AnaluApós o banho, fiz um macarrão instântaneo para nós, por que eu não tinha forças para fazer muita coisa. Além do cansaço pelas fotos, tem o cansaço de nosso sexo, fora que meu ânus parece que vai descolar da minha bunda e cair no chão a qualquer momento.Vestindo à camisola que minha avó me deu, a espanta namorado, me deito ao lado dele.— Essa camisola tem história... — ele diz rindo— Boas histórias e boas lembranças! — digo me lembrando de minha vó e da primeira noite que dormi aqui— Não se desfaça nunca dela. — ele diz alisando meu rosto— Jamais, nem dela e nem de você! —digo extremamente apaixonadaDando um beijo minha boca, ele diz:— Marquei consulta com meu antigo médico, para ver o que posso fazer em relação a minha situação. Você vem comigo? — ele diz fazendo carinho em minha cabeça— Com toda certeza do mundo. — digo felizE então adormeço em um sono profundo, calmo e o melhor, nos braços do meu amor.[...]No dia seguinte, Santiago não pôde me levar ao serviço, por
AnaluCom uma sobrancelha arqueada, fotografo mentalmente cada um dos rostos que aqui estão. No canto sorrindo estão Renata, Pietro e Nay. Um pouco acanhada no canto, Verinha e Morgana com cara de sargentão de sempre. Um pouco mais no canto, as torres gêmeas, Bruno e Henrique. Encostada em uma parede, estão quatro mulheres e um homem que nunca vi na vida, me encarando com sorrisos promissores. Procuro pelos cantos e ainda não vejo meu alvo. Mesmo sem entender o que se passa, porque estão todos formalmente vestidos e eu não sei pra que isso, mas por enquanto o que me interessa é encontrar o dono desse castelo. Que me expõe encharcada feito um pinto no lixo, descalça e mal humorada à essas pessoas, que parecem que irão fazer exames de fezes de tão arrumadas que estão.— Seja bem vinda! — Santiago diz saindo da porta da cozinha que dá acesso direto à sala, com duas taças de champanhe nas mãosSó falta tocar música de assassinato, por que meu olhar para ele está matando mais que arma. C
AnaluNo outro dia quando acordei, além da ressaca, eu tinha a visão de um Santiago sentado na beirada da cama ansioso a me olhar.— Oi... — digo timida— Oi, meu amor! — ele diz mais mansoEntão me tranquilizo, sinal que ele não está bravo por eu ter bebido demais.— Está ai há muito tempo?— Não muito. Estava esperando você acordar.— Aconteceu alguma coisa? — pergunto me ajeitando na cama — Não, mas preciso te dizer algumas coisas.Começo a sentir um frio na barriga.— Coisas ruins?— Não, eu acho que não. Vai depender de você.— Então fala. Não aguento mais suspense.Então ele me dá um envelope.— O que é isso? — digo curiosa— Abra!Me sento na cama e abro o envelope, que contém tantas coisas, que não consigo entender direito.— O que é isso?Sorrindo feito um bobo ele diz:— Um exame!— Disso eu sei, mas que... — fico quieta, e então a ficha cai — Não me diga que é seu exame, aquele que você ficou de refazer?— Sim, é ele mesmo!— Então, por favor, me diga o que está escrito, p
AnaluAcordo com um gosto amargo na boca e com a certeza que não comerei mais quibe tão cedo. Olho pro lado e vejo Santiago dormindo. Por incrível que pareça, acordei mais cedo que ele, e aproveito para poder fazer o café. Já que o mesmo quem tem feito isso nesses últimos dias. Ainda de camisola coloco água para ferver e me lembro que comprei pão de queijo congelado. Então ponho para assar, enquanto sem fazer barulho separo meu uniforme no quarto, pego tudo e deixo na sala. Em seguida vou tomar banho no banheiro do corredor.Faço o café e enquanto o pão de queijo assa, tomo um banho rápido, quando não lavo o cabelo rapidinho faço minha higiene. Assim que saio enrolada na toalha vejo Santiago em pé de costas para mim na cozinha. Com o cabelo todo bagunçado, uma mão coçando a cabeça e a outra apertando seu pau. Mesmo que ele esteja de costas para mim, consigo ver que é isso o que ele faz. É rotineiro ele acorda sempre dessa forma, coça a cabeça e aperta o pinto. Depois que começamos a
SantiagoEstou organizando uns papéis na minha loja, enquanto minha cabeça foca em algo que vem me tirando o sossego e não é de hoje. E por covardia, acabei omitindo isso de Ana Lúcia, por que sabia que ela não iria entender.Na minha viagem à São Paulo para fazer a compra dos objetos da loja, encontrei Vanessa, a irmã mais nova de Viviane, minha ex noiva. Eu demorei a reconhece-la, por que no nosso último contato, ela era mais jovem e agora está uma mulher com seus vinte e sete anos. E muito bonita, até mais que Viviane. Ambas são morenas, cor de índio, uma beleza exótica.Ela me abordou e disse que estava lá fazendo um serviço, ela trabalha como revendedora de medicamentos e disse ter algo para me contar. Mas que naquele dia não daria pois estava agarrada no trabalho e quando voltasse pro Rio ela me procuraria. E pensando pela lógica, é bem óbvio que o assunto seria sobre Viviane, e então uma ponta de curiosidade me bateu. Talvez ela soubesse com quem Viviane me traiu, então no mome
Analu— Ana Lúcia... — ele diz constrangidoOlho para ele, para a mulher e suas mãos que estão encostando em algo que é meu.Meio arredia ela tira as mãos dele.— Quem é Santiago? — ela pergunta com um tom de sarcasmoOlho para ele com os olhos pegando fogo.— Essa é... — ele começa a falar, mas eu o interrompi— Oi, sou Ana Lúcia, a noiva dele! — digo firme— Eu sou... — interrompo ela também— Não tenho interesse em saber quem é a abusada que se sente no direito de tocar no rosto do meu noivo. Me dêem licença, pois não quero atrapalhar! — dou as costas mas no meio do caminho volto — Ah amorzinho, eu pedi um almoço e uma água, faz o favor de pagar para mim antes de ir embora! — bebo todo o líquido do meu copo, coloco na mesa deles e saioAgora sim, de cabeça erguida sem fazer escândalo, eu pego minha bolsa e digo a Renata e Pietro que vou embora.— Mas você ainda tem quarenta minutos de almoço. — Pietro diz— Vou dá uma volta para espairecer, não precisa pagar minha parte, o bonitão
AnaluMeu coração dispara, me sento no banco atrás de mim para poder recuperar minhas forças. Meu Deus do céu, um filho! Eu mal comecei minha faculdade, Santiago abriu um novo negócio e disse que por agora não seria uma boa hora, e eu fui burra e desleixada. Foram tantos acontecimentos, que acabei esquecendo de tomar a pílula por dois dias, mas eu jamais imaginei que isso poderia me acarretar. Uma gravidez!Afinal, eu tomo remédio tem tanto tempo e tinha o fato do Santiago ter dito que era estéril, então eu relaxei em relação a isso. Olho para a sacola do sexyshop e me sinto mal, jamais poderei fazer o que eu tinha em mente com um bebezinho em minha barriga. Caraca, eu vou ser mãe!Fecho meus olhos e começo a imaginar todo processo da gravidez e o bebê em meus braços. Mas logo me vem em mente Santiago, como contar isso à ele?Como ele vai reagir? E se ele achar que eu fiz de propósito?Ou pior se ele quiser me largar? Hoje eu encontrei ele com uma mulher e ela estava alisando e
AnaluEscuto tudo que ele me diz com a maior atenção do mundo, tento ver um lado positivo nisso tudo e não consigo, ele escondeu toda essa situação de mim e ainda mais sendo ela irmã de sua ex. Sei que é algo pessoal dele, mas desde que assumimos um compromisso ou melhor, desde que decidimos que iríamos morar juntos nossas vidas passaram a ser somente uma, e o que é problema dele passa ser meu também.— Tem uma coisa muito forte martelando em minha mente. — digo para ele— E o que seria? — ele parece aflito— Se não tivesse ocorrido essa coincidência, você iria me contar? Ou iria continuar omitindo? — pergunto cruzando os braçosMe olhando com o olhar triste, ele diz:— Talvez não. — mesmo vendo um enorme arrependimento em seus olhos, ele diz a verdadeIsso conta muito, a verdade para mim é e sempre será prioridade, mas infelizmente por agora não consigo falar com ele. Eu preciso digerir tudo isso, até que eu possa enfim desculpa-lo, até porque agora não somos mais só nós dois, tenho