Eva
Ouvir Dante rugir como um animal não acalma meu coração, muito pelo contrário, me preocupa ainda mais e aumenta a agitação em meu interior.
Desestabilizada por tudo o que está acontecendo ao meu redor, meu peito queima com as rajadas de ar que entram em meus pulmões devido a adrenalina que corre em minhas veias.
Donzel me obriga a caminhar para fora do barracão onde um carro está à nossa espera. Isso não me agrada, nem mesmo um pouco, na verdade, quero acertar um belo soco em seu rosto e correr para os braços do meu homem, mas sua arma contra a minha cintura impede qualquer tentativa de ataque.
Dante foi baleado no ombro, eu vi o momento em que a bala acertou seu corpo, mas ele nem mesmo se importou com a dor e isso me quebra por dentro. Odeio tanto vê-lo assim, entregue a escuridão a ponto de não se importar com a dor
Abaixo, ao sentir uma segunda presença se aproximar, jamais conseguiriam me atingir pelas costas dessa maneira. Meus sentidos ficam mais aguçados do que o normal, consequências do passado com meu querido pai que me obrigava a lutar no escuro contra mais de cinco homens.Acerto um chute no homem fazendo-o cair no chão enquanto soco mais uma vez o rosto de Donzel, deixando-o quase incapacitado no chão. Isso é frustrante, ele nem mesmo consegue se defender, chega a ser decepcionante.Volto minha atenção para o homem e vejo mais dois deles se aproximarem, olho em volta e vejo que meus homens estão ocupados demais, mas Hugo se aproxima com a mão no abdômen.— Hugo, tire Eva daqui imediatamente — dou a ordem, e ele assente.— Acha que pode ordenar quando estamos aqui? — um dos homens diz abusadamente, e sou obrigado a rir.Em pose re
— Não, Eva, ele está cego pelo ódio — diz preocupado.Os rugidos de Dante reverberam por todo o meu corpo como um grito de socorro.Um animal enjaulado que procura sofregamente por sua liberdade.— Eu preciso pará-lo — grito tentando me soltar.— Max, pare Dante — Royal ordena enquanto Jack ministra alguns medicamentos em Hugo dentro da Van com a porta aberta.Max o observa temeroso, mas se volta para Dante incerto.— Agora — ele ordena.Rapidamente Max parte para cima do irmão com tudo o que tem, porém nem mesmo consegue tocá-lo, pois os punhos de Dante acertam seu peito com toda a força fazendo Max cair para trás tossindo com o baque.— Reforços — Royal grita.— Não Royal. — Me desvencilho dos braços dele com um
Faz cinco dias que não falo adequadamente com Dante, sim, cinco dias que ele fica enfurnado em seu escritório e na empresa sem ao menos aparecer para mostrar que está bem.É claro, tirando os três dias que ele foi obrigado a ficar de repouso devido aos tiros que levou e os danos que recebeu, mas se você acha que isso o pararia facilmente está muito enganado.Ultimamente ele tem estado uma pilha de nervos e até mesmo acho adequado deixá-lo esfriar a cabeça, mas infernos, eu sinto falta daquele homem prepotente.Respiro profundamente observando a equipe de médicos ao meu lado.Dante montou um quarto de hospital em nossa casa somente para que eu tenha os cuidados necessários com o nosso bebê.Ele de certa forma não está errado, de maneira alguma, porém eu estou tomando as vitaminas como foi ordenado, entretanto, lu
— Sei que fomos imprudentes em agirmos sem seu consentimento, não tenho nenhuma justificativa para nossos atos. — Aperto as mãos em seus braços mesmo sentindo uma fisgada em meu braço trincado. Era para ele estar engessado, mas recusei e pedi apenas que o imobilizassem, ainda está um pouco inchado e avermelhado, mas tenho certeza que logo estarei bem.— Eva você foi mais do que imprudente. Tem noção que colocou não somente a sua vida, mas a de todos em risco, inclusive do nosso filho? Eu não sei se culpo você ou os meus irmãos. — Sua voz se altera e ele bate as mãos na cômoda negando com a cabeça.— Dan... — Ele me corta se virando de frente para mim.— Não, Eva. Não use esse tom e muito menos esse apelido para me persuadir, você errou feio, você e meus irmãos. Qua
— Você fica sensual quando está brava e preocupada. — A rouquidão em sua voz faz os pelos do meu corpo se eriçarem e sua mão ousada pousa em minha bunda.— Dante, pare, você sabe que Teresa ficará extremamente brava ao ver esse ferimento tão avermelhado e descuidado. Isso foi falta de cuidado, você deveria ter desinfetado... — Ele me cala quando sua mão forte atinge a lateral da minha bunda.Solto um gritinho com a surpresa e volto minha atenção para ele cheia de indignação.— Dante. — Empurro seu peito e o sorriso safado dança por seus lábios que logo deslizam por meu pescoço até o decote da minha blusa onde ele deixa uma leve mordida e sobe para minha orelha.Fecho os olhos agarrando seus cabelos com força e o ouço gemer manhoso.— Dante... Pare.
EvaMordisco meus lábios enquanto caminho ao lado de Dante para a parte de trás da academia onde há uma passagem para a enfermaria no subsolo.Achei que as coisas com Dante melhorariam, tudo estava indo bem demais para o meu gosto, mas sempre tem algo para atrapalhar.Estou tentando não surtar, pois tenho minha parcela de culpa no plano sobre Donatel e Donzel, mas dessa vez confesso que ele foi longe demais.E quando digo longe demais não estou economizando na dosagem, pois ele teve a capacidade de escolher o nome do nosso filho sozinho sem o meu consentimento. Até aí tudo bem, poderíamos conversar a respeito, sem problema algum, mas tatuar o nome escolhido por ele abaixo do meu no lado esquerdo do seu peito é demais.Aleff Voyaller.É um nome lindo, eu gostei e nem mesmo ficaria chateada se ele ao menos tivesse a decência de me comunicar
— Achei que te perderia. — Sinto um forte aperto no peito de medo com a possibilidade de perdê-lo.Uma de suas mãos se apoia em minhas costas enquanto ele afaga meus cabelos com calma.— Estou bem, pentelha. — Ele deixa um beijo na lateral da minha cabeça.— Realmente achei que iria te perder. — Não consigo conter as lágrimas e os calafrios que passam por meu corpo.— Já disse que não me perderá tão facilmente. — Ele ri, mas geme ao exigir uma força exagerada da musculatura de seu corpo.— Ei menina está atrapalhando o meu trabalho. — Tereza me observa carrancuda.— Por favor, Teresa. — Olho para ela suplicante.Semicerrando os olhos ela me encara com uma sobrancelha arqueada.— Somente por alguns minutos enquanto vejo como Hugo está — diz com as m&ati
EvaÉ óbvio que ainda estou brava com Dante pelo nome do nosso bebê e recapitulando bem o momento até tenho vontade de rir, afinal, como ele consegue ser tão impulsivo em certos momentos?!Confesso que fiquei puta, mas não nego que estou igualmente ansiosa para finalmente vermos nosso pequeno, então, por agora resolvi dar um momento de trégua e esquecer da sua imprudência nos permitindo ter um momento de paz para ver nosso pequenino pelo ultrassom.Minhas mãos soam frio e meu coração bombardeia meu peito enquanto o médico prepara todo o equipamento necessário para realizar o exame.Ultimamente estou muito agitada e inquieta e mesmo que eu tente não demonstrar minhas emoções para as pessoas à minha volta, é impossível. Ser mãe vai ser uma completa novidade para mim e muitas vezes não