Ketlyn corre pelos corredores vazios da faculdade, ela não acredita que vai chegar atrasada em seu primeiro dia de aula.
Ela estava decidida a mudar de vida, a não ser mais a nerd, filha do bêbado e da viciada em compras que deve para toda a cidade, alvo de zombaria e a excluída da sala. Aqui ninguém a conhecia , graças a sua avó que deixou uma quantia considerável de dinheiro para que ela pudesse fazer a faculdade longe da pequena Cidade de Forks , e isso só foi possível porque sua vó Nana como ela costumava chama-la, deixou uma cláusula dizendo que o dinheiro só poderia ser gasto com a faculdade e gastos de alojamento, ou então seus pais sangue sugas teriam gastado cada centavo e ela estaria presa a eles e a Forks para sempre.
Nana também lhe deixara um Subaru Justy 1994, que Ketlyn carinhosamente chamava de Shelby, nome da música preferida da Nana e que as duas muitas vezes cantaram juntas no carro.
O carro também foi uma luta para ela conseguir mantê-lo, para isso ela tivera que ameaçar a não dá mais nenhum centavo para ajudar nas contas da casa ou para os gastos dos pais, e visto que era ela que desde os 14 anos trabalhando como garçonete pagava a maioria das contas seus pais não quiseram arriscar.
Mas agora ela estava livre, e graças a Nana ela conseguiu entrar em uma das universidade particular mais prestigiada do país, que tinha polos pelo país inteiro e até alguns fora do país.
Era a Sthetys Universidade, quando recebeu a carta de aceitação Ketlyn correu para o túmulo de Nana e chorou de alegria e tristeza .Deixar seus pais não foi a tarefa mais fácil afinal eles tinham as garras bem fincadas em Ketlyn, na realidade Ketlyn nunca conheceu os seus pais biológico, pois foi entregue a adoção assim que nasceu e o casal Santos por causa dos benefícios de ajuda do governo adotaram Ketlyn, por isso sempre usavam o fato de terem dado a ela um lar como desculpas para todas as atrocidades que faziam contra ela, Nana na realidade era a vizinha do casal que não tinha filhos ou família e sempre cuidava de Ketlyn quando seus pais sumiam as vezes por dias a fio.
Mas agora ela deixou tudo isso para trás , começou uma nova vida em Seattle.
Ao virar o corredor Ketlyn tromba em algo bem sólido e forte, lentamente ela percebe que se trata de uma pessoa, na verdade um homem que xinga baixinho ao ver que sua camisa branquíssima agora tem uma mancha rosa do brilho labial de Ketlyn .
Dando três passos para trás Ketlyn encara o homem que tira um lenço do bolso e tenta em vão tirar a mancha da camisa, se aproveitando da distração do estranho Ketlyn o examina e perde o fôlego diante do Deus do sexo que está na sua frente, não que ela tivesse feito sexo alguma vez na vida na verdade ela sequer beijou alguém , isso se não contar o beijo de selinho que Mike Dilan tinha dado nela no terceiro ano no jogo da garrafa. Mas ela tinha certeza que se houvesse um Deus do sexo era aquele homem, com seus fartos cabelos lisos e pretos que caiam sobre a testa em sinal de rebeldia, olhos pretos emoldurados por longos cílios que garotas matariam para ter, e o corpo que era perfeitamente desenhado.
Ketlyn perde toda a cor do rosto quando o estranho diz com uma voz rouca e sensual:
“Já terminou de olhar? Se sim sai da minha frente que por sua causa vou me atrasar”, o tom dele demonstra que está extremamente irritado e sequer olhou para ela, mas continua tentando tirar a mancha da camisa.
Ketlyn cora violentamente e diz:
“Perdão , é que eu vou entrar nessa sala, se quiser eu mando a camisa para a lavanderia mais tarde... Hum eu realmente sinto muito”
...
Derick Sthetys estava extremamente irritado essa manhã, com vinte nove anos e dono de uma fortuna que o tornava um dos vinte e cinco homens mais ricos do mundo, não conseguia acreditar que se deixara enrolar por seu avô.
Sua família era dona de uma rede muito conceituada de universidades particular, embora Derick tenha feito sua fortuna sozinho no mundo das aquisições e vendas. Usando a herança deixada pelos pai que morreram em um trágico acidente de carro, deixando Derick e seu avô sozinho no mundo.
Derick nunca demonstrou interesse na área acadêmica, embora tenha se formado com louvor em Economia e gestão de negócios, por anos ele tinha se mantido longe de Seattle, onde seu avô mantinha residência fixa e ele era dono de um dos prédios mais chiques da cidade o Skala, Derick sairá dali prometendo nunca mais voltar quando o amor da sua vida o abandonará deixando somente uma carta dizendo que as coisas entre eles eram explosivas demais , e reaparecera nove meses depois apenas para abandonar na porta de Derick um bebê que era seu filho com um novo bilhete dizendo que um dia ela voltaria para reconquistar o seu amor e o de seu filho.
Derick gastará rios de dinheiro para tentar encontrar Erika, mas sem sucesso era como se ela tivesse desaparecido no ar, quatro anos depois Derick era um ótimo pai, e tinha triplicado sua fortuna, mas havia se tornado frio e cético em relação as mulheres, as encarando como brinquedos descartáveis . A única mulher constante em sua vida era Lívia, e isso só era possível porque ele nunca tinha dormido com ela e a encarava como amiga .
A uma semana atrás Derick recebeu uma ligação do seu avô, dizendo que ele teve um ataque cardíaco e precisava de ajuda para manter os abutres longe do seu legado que era as universidades.
Embora o avô fosse o sócio majoritário das universidades Sthetys, seus dois irmãos também tinham ações, e agora com o estado debilitado de Marcos Sthetys, os dois estavam tentando assumir a presidência, para o total desespero do avô pois os dois não passam de incompetentes sanguessugas.
E foi assim que Derick e seu filho de quatro anos Luke deixaram Nova York e se mudaram para Seattle, onde Derick assumiu a presidência no lugar do avô, e ainda de quebra se deixou convencer por aquele velho persuasivo a dar aulas de Economia e gestão de negócios no polo da cidade .
Derick estava extremamente atrasado para seu primeiro dia de aula porque Luke se recusava a ficar com a terceira babá só essa semana, pois seu filho tinha desenvolvido uma certa aversão a mulheres, com exceção a Lívia que era sua gerente de contas em Nova York e o garotinho a amava, mas Derick não podia pedir para amiga se mudar para Seattle só por causa do filho.
E para ajudar uma dessas estudantes afoitas acabou de piorar o seu dia.
Algo na voz da garota faz Derick finalmente olhar para ela. Ela era uns dez centímetros mais baixa que ele, tinha cabelos dourados, e olhos verdes, ele não podia negar que ela era linda, mas o que realmente lhe chamou a atenção foi o ar de inocência dela. Suspirando ele faz sinal para a garota entrar imaginando que uma noite com ele seria o suficiente para fazer ela perder aquele ar para sempre, chacoalhando a cabeça ele se repreende mentalmente, pois a garota devia ser no mínimo dez anos mais nova que ele. Ketlyn entra e se senta no primeiro lugar vazio que encontra, se amaldiçoando por causar problemas no seu primeiro dia, pelo visto o Deus do sexo seria seu colega de faculdade, e ela só esperava que ele não guarda-se rancor. Mas as coisas ficam bem piores quando ao invés de sentar em um lugar vago como Ketlyn o Deus do sexo se dirige para a mesa destinada ao professor e deposita ali uma pasta, se dirigindo ao quadro em seguida. Na sala inteira é possível ouvir os murmurinho
Na manhã seguinte Ketlyn está animada pois conseguiu uma entrevista na próxima semana no edifício Skala, e ela estava cruzando os dedos para dar certo . O segundo dia de aula também transcorre sem problemas, mas Ketlyn se pega olhando para porta todas as vezes que os professores chegam na esperança de rever o Deus do sexo, já que os horários ainda não foram entregues aos alunos. E pelo visto não é só Ketlyn que está ansiosa para rever o professor pois no final da aula Marcela diz: “Que droga nada do professor gato de Economia hoje”, Brad revira os olhos e Samuel balança a cabeça. “Hum que tal almoçarmos juntos” , diz Brad olhando para Ketlyn que se preocupa com seu orçamento mas se anima quando ele diz “por minha conta” Os quatro amigos se dirigem para um restaurante muito popular perto da universidade, e Brad pousa a mão descontraidamente mas possessivo nas costas de Ketlyn a guiando para uma mesa vazia... Derick só aceitou o convite dos outros professores para o alm
Assim que Ketlyn sai, Derick se afasta da morena que ele reconhece como a modelo que ele estava saindo em Nova York, Priscila. “O que você está fazendo aqui Priscila?” , pergunta Derick frio como um Arce Berg Assim que se recupera do susto pela mudança drástica de Derick Priscila diz: “Mas você parecia bem empolgado agora a pouco” “Pois é já passou, se não tem nada de importante para dizer por favor saia”, diz Derick já pegando o celular para checar como estava indo Luke. “Derick querido...” começa Priscila mas o olhar cruel de Derick faz ela desistir e se retirar. Bruna da graças a Deus por não ter mais aulas com Marcos no resto da semana, mas a cena dele beijando aquela mulher olhando para ela não saia da sua cabeça. Derick também está mais aliviado pois encontrou uma baba que não parece se intimidar com Luke, embora ela pareça muito severa, tem controlado Luke bem, mas o olhar triste do filho essa manhã o deixou preocupado, por isso decidiu ligar para checar como ele
Ketlyn então se lembra da sua situação e não consegue evitar que uma dose de desespero transpareça em seu rosto. “Bem eu tive uma entrevista de trabalho aqui e por isso vi a cena e intervi”, diz não dando muitos detalhes. Mas Derick perspicaz como era percebe que tem algo que ela não quer dizer, e embora esteja muito grato a ela pela a ajuda com Luke , prefere não se envolver e manter clara a distância entre eles. “Você vai trabalhar aqui?”, pergunta Luke “Na verdade eu não estava qualificada para a vaga”, responde Ketlyn passando as mãos pelos cabelos do garotinho. Derick começa a ficar impaciente com a presença de Ketlyn ali, a única mulher que já entrará ali fora as funcionárias de limpeza, e sua governada senhora Jhons , foi Erika, afinal aquela cobertura tinha sido projetada para eles morarem depois do casamento. O telefone toca e Derick se afasta para atender e suspira aliviado ao saber que seu melhor amigo e médico Kleber Hux , está na recepção , após libera
Assim que Ketelyn sai Derick pragueja baixinho, pensado que com certeza se existia um Deus ele devia amar aquela garota idiota sem um mínimo de senso de sobrevivência, andando pela cidade naquela lata velha como se aquilo pudesse ser seguro, ao se dar conta de que aquilo não era da conta dele Derick diz: “Que se dane!”, mas ao virar e dar de cara com Luke e Kleber o olhando como se ele fosse alguma espécie de monstro ele pergunta na defensiva: “O que foi?”, os olhos de Luke ameaçam a se encher de lágrima e Kleber diz: “Cara essa garota protegeu seu filho de ser torturado fisicamente por uma babá perversa e é assim que você a trata?” Derick sabe que o amigo tem razão, mas ele não sabe explicar o porquê de todos os seus alarmes de segurança dispararem perto daquela garota, e isso incomodava muito Derick, mas ele sabia que oferecer dinheiro daquela forma foi extremamente grosseiro, e a garota parecia estar com problemas, suspirando e derrotado pelos olhos cheios de lágrimas de Luk
Derick de muito mal humor ajuda Ketelyn a arrumar o restante das suas coisas nas caixas e sacolas, ele fica aliviado ao ver que ela é organizada e limpa, o que tornava ainda mais sem sentido o fato dela estar morando ali, e o que será que ela quis dizer para aquele babaca, quando disse que não tinha dinheiro para pagar as coisas deles? Quem seriam eles? Esses eram os pensamentos de Derick quando ele realmente se preocupa com a segurança de Luke e com uma voz fria e cortante pergunta: “A senhorita não está envolvida com drogas ou nada ilegal”, ao ver a expressão primeiro inocente e depois indignada de Ketelyn ele se pergunta onde estava com a cabeça, pois aquela garota era tão infantil e inocente quanto Luke. “Olha aqui professor Sthetys, eu sou muito grata por sua ajuda com Dash lá embaixo, mas não preciso da sua caridade, ainda mais quando você parece pensar que sou uma drogada qualquer”, responde Ketelyn surpreendendo até a si mesma com sua explosão. Derick apenas arqueou as so
Assim que chegam no Scala Derick e Ketlyn descem do carro, ainda contrariado ele olha para ela e diz: “Me dê a chave da lata velha”,Ketlyn olha para ele entre indignada e envergonhada, mas seu rosto mostra sua determinação e teimosia, ainda mais quando suas mãos apertam firmes a chave do Shelby. Suspirando Derek esclarece: “Vou pedir para um dos funcionários pegar o carro para você, a não ser é claro que você queira abandoná-lo lá tenho certeza de que não estará perdendo muita coisa”. Ketlyn resolve novamente ignorar a atitude ofensiva de Derek e lhe entrega as chaves agradecida, pois Shelby é muito importante para ela. Depois de Derick falar rapidamente com um dos funcionários do hotel os dois sobem juntos pelo elevador até a cobertura, assim que abrem a porta Luke e Kleber correm para porta esperando receber somente Derick de volta à casa, Luke não consegue disfarçar o contentamento ao ver que Ketlyn está de volta e corre para os braços da garota o que deixa Derick incrive
Derick não consegue acreditar nas palavras que acabaram de sair da sua boca, Kleber o olha entre divertido e satisfeito, Ketlyn está literalmente de boca aberta com a oferta repentina de emprego e Luke entrou em um frenesi pulando e batendo palmas, adorando a ideia de ter Kety como sua babá. Respirando fundo, Derick se dá conta que não pode voltar atrás agora, e amaldiçoa o amigo que o levou a esse extremo, afinal ele não podia simplesmente deixar Kleber perverter a moça porque se alguém fosse fazer isso esse alguém seria ele. “Maldição, que pensamentos são esses homem se controle pelo amor de Deus, maldito Kleber”, diz Derick para si mesmo em silencio. “Eu não tenho experiência como babá senhor Sthetys”, diz Ketlyn se amaldiçoando por perder essa oportunidade única, afinal ela amou Luke, mas achou melhor ser sincera com o senhor rabugento depravado. Derick vê nas palavras dela a oportunidade de se livrar da enrascada que se meteu, mas Kleber prevendo o final daquilo resolve aju