Por sorte, o estacionamento exclusivo esconde meu carro marcado pela luta de horas atrás.
Royal já está no quarto à minha espera com todas as armas que precisamos espalhadas sobre a cama.
— Já liguei para a elite, ordenei que todos os esquadrões da localidade se reúnam em Florença o mais rápido possível.
— Ótimo — me limito em dizer.
Royal me observa com cuidado e abaixa a cabeça ao fixar seus olhos nos meus soltando um pesado suspiro.
— Se acalme Dante, você está deixando ser dominado e não seremos capazes de contê-lo e lutar ao mesmo tempo. — Coloca um rifle sobre a cama.
— Seus irmãos só podem me querer fora de controle, pois é impossível agirem com tanta irresponsabilidade. — Travo o maxilar sentindo minha respiraç&ati
EvaOuvir Dante rugir como um animal não acalma meu coração, muito pelo contrário, me preocupa ainda mais e aumenta a agitação em meu interior.Desestabilizada por tudo o que está acontecendo ao meu redor, meu peito queima com as rajadas de ar que entram em meus pulmões devido a adrenalina que corre em minhas veias.Donzel me obriga a caminhar para fora do barracão onde um carro está à nossa espera. Isso não me agrada, nem mesmo um pouco, na verdade, quero acertar um belo soco em seu rosto e correr para os braços do meu homem, mas sua arma contra a minha cintura impede qualquer tentativa de ataque.Dante foi baleado no ombro, eu vi o momento em que a bala acertou seu corpo, mas ele nem mesmo se importou com a dor e isso me quebra por dentro. Odeio tanto vê-lo assim, entregue a escuridão a ponto de não se importar com a dor
Abaixo, ao sentir uma segunda presença se aproximar, jamais conseguiriam me atingir pelas costas dessa maneira. Meus sentidos ficam mais aguçados do que o normal, consequências do passado com meu querido pai que me obrigava a lutar no escuro contra mais de cinco homens.Acerto um chute no homem fazendo-o cair no chão enquanto soco mais uma vez o rosto de Donzel, deixando-o quase incapacitado no chão. Isso é frustrante, ele nem mesmo consegue se defender, chega a ser decepcionante.Volto minha atenção para o homem e vejo mais dois deles se aproximarem, olho em volta e vejo que meus homens estão ocupados demais, mas Hugo se aproxima com a mão no abdômen.— Hugo, tire Eva daqui imediatamente — dou a ordem, e ele assente.— Acha que pode ordenar quando estamos aqui? — um dos homens diz abusadamente, e sou obrigado a rir.Em pose re
— Não, Eva, ele está cego pelo ódio — diz preocupado.Os rugidos de Dante reverberam por todo o meu corpo como um grito de socorro.Um animal enjaulado que procura sofregamente por sua liberdade.— Eu preciso pará-lo — grito tentando me soltar.— Max, pare Dante — Royal ordena enquanto Jack ministra alguns medicamentos em Hugo dentro da Van com a porta aberta.Max o observa temeroso, mas se volta para Dante incerto.— Agora — ele ordena.Rapidamente Max parte para cima do irmão com tudo o que tem, porém nem mesmo consegue tocá-lo, pois os punhos de Dante acertam seu peito com toda a força fazendo Max cair para trás tossindo com o baque.— Reforços — Royal grita.— Não Royal. — Me desvencilho dos braços dele com um
Faz cinco dias que não falo adequadamente com Dante, sim, cinco dias que ele fica enfurnado em seu escritório e na empresa sem ao menos aparecer para mostrar que está bem.É claro, tirando os três dias que ele foi obrigado a ficar de repouso devido aos tiros que levou e os danos que recebeu, mas se você acha que isso o pararia facilmente está muito enganado.Ultimamente ele tem estado uma pilha de nervos e até mesmo acho adequado deixá-lo esfriar a cabeça, mas infernos, eu sinto falta daquele homem prepotente.Respiro profundamente observando a equipe de médicos ao meu lado.Dante montou um quarto de hospital em nossa casa somente para que eu tenha os cuidados necessários com o nosso bebê.Ele de certa forma não está errado, de maneira alguma, porém eu estou tomando as vitaminas como foi ordenado, entretanto, lu
— Sei que fomos imprudentes em agirmos sem seu consentimento, não tenho nenhuma justificativa para nossos atos. — Aperto as mãos em seus braços mesmo sentindo uma fisgada em meu braço trincado. Era para ele estar engessado, mas recusei e pedi apenas que o imobilizassem, ainda está um pouco inchado e avermelhado, mas tenho certeza que logo estarei bem.— Eva você foi mais do que imprudente. Tem noção que colocou não somente a sua vida, mas a de todos em risco, inclusive do nosso filho? Eu não sei se culpo você ou os meus irmãos. — Sua voz se altera e ele bate as mãos na cômoda negando com a cabeça.— Dan... — Ele me corta se virando de frente para mim.— Não, Eva. Não use esse tom e muito menos esse apelido para me persuadir, você errou feio, você e meus irmãos. Qua
— Você fica sensual quando está brava e preocupada. — A rouquidão em sua voz faz os pelos do meu corpo se eriçarem e sua mão ousada pousa em minha bunda.— Dante, pare, você sabe que Teresa ficará extremamente brava ao ver esse ferimento tão avermelhado e descuidado. Isso foi falta de cuidado, você deveria ter desinfetado... — Ele me cala quando sua mão forte atinge a lateral da minha bunda.Solto um gritinho com a surpresa e volto minha atenção para ele cheia de indignação.— Dante. — Empurro seu peito e o sorriso safado dança por seus lábios que logo deslizam por meu pescoço até o decote da minha blusa onde ele deixa uma leve mordida e sobe para minha orelha.Fecho os olhos agarrando seus cabelos com força e o ouço gemer manhoso.— Dante... Pare.
EvaMordisco meus lábios enquanto caminho ao lado de Dante para a parte de trás da academia onde há uma passagem para a enfermaria no subsolo.Achei que as coisas com Dante melhorariam, tudo estava indo bem demais para o meu gosto, mas sempre tem algo para atrapalhar.Estou tentando não surtar, pois tenho minha parcela de culpa no plano sobre Donatel e Donzel, mas dessa vez confesso que ele foi longe demais.E quando digo longe demais não estou economizando na dosagem, pois ele teve a capacidade de escolher o nome do nosso filho sozinho sem o meu consentimento. Até aí tudo bem, poderíamos conversar a respeito, sem problema algum, mas tatuar o nome escolhido por ele abaixo do meu no lado esquerdo do seu peito é demais.Aleff Voyaller.É um nome lindo, eu gostei e nem mesmo ficaria chateada se ele ao menos tivesse a decência de me comunicar
— Achei que te perderia. — Sinto um forte aperto no peito de medo com a possibilidade de perdê-lo.Uma de suas mãos se apoia em minhas costas enquanto ele afaga meus cabelos com calma.— Estou bem, pentelha. — Ele deixa um beijo na lateral da minha cabeça.— Realmente achei que iria te perder. — Não consigo conter as lágrimas e os calafrios que passam por meu corpo.— Já disse que não me perderá tão facilmente. — Ele ri, mas geme ao exigir uma força exagerada da musculatura de seu corpo.— Ei menina está atrapalhando o meu trabalho. — Tereza me observa carrancuda.— Por favor, Teresa. — Olho para ela suplicante.Semicerrando os olhos ela me encara com uma sobrancelha arqueada.— Somente por alguns minutos enquanto vejo como Hugo está — diz com as m&ati