanto caminho até chegar a um corredor, onde vejo umas sete portas, acredito que sejam os quartos então chamo novamente.— Oi? Mateus? —MateusHoje estou pior que os outros dias, estou sentindo muito frio e dor, acredito que estou com febre e começando a delirar pois posso jurar que ouvi Mi