Eu não acredito que isso está acontecendo comigo. Não sei o que é pior, se é o meu pai ter morrido ou a Zoe ter sido sequestrada.Sequestrada? Como assim minha filha foi sequestrada?É... Ela foi sequestrada, é a única explicação. Como devemos chamar, quando alguém tira seu filho do carro sem dizer nada? Só conseguimos pensar que é sequestro.E a pergunta que não quer calar, quem sequestrou minha bebé e porque? Não consigo pensar em nada nesse momento, minha cabeça vai explodir.— Eu quero morrer! — Tropeço em meus próprios pés, o que me faz cair ao chão. — Nem sei por qual motivo estou chorando, se é pelo meu pai que está morto ou pela minha filha que está desaparecida!— Não sei nem o que dizer — Fala Derek me ajudando a levantar. Ernie e Edward estão tratando toda a papelada, para que o corpo do meu pai seja levado para a Inglaterra, pois eu não tenho condições para isso.Ele me pediu para ser enterrado do lado da minha mãe... E eu vou fazer a última vontade dele.É incrível como
Ver Emily aqui me deixou transtornada. O que ela tinha de tão importante para me falar?Será que eu devia ouvir ela? E se fosse realmente importante o que ela tinha para dizer? Mas se for eu já não vou saber, David expulsou ela daqui e fui eu quem pediu.Tudo isso é loucura, minha cabeça está quase explodindo com tanta merda que tem dentro dela.Está tudo preparado para voltarmos para Inglaterra, daqui a pouco nós vamos. Estou tentando ser forte, mas os dias sem saber notícias da Zoe estão me deixando louca, eu só quero a minha filha aqui comigo para poder enterrar meu pai em paz.Estamos a caminho do aeroporto, estou no carro com David. Grace, Clarence e Derek, ficaram caso alguém ligue para pedir resgaste ou a polícia encontre ela. Também preferi deixar o Kamil com eles, será uma viagem rápida.Ernie, Edward e Nath, estão nos acompanhando.— Eu estive pensado, e se... E se meu pai estiver... Vivo? — David fala me tirando do transe.— Não fala besteira David, seu pai está morto. — Eu
— Meu pai vai matar ela. Ele vai, não vai pensar duas vezes antes de matar ela! — David anda de um lado para o outro, como se tivesse procurando soluções e não encontrava.Meu coração pula na hora, Anthony tem muita raiva de mim e David está certo, ele vai mata-la.— Eu não quero pensar nisso. — Onde ele está? — Ele não falou onde estava, disse que ia manter contato e que...— E que...— Ele quer uma troca David, entrega a Zoe e eu me entrego para ele.— Isso nunca! — Para para me encarar com seus olhos cheios de raiva. — Nenhuma das duas sairia viva.— Eu sei, por isso quero que pense em algo, eu sei que você pode impedir ele... Talvez tentar impedir ele... — O que eu vou fazer? Meu pai com certeza tem alguém ajudando ele, e nós precisamos descobrir quem é.— Não temos todo esse tempo, seu pai é doente e muito imprevisível!— Cadê o seu celular?— Para que quer o meu celular?— Para ver de onde meu pai fez a ligação. — Pego o meu celular, que estava jogado na cama e entrego para e
AUTORAAs coisas pioram a cada minuto que passa, para Akira e para o David também.Ela imaginava acordar num hospital, com um monte de máquinas ligadas em seu corpo, imaginava acordar com uma perna ou braço quebrado, imaginava acordar com algumas costelas quebradas, mas não, somente a parte do hospital, porque todo o resto estava como ela imaginava.Seu corpo doi como nunca antes, imaginou várias vezes quando David batia nela, e sentia muita dor, mas nada se compara a dor que está sentindo agora.Tenta se mexer, seu braço doi, suas pernas estão machucadas. Ela tem muito medo de abrir os olhos, não sabe realmente porque sente tanto medo, mas não pensa em abrir os olhos, não sabe do que tem tanto medo, mas definitivamente abrir os olhos não é uma opção.— Aah! — Geme David que está jogado do seu lado, ela estremece só de ouvir o gemido de David.Tenta se mexer mais uma vez, mas seu corpo não permite que ela faça um simples movimento, sem sentir como se estivessem arrancando seus membros
Anthony cai de joelhos,sua boca começou a sangrar imediatamente. Pelo que parece ele dois tiros da perna esquerda, todo mundo olha horrorizado para onde havia saído o tiro, esperando ver quem teve coragem de atirar no Anthony bem na frente de todos.Segundos depois,Emily surge na visão de todos.Emily se aproxima deles e aponta a arma para Lílian, que carrega Zoe.— Coloca a garota no chão. — Fala ela, só que Lílian não obedece. — Eu mandei colocar a garota no chão!Anthony dá uma gargalhada, fraca, ainda assim assustadora.— Eu sabia... Que... Não podia confiar em você... Filha... — Anthony diz, porém ninguém entende o que ele está falando.David fecha os olhos algumas vezes, tentando não desmaiar por conta da dor que sente no ombro.— Cala a sua boca! — Grita Emily com raiva. — Lílian solta a Zoe agora! — Dá um tiro bem perto do pé dela, fazendo ela largar Zoe na hora.Zoe começa a andar na direção da Akira e David, mas Francisca pega no braço da garota e aponta uma arma na cabeça d
AKIRAAndo mais um pouco, até avistar o portão amarelo e preto. Não me lembro de já ter estado aqui, mas essa casa me parece familiar. Toco a campainha, porém ninguém abre, toco mais algumas vezes até que uma senhora de meia idade aparece na minha frente.— Menina Akira! — Ela abre o portão e me abraça forte por longos segundos, parece que fica surpresa por me ver. — O que a senhor está fazendo aqui?Não sei o que responder, o rosto da mulher não me lembra nada, nada me faz entender que a conheço, parece uma completa estranha para mim.— Eu...Ela me olha de cima a baixo e franze o cenho.— Porque está com essa roupa de hospital, essa faixa na cabeça e descalça? É melhor a gente entrar e você me conta tudo.Sem que eu espere, ela me puxa para dentro da casa e tranca o portão. Olho para o pequeno jardim, para a pintura da casa e não consigo me lembrar em que momento estive aqui.Entramos para dentro da casa, ela logo me faz sentar no sofa, corre para algum lugar e volta com um copo de
Duas semanas depois.— Como não acharam nada? Faz quase três semanas que minha mulher desapareceu, uma mulher ferida e indefesa, como que não acharam nada? — David pergunta alterado, olhando para o homem na sua frente que parecia nem se importar com os seus gritos.— Senhor Baker, nós estamos usando todas as ferramentas para que encontremos sua mulher, seria mais fácil se tivéssemos uma pista, só que não temos nenhuma tirando a câmara do hospital que gravou o momento exato que sua esposa saiu do hospital, depois disso não temos mais nada. — O homem responde suspirando pesadamente, já cansado de ouvir David reclamar sobre a mesma coisa sempre que vem para a delegacia.David está desesperado. Akira desapareceu faz duas semanas e ninguém tem notícias. Ele tenta não pensar o pior, mas os dias sem notícias estão o deixando louco.— Eu vou achar minha mulher, porque vocês são um bando de incompetentes! — David se levanta ríspido e sai da sala o mais rápido possível.Assim que sai da delegac
— Assassina! — Lauren chorava abraçada ao filho. — Você matou o meu único filho, eu acolhi você e não pensou duas vezes antes de mata-lo!Não conseguia dizer nada, me sentia mal pela Lauren chorando mas não conseguia sentir nada pelo filho morto, ao invés de sentir culpa eu sinto prazer em ver um estuprador morto. Ele quase abusou de mim, era ele ou eu.As sirenes da polícia ecoaram me fazendo sair do transe. Não me mexi, eu vi quando a vizinha de Lauren chamou a polícia. Estou do mesmo jeito, ajoelhada e com a tesoura ensanguentada nas mãos.Tudo aconteceu muito rápido, o policial chegou e me levantou do chão com brutalidade, Lauren gritava e me chamava de assassina a cada passo que davamos em direção ao carro da polícia. Nunca pensei ver Lauren me olhando com tanto ódio, tanto ressentimento, aquele olhar acolhedor que encontrei quando cheguei aqui já não existe. Lauren correu até mim e deu um tapa forte em meu rosto.— Você matou meu único filho, assassina! Pensei em dizer "Descul