Jayson.
Ouço o professor dar sua explicação sobre a matéria, de fato estava entediado, já sabia aquela matéria e as explicações estavam ficando chatas.
_Bom dia turma. - Ely Fisher a diretora da escola para na porta. - Temos uma aluna nova esse ano. - Ela diz para os alunos e o professor, então faz um sinal com as mãos chamando a garota escondida do lado de fora da sala - O nome dela é Melissa Melker, ela veio do Brasil e ficará conosco até o fim do ano letivo.
Uma garota linda, ela tem olhos castanhos claros e o cabelo cai cheio de anéis até a cintura. Ela sorri com brilho nos olhos, sinto algo diferente nela. A gorato se senta ao meu lado, o único lugar vago já que todos tem medo mim... Sinto o cheiro de morango vindo dela, ela me olha sorri tímida.
Como alguém pode sorrir como ela, tem brilho nos olhos!?
Estefany Carvim fala com ela alguma coisa e ela somente sorri, não como sorriu pra mim, ela foi simpática.
Quando a aula termina Summer se aproxima e elas conversam. Summer Goldenberg é uma garota legal, Dylan sempre foi apaixonado com ela e ela por ele. Demorou mas eles ataram um namoro.
A primeira aula foi a única em que a garota nova se sentou ao meu lado, nas aulas seguintes ela estava sempre perto de Summer, as duas se deram bem pelo jeito.
....
Tem dias tenho finjo não perceber os olhos dessa garota sobre mim.
Ela está sempre me olhando...
Toda vez que olho na direção dela, ela desvia o olhar.
Ela deve estar com medo de mim...
Todos têm medo!
Talvez já tenha ouvido as histórias sobre mim. O assassino do próprio pai, o cara que foi preso, para a maioria eu sou um tipo de psicopata.
O que é ridículo, mas eu aprendi a gostar.
Ando pelos corredores e ouço as conversas, festa na casa do Tyller. Eu já fui em festas como essas... Hoje ninguém perde tempo em me chamar, eu nunca mais fui perdi completamente o interesse.
A popularidade ficou para trás. A maioria me teme e quem não tem medo prefere me evitar. Até as meninas me evitam, aqui na escola, porque visitas femininas são comuns na minha casa.
.....
Já está tarde, são onze horas, minha progenitora dorme em seu quarto sobre o efeito dos remédios. Ela tem pouco tempo de vida, talvez meses, se tiver sorte um ano.
Ela já estava doente quando a merda toda aconteceu. Mesmo assim a pedido dela eu fui para casa de uma das minhas tias em Dakota.
Calço meus tênis e saio para correr, sempre faço isso. No meio do caminho ouço o som da música e vozes altas, vindos da casa de Tyller.
Eu entro na rua a direita, é um caminho incomum, mesmo assim o faço. Paro em meio aos carros e vejo não muito longe o movimento de corpos dançando, alguns passam por mim vomitando pela calçada.
Encosto meu corpo em algum automóvel parado ali, cruzo os braços sobre o peito e observo.
Não sinto falta dessa vida, não sinto falta das festas. Sinto falta de jogar, da adrenalina correndo nas veias, da energia do jogo e toda euforia que envolvia.
Vejo cabelos longos ao longe. A garota de costas conversa com Bill Murray, um idiota, Murray sempre sustentou a fama de predador, para ele isso é importante. Ele é um idiota!
Vejo que eles se distanciam da multidão e decido seguir-los, não sei porque faço isso.
Talvez quisesse tirar da minha cabeça a ideia que tinha criado da novata, queria ver se ela, como as demais, se entregaria para o cara mais babaca do colégio, só por ser do time de futebol.
Era isso que geralmente acontecia, elas dormiam com um jogador em busca de popularidade.
_O que vai pegar? - A garota pergunta.
E sinto que há alguma coisa está errada...
MelissaDepois do jogo Summer insistiu que eu fosse a tal festa. Nem de longe era o que eu queria, porém acabei cedendo.Estava até gostando de estar lá, apesar de me sentir uma estranha no meio de tantos corpos suados e de todo aquele cheiro de álcool, estava gostando da companhia do rapaz que conversava comigo.Bill Murray um rapaz de olhos azuis profundos, um galanteador nato e bêbado.Ele tenta me beijar algumas vezes, me desvio em todas. Mas permaneço conversando com ele. Estava me divertindo do seu estado alcoolizado._Quero te dar uma coisa. - Ele diz. - Está no meu carro vem.Acompanho ele pela rua escura até um caminhonete prata de vidros bem escuros, me encosto nela esperando que ele abra e pegue o que quer que queira me dar.
MelissaDepois daquele fatídico dia Bill apareceu na escola com um enorme hematoma no rosto. Ele disse que havia caído e não me olhou em nenhum momento, não me dei ao trabalho de desmentir, ninguém deu.Dou graças a Deus por isso, não quero que ninguém saiba, porque sinto uma enorme vergonha.O que me põe em constante aflição é o Jayson, não consegui falar com ele.Eu o vejo na sala, e algumas vezes no corredor mas não consigo me aproximar,só olho para ele o tempo todo.Saio do banheiro apressada, carregando muitos cadernos na mão. Estou decida a falar com meu herói no intervalo, mesmo que para isso tivesse que me sentar com ele no refeitório.Bato num muro de pele e músculos.Olhando para cima o vejo com um meio sorriso, olhos em tons de verde como folhas no inverno, ele é muito bonito.Minhas coisas caem no chão e o que não caiu
MelissaAs oito em ponto Jay Jay para na minha porta para me pegar, não tem ninguém em casa, então, só deixo um bilhete dizendo que volto antes das dez.Ficamos em silêncio por um tempo, durante o trajeto._Como é Brasil? - Ele pergunta sem tirar os olhos da estrada._É lindo... E quente... E as pessoas são... diferentes... Menos reservadas eu acho..._Legal. Deixou algum namorado por lá?_Não! - Eu dou uma pequena risada. - Com certeza não. Eu nunca namorei!Sinto o olhar dele sobre mim, mas não olho em sua direção. Meu rosto começa a esquentar e sei que estou muito vermelha._Por que? - Ele pergunta, mas não vejo julgamento na sua voz._Bom... Eu não saia muito, estava sempre estudando... Ninguém se interessou mesmo eu acho. - Sou sincera._Você é muito bonita. Talvez tivesse muitos i
MelissaEu não sei o que fazer ou dizer. Não consigo olhar para o Jayson e derrepente fico enjoada._Tudo bem? Você ficou calada... Não me olha mais..._É que... Hã... Eu não sei como fazer... E... Deve ter sido horrível... Eu...Ouço ele gargalhar, isso é um ultraje!_Calma... Você foi bem... - Ele tem sorriso lindo!_Ta é... Vou no banheiro.Paro em frente ao espelho e me olho.Uma hora eu ia beijar alguém certo!? Eu deixei ele me beijar, certo!? Ok... Eu gostei de ser beijada!? Claro que sim! Eu deveria! Não eu não deveria... Acho que não... O que aquele beijo significou para o Jay Jay?Temo que a resposta seja, nada!Lavo o rosto e decido voltar para a conhecida *DR.Sento e vejo Jayson me olhar com curiosidade._Tudo bem? - Ele pergunta, e pelo tom da su
JAYSONNem tinha colocado os pés no corredor Dylan me prende na parede._O que pensa que está fazendo!? - ele pergunta._Do que você falando? - respondo sem entender.Desde a nossa última briga, Dylan nunca mais falou comigo. Sempre se manteve a distância. Eu sei que no fundo a culpa foi minha, foi eu que o afastei e o mantive longe.Por ele que faria isso agora? O que de tão grave eu teria feito? Não lembro de nada!_Qual o seu problema Jay Jay, vai brincar com a garota agora!?Sábado vem a minha mente e o reconhecimento aos meus olhos, claro que ele compraria briga, Melissa é amiga da namorada dele._Não sei do que está falando. - Me desvencilho do cara que já foi meu melhor amigo, mesmo sabendo que ele percebeu a mentira._Você beijou a Mel! Por que fez isso? Ela é legal cara, está passando uma barra e você faz isso!?
MelissaAs cinco em ponto Jay Jay bate na minha porta.Ele estava com uma bermuda azul escuro de brim é uma camisa branca, os cabelos negros recém lavados caiam a testa.Eu pensei que minha mãe estivesse em casa, ela disse que estaria. Quando cheguei, porém, encontrei um bilhete com explicações da sua ausência e comida congelada.Aquele era um dia quente então um vestido pareceu boa ideia. Eu não usava vestidos principalmente para sair de casa e num terrível lapso de memória me esqueci que o rapaz a minha frente estaria aqui.Fico com vergonha quando me deparo com ele na porta._Você fica bem com esse vestido. - Diz e não parecia ter maldade ou malícia na voz._Entra e senta lá na sala, vou me trocar. - Minhas palavras saem cheias de desânimo.Coloco um short e uma camiseta. Começamos então na escolha do nosso poema e depois na construção de u
MelissaEu literalmente fugi o máximo que pude, fazia coisas absurdas, desde me esconder no banheiro até não ir no refeitório para evitar ver ou dar uma chance para Jayson falar comigo.Uma atitude pra lá de infantil, eu sei...As coisas em casa tem ficado cada dia pior. Meu pai foi dormir em um hotel, minha mãe decidiu trabalhar em um café da cidade e eu continuo sozinha...Nunca sei exatamente o que está acontecendo. O máximo que recebo são post It pregados na geladeira e notas de vinte e cinquenta dólares largados na mesa da cozinha, conversas rápidas por telefone são tudo o que eu consigo quando quero muito falar com meus pais.Tudo bem, eu aceitei vir cá, sabia que seria difícil, é só uma fase ruim. Vai passar...Hoje é aniversário do Dylan, Summer me fez prometer que eu iria. Por isso estou sentada na porta de casa, com um vestido azul claro, esperando Smith me peg
JaysonMinha mãe foi internada no fim de semana, o que já é uma merda por si só. Para piorar minha rainha me fez prometer que eu voltaria para o futebol, não que eu não goste, eu gosto, o problema é que o futebol vai tomar muito do tempo e ficar com ela vai se tornar ainda mais difícil.Na segunda pela manhã lá estava eu pedindo ao técnico para voltar aos jogos. Ele sabe que eu sou bom, por isso me aceitou de volta, como reserva, para voltar a ser um dos titulares é só questão de tempo.No vestiário ouço os caras falando da Melissa, ela começou a namorar algum otário do basquete, e isso é o suficiente para sentir a raiva ferver meu sangue. Mando uma mensagem perguntando onde ela estava. Ela não responde e com certeza o cara do basquete tem haver com isso, não que eu tenha qualquer direito sobre ela, só pensei que estávamos nos entendendo.Tomo banho e saio sem falar com ninguém, por sorte ela caminhava n