Eva
— Eu também amo você Dante, sempre amei. — Envolvo meus braços em seu pescoço, beijando-o e mesmo que tente conter as lágrimas que escorrem por meu rosto, pois a emoção e felicidade que transborda em meu peito é grande demais.
Me afasto um pouco do seu corpo apenas para pegar sua aliança de dentro da caixinha.
— Sei que nossa vida é realmente uma verdadeira loucura, mas também sei o tanto que lutamos e trabalhamos para chegar até aqui, não foi uma caminhada fácil, tantos anos perdidos, mas o que importa é o agora, é estar ao seu lado, caminhando com você. Dante, você sempre foi e sempre será o meu grande amor. — Deslizo a aliança por seu dedo anelar selando nossos lábios mais uma vez. — Amo-te Dante Voyaller.
Surpresa e emoção
Eva— Como vocês deixaram Donatel escapar? — Dante fala extremamente bravo e vários soldados entram pelas portas laterais na tentativa de manter todos os convidados em segurança na parte interna sem chamar atenção.— Só me faltam dizer que Donzel está envolvido nessa fuga — rosna.— Senhor, não sabemos, mas alguém entrou pela escavação noroeste que liga diretamente as celas de contenção.— Incompetentes. — Vejo as mãos de Dante tremer tamanho é seu nervosismo. — Mandei que não deixassem nenhuma área de acesso desprotegida, pois sabia que Donatel havia passado a planta da casa para alguém. Somente ele e nós tem
Olho para cima preocupada com o silêncio excessivo do local, a música eletrônica estava abafada pelas portas trancadas e me pergunto como Max e os seguranças estavam conseguindo manter aquela quantidade de pessoas dentro do salão. Um gemido vindo do corredor chama minha atenção, caminho lentamente em direção aos sons tomando cuidado para meus saltos não fazerem barulho no piso ilustrado do hall de entrada que agora está manchado de sangue quase seco, puxo a abertura do meu vestido até a altura da coxa pegando dois punhais.Seguro os dois punhais em posição de ataque e a música eletrônica abafa os resmungos vindos da cozinha, nesta parte da casa o som era bem mais alto do que o hall de entrada.Teresa. Eva— Odeio que outros homens te toquem — sussurra próximo a minha orelha caminhando em direção ao quarto. — Odeio com todas as minhas forças Eva.— Você deve parar de fumar. — Cruzo os braços torcendo o nariz ignorando sua possessividade exagerada.— Estou muito puto — rosna esfregando o nariz em minha orelha como se realmente quisesse tirar o cheiro do outro homem da minha pele.Acaricio os cabelos de sua nuca na tentativa de acalmá-lo enquanto ele sobe as escadas que levam ao andar dos nossos quartos. Ao passarmos pelo hall de entrada vejo seus homens retirando os corpos e limpando as manchas de sangue do chão.— Capítulo 9
— Mesmo tendo medo e estando vulnerável não vou te deixar sozinho. Donatel, é uma de suas fraquezas, você acha que eu não sei? Ele é a fraqueza dos quatro, mesmo que o desejo de vocês seja matá-lo, vocês o temem. O temem porque foi ele que os tornou assim e quando cada um de vocês tem a oportunidade de matá-lo vocês hesitam. — Me levanto segurando o edredom em volta do meu corpo e paro abruptamente ao ouvir a pancada de sua mão contra a mesa que fica no centro do quarto que no momento se encontra quebrada em duas.— Não ouse falar comigo dessa maneira Eva. — Ele aponta para mim deixando exposta toda a frieza em seu olhar. — Você não entende porra nenhuma Eva, não entende metade do que é tudo isso. — Ele gesticula o lugar com a mão. —
DanteTudo que eu menos queria era uma briga com Eva, mas aqui estou remoendo nossa conversa com a cabeça cheia de preocupações e assuntos pendentes, além do casamento de Jack.Sei que não é fácil para Eva compreender a vida que levamos, apesar de ser bem treinada e saber lutar muito bem não conviveu em um ambiente como o nosso e muito menos teve que lutar como lutamos.Para ela me ver na linha de frente das batalhas é a mesma coisa de estar me atirando em frente ao fogo cruzado, mas não é bem assim, afinal aprendi a nunca deixar meus homens sós, lutarei com eles até o final.Eva não entende e não compreende como é ter esses sentimentos ou pensamentos, como é
Aproximo a furadeira ligada do seu olho direito. Ele tenta puxar o rosto, mas encosto a furadeira logo abaixo de seu olho subindo lentamente em direção ao seu globo ocular.— Eu falo — grita em desespero. — Eu falo, eu falo — ele grita.O solto deixando que ele respire melhor para que finalmente comece a dizer o que eu realmente quero saber.— Agora que as coisas estavam começando a ficar interessantes... é realmente uma pena, acho bom você dizer toda a verdade sem gracinha ou sarcasmo. Minha paciência e minha bondade já se esgotaram. — Sento na poltrona de frente para ele esperando que comece.Com dificuldade ele ergue o olhar para encarar meus ol
Eva— Bom dia Teresa — Cumprimento sem muito ânimo sentindo minha cabeça latejar.O dia estava nublado, com nuvens carregadas e a temperatura caia constantemente, não colaborando nem um pouco com meu atual estado de ânimo. Depois da discussão que tive com Dante, ele simplesmente sumiu e faz dias que não nos falamos, pra piorar tudo que como não me faz bem, mas o que mais me entristece é saber que ele nem mesmo tentou uma aproximação em tantos dias.— Eva você está emagrecendo, seu rosto está pálido. Você anda se alimentando adequadamente? — Teresa segura meu rosto com as mãos analisando meus olhos.— Nada que como para no meu estômag
DanteIrritação era meu segundo nome, além de ódio e intolerância, se um mísero inseto questionasse minhas ordens não viveria nem um único segundo a mais para contar história, tamanho era a minha irritação e quando finalmente estamos concluindo a missão de incendiar o último galpão, recebo a informação de que Eva desmaiou e estava na enfermaria.Angústia era um sentimento muito ameno para o que sentia, aflição, desespero não passa perto do que me consumia por dentro. Naquele instante não existia mais nada à minha frente, apenas o fato de que eu estava a quilômetros de distância da minha mulher e ela precisava de mim, além disso havíamos brigado, não, isso está errado. Eu ha