Monstro

Na manhã seguinte Ketlyn está animada pois conseguiu uma entrevista na próxima semana no edifício Skala, e ela estava cruzando os dedos para dar certo .

   O segundo dia de aula também transcorre sem problemas, mas Ketlyn se pega olhando para porta todas as vezes que os professores chegam na esperança de rever o Deus do sexo, já que os horários ainda não foram entregues aos alunos.

   E pelo visto não é só Ketlyn que está ansiosa para rever o professor pois no final da aula Marcela diz:

  “Que droga nada do professor gato de Economia hoje”, Brad revira os olhos e Samuel balança a cabeça.

  “Hum que tal almoçarmos juntos” , diz Brad olhando para Ketlyn que se preocupa com seu orçamento mas se anima quando ele diz “por minha conta”

   Os quatro amigos se dirigem para um restaurante muito popular perto da universidade, e Brad pousa a mão descontraidamente mas possessivo nas costas de Ketlyn a guiando para uma mesa vazia...

    Derick só aceitou o convite dos outros professores para o almoço por insistência do avô, e estava ficando irritado com os avanços de uma das professoras, não que ela não fosse gostosa, porém Derick não misturava trabalho com prazer.

   Seu celular toca e ele pede licença para atender se levantando da mesa e indo em direção a saída.

   E é quando escuta:

  “Professor Sthetys”, ao olhar para garota que o chamou se depara com a baixinha que lhe perguntou se era solteiro em sua primeira aula, ao seu lado um garoto asiático e mais atrás o garoto ruivo ganancioso com as mãos pousadas possessivamente nas costas da senhorita Santos. Arqueando as sobrancelhas para aquela cena Derick faz um aceno para o grupo seus olhos se demorando nas mãos do ruivo nas costas de Ketlyn, não que ele soubesse o porquê aquilo era da sua conta .

  Se sentindo envergonhada por algum motivo Ketlyn se afasta um pouco de Brad. Isso deixa Derick satisfeito e seus olhos se encontram por um breve momento, e Derick se imagina a arrastando para o banheiro e lhe dando umas palmadas por deixar outro homem tocar nela.

   Sem entender muito bem o que está acontecendo com ela Ketlyn se sente ficar húmida diante o olhar do professor.

  Mas o celular de Derick volta a tocar e quebra o encanto, Derick assente para o grupo e se afasta para atender o celular se amaldiçoando por estar fantasiando com uma estudante, e decidindo ligar para Kleber seu amigo de infância e o convidar para sair quem sabe assim ele pegava uma mulher e se livrava de toda aquela tensão sexual.

  Ketlyn mal se recuperou quando Marcela diz:

  “Uau ele é lindo demais”, arrancando risos dos demais.

  Ketlyn chacoalha a cabeça tentando voltar ao seu estado normal, e sem saber o porquê passa a evitar o toque de Brad.

  Na manhã seguinte Ketlyn acorda atrasada após uma noite conturbada e cheia de sonhos eróticos com o professor, ao correr pelo corredor não consegue evitar se lembrar do primeiro encontro com o Professor Derick, ao bater na porta para entrar seu coração quase para de bater ao ouvir a voz rouca e grave de Derick dizer:

  “Entre senhorita Santos”

  Para seu desespero Ketlyn tropeça e é amparada por Derick que ao sentir o corpo da jovem colado ao seu sente o coração disparar e a afasta rapidamente falando em um tom ríspido:

  “Acho que vou precisar tomar cuidado todas as vezes que estiver perto da senhorita, se conseguir andar até o seu lugar sem causar problemas eu agradeço”

 Ketlyn sente seus olhos encherem de água diante das palavras ríspidas de Derick, mas se recusa a chorar. Ela caminha para o seu lugar, recebendo olhares solidários de Marcela, Brad e Samuel. A ansiedade toma conta dela, enquanto Derick evita olhar em sua direção durante toda a aula.

A jovem tenta se concentrar nas explicações do professor, mas sua mente está repleta de pensamentos confusos. Ela se questiona o motivo pelo qual Derick a tratou daquela forma afinal ela não pediu para ele segura-la e depois a ridicularizar diante de toda sala e tratando-a com tanta frieza. Será que se tratava ainda da camisa?

  Enquanto Ketlyn tenta encontrar respostas para suas dúvidas, o restante da aula passa em um borrão. Ela se esforça para absorver o conteúdo, mas seus pensamentos estão voltados para a interação desconfortável com Derick. O professor parece distante, como se estivesse deliberadamente evitando qualquer contato visual com ela.

Ao final da aula, Ketlyn sente um nó apertar em seu peito. E se lembra das últimas palavras de Nana para ela, “você precisa parar de ser vítima de deixar as pessoas fazer o que quiser com você, revide querida só assim vai conquistar o respeito das pessoas”.

 Então ela decide que precisa esclarecer as coisas com Derick, mesmo que seja difícil e desconfortável. Ela espera a aula acabar e quando Derick esta arrumando suas coisas para sair ela se levanta e se dirige até a mesa do professor, ignorando os olhares curiosos dos colegas.

“Professor Derick”, diz Ketlyn com a voz trêmula, “posso falar com o senhor um momento?”

  Derick olha surpreso para a estudante, pois não esperava que ela viesse abordá-lo. Após um breve momento de hesitação, ele assente e diz para ela o acompanhá-lo até o seu escritório, no caminho é possível sentir a tensão entre os dois, Derick abre a porta e aponta uma cadeira vazia ao lado de sua mesa. Ketlyn senta-se, sentindo a tensão no ar.

“Eu não entendo o motivo pelo qual o senhor falou comigo daquela forma na sala de aula, afinal foi um acidente e eu não pedi para o senhor me segurar, se ainda se trata da camisa posso manda-la para lavanderia ou comprar uma nova para o senhor, mas gostaria que me trata-se com respeito na sala de aula ”, começa Ketlyn, controlando sua voz para que não fraqueje, “Se fiz algo errado ou se houve algum mal-entendido, eu gostaria de esclarecer e me desculpar para que possamos ter um bom relacionamento na sala de aula”, quando termina Ketlyn está suando e aperta com força as mãos, seu rosto está pálido e seus lábios tremem de leve.

  Derick pode ver o quanto dizer aquilo para ele lhe custou, ele até podia apostar que era a primeira vez na vida que ela enfrentava alguém, e por isso lhe deve algum crédito, mas ao ver seus olhos cheios de lágrimas Derick suspira, parecendo refletir sobre suas palavras. Ele abaixa o olhar por um momento antes de responder:

“Eu peço desculpas, senhorita Santos. Não foi apropriado da minha parte agir de maneira tão brusca. Não é culpa sua, eu não estou acostumado a dar aulas, estou dando essas como um favor ao avô e sou frio por natureza ”, Derick termina a fala com um aviso esperando que ela entenda que deve manter distância dele.

  Ketlyn sente um alívio ao ouvir aquelas palavras. Pelo menos agora ela sabe que não é algo diretamente com ela.

  Os dois se encaram por um instante a tensão nervosa que envolvia os dois vira tensão sexual.

  Ketlyn morde o lábio inferior sem perceber e Derick acompanha o movimento com o olhar, humedecendo de leve os lábios com a língua.

Alguém b**e na porta e Derick diz:

  “Entre” com uma voz muito mais rouca que o normal, e uma morena estonteante invade o escritório ignorando totalmente Ketlyn e se lança sobre Derick o beijando nos lábios.

   Derick odeia essas demonstrações públicas, mas acha uma perfeita oportunidade para mostrar que tipo de homem ele é para Ketlyn, pois mesmo sem entender o motivo ele sente uma necessidade de deixar claro para jovem que tipo de monstro ele é, por isso ele segura a bunda da morena e retribui o beijo com os olhos fixos em Ketlyn que observa a cena em um transe. Um gemido da morena parece fazer ela despertar e ela sai correndo da sala sem olhar para trás.

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