Viviane
Bárbara insiste que temos que ir ao baile no morro com ela, eu não gosto de me misturar com traficantes do morro, mas o que não fazemos pelas amigas, não é mesmo? Bárbara: Que ótimo meninas, vocês vão adorar, vocês podem dormir na minha casa. Priscila: Desculpe vi e Bárbara, mas estou fora, não me vejo no morro. Bárbara: Deixe de ser medrosa Priscila, é por isso que você ainda está sozinha e não arrumou nenhum garoto até agora. Viviane: Vamos parar, meninas. Chega, não precisamos disso, né? Ok, Priscila, nós entendemos. Viviane: Só te aviso novamente, Bárbara, se eu não gostar, venho embora na hora. Bárbara: Fechado, mas garanto que vai amar. Estou pegando um gatinho do morro e ele é lindo e gostoso. Meninas, esses traficantes têm uma pegada que vocês nem imaginam. Viviane: Não quero nem imaginar. (risos) Priscila: Bom meninas, o papo está ótimo, mas já vou. Bárbara: Eu também vou com você, Priscila. Viviane: Beijinhos meninas. Acompanhei-as até a porta,depois de me despedir delas fui direto para meu quarto, pensando nesse tal baile no morro. Tomara que não me arrependa. Tomo meu banho, troco meu pijama de dormir e vou direto para a sala de jantar, onde meus pais já estavam me esperando. Daniel, pai de Viviane: como foi a aula hoje, minha filha? Viviane: bem, pai. Obrigada por perguntar. E mãe, vou passar o final de semana na casa da Bárbara. Sofia, mãe de Viviane: Então assim, você decidiu e pronto. Não quer saber se vamos deixar ou não? Viviane: desde quando você liga para mim, mãe, só sabe reclamar e exigir que eu seja uma boa médica, somente isso. Qual é o dia que vocês passaram o final de semana comigo? Só pensam em trabalhar e mais nada, é outra já sou maior de idade e em breve irei embora daqui. Pai da Viviane: filha, você sabe que tudo que fazemos é para o seu bem. Se não passamos mais tempo com você, é para te dar uma vida melhor. Viviane: Pare para pensar, pai, que não quero uma vida melhor e sim pais que se preocupem comigo (choro). Como vocês acham que me sinto todos os dias ao acordar e não ver vocês? Vocês só chegam em casa à noite e apenas se sentam comigo para jantar. Eu não queria uma vida assim. Sofia: Você é muito ingrata, Viviane. Nós trabalhamos duro para te dar uma vida melhor. Olhe à sua volta, menina, e pare de reclamar. Você não sairá de casa no final de semana. Viviane: Não é justo mãe, você agora quer me prender dentro de casa só porque eu falei a verdade. Isso não vou aceitar, respeito muito vocês, mas me prender aqui nesse apartamento não quero e nem vou aceitar. Sofia: Já chega Viviane! (grito) Se eu falei que você não vai é porque não vai. Não esqueça que você ainda depende de nós e, se for sair, não irá voltar, pois não vamos mais aceitar. Daniel: Sofia, também não é assim. Ela está nervosa, deixa ela. Viviane: Não precisa me defender pai. Daniel: Filha, não complique mais as coisas. Sofia: Deixa de ser mole, Daniel. Essa menina está muito mimada por sua culpa desde criança, passando a mão na cabeça dela. Mas eu não passo, vai ser assim e pronto, esse será seu castigo. Após minha mãe dizer isso, saio da mesa e corro para meu quarto. Não é justo ela me tratar como se eu fosse uma criança. Deito na minha cama e começo a chorar. Não entendo por que minha mãe sempre me tratou com indiferença, sempre me tratou mal. Eu nunca fiz nada. (Choro) Meu pai entra no quarto, senta na minha cama e me puxa para um abraço. Daniel: Desculpa pela nossa ausência, filha. Saiba que fazemos tudo isso por você. Viviane: Não, pai. Eu não sei. Eu só queria o carinho de vocês. É tão difícil assim? Daniel: Não, meu amor, não é difícil. Perdoa a sua mãe, ela está nervosa com muitos casos para resolver no escritório e fica assim. Viviane: Pai, por que a minha mãe nunca me deu um carinho como o senhor ,ela sempre me tratou mal, Por quê, pai? Daniel: Assim como eu, filha, ela te ama, só que não gosta de demonstrar. Esse é o jeito dela ser. Viviane: Não entendo esse jeito dela de me amar, pai. Nunca me tratou bem, não lembro qual foi seu último carinho. Ele me abraça e ficamos ali até eu adormecer.Jonatha Depois do Br sair da minha sala, fiquei pensando que ele disse sobre eu me apaixonar. Acho difícil me apaixonar, mulher para mim é só uma foda de um dia e mando ralar. Não gosto e nem quero me apegar, já basta meu pai que, quando minha mãe morreu, não aguentou e se matou sem pensar em mim. Por isso, não quero me apaixonar e nunca vou. Saí da boca indo direto para minha casa e ainda bem que a empregada não estava lá, acho que ela pensou só porque que comi ela ,que será a patroa. Essas minas tão muito emocionadas.Entro no meu quarto, tomo banho, me deito com pensamentos ao que aconteceu a 15 anks atrás, quando meu pai morreu, eu era apenas um moleque e ele não pensou em mim.Flashback há 15 anos atrás. pai de Jonatha Filho, me perdoe pelo que vou fazer, mas eu não aguento ficar longe da sua mãe. Ela era minha fortaleza, meu filho. Sei que você será forte. Me perdoe, Jonatha. (barulho de tiro)JonathaMe jogo no chão, desesperado.Papai, não! Papai, você não podia fazer isso
Arrumo minhas coisas para passar o final de semana na casa da Bárbara. Ponho uma roupa bem sexy na mala para ir ao tal baile no morro e desço para a sala, onde meu pai estava me aguardando. Não há sinal da minha mãe, o que me deixou muito triste. Não entendo o motivo pelo qual ela está me tratando assim.Daniel: Vamos, filha.Viviane: Pai, cadê a mãe? Queria me despedir dela.Daniel: Ela não está bem, filha. Está com dor de cabeça e foi deitar para ver se passa.Viviane: Entendi, pai. Vamos. Entramos no carro em direção à casa da Bárbara em silêncio. A casa da Bárbara ficava a meia noite da minha. Assim que chegamos, já ia descer do carro quando meu pai diz:Daniel: Filha, perdoa sua mãe. Ela está passando por muita pressão no trabalho.Viviane: Pai, eu entendo de verdade, mas isso não significa que ela tenha que me tratar assim com indiferença. Tchau, pai.Daniel: Juízo, filha.Saio do carro, paro na porta da casa de Bárbara e bato. Ela vem correndo atender. Bárbara: Que bom que vo
SOFIA Me chamo Sofia, tenho 42 anos e sou casada com Daniel. Sempre fui muito apaixonada por ele, que foi meu primeiro amor. No entanto, comecei a ter ciúmes fora de controle, o que fez com que ele me deixasse. Descobri depois que ele havia formado uma família e se casado, o que me magoou muito por ele ter se esquecido de mim. Segui minha vida sem ele, até o dia em que o reencontrei no hospital. Ele me disse que a mulher dele havia falecido no parto e, como ainda o amava, decidi ajudá-lo a cuida da bebê e ser uma mãe para ela .Eu via como ele ainda era apaixonado pela defunta, olhava as fotos dela pela casa. Um dia sem ele perceber retirei tudo, o tempo foi passando e eu me apeguei ao bebê. Ele me chamou para morarmos juntos, eu estava completamente apaixonada por ele e pela bebê, não neguei. Mas, depois que Viviane começou a crescer, fui percebendo que ela era a cópia da mãe, isso me causou revolta. Não podia ter filhos e estou criando o filho de outra mulher, a qual ele me abandon
VIVIANE Estava procurando um banheiro quando, de repente, esbarrei em uma parede de músculos, caramba! E que músculo, estou começando a gostar dessa favela, só tem gatos.VIVIANE: Desculpe, eu me perdi e não te vi. Pode me informar onde é o banheiro, por favor? Estou perdida.JH: Calma aí, gatinha, eu te acompanho.Viviane: Não precisa, é só me dizer onde fica.JH: Você é nova aqui no morro?Viviane: Sim, é a minha primeira vez, vim com minha amiga Mas ela saiu com o namorado.JH: Eu te levo até onde fica o banheiro.Viviane: Obrigada.Chegando ao banheiro, eu entro, fecho a porta e caramba, que moreno mais gato! Faço minhas necessidades, depois lavo as minhas mãos e saio. Me deparo com o gatinho me aguardando, o que me deixou surpresa.Viviane: Você ainda aqui?JH: Resolvi te esperar para não se perder novamente. Risos.Viviane: Te agradeço. Me chamo Viviane, prazer. JH: Prazer é só na cama, satisfação gata. Pode me chamar pelo meu vulgo Jh. Aceita beber alguma coisa?Viviane: Qua
JONATHA Não costumo beijar qualquer mulher, mas essa boca estava me convidando desde o momento em que ela esbarrou em mim. Cara, essa boca é viciante. Eu sempre fui de pegar e não me apegar, mas aqui estou, aos beijos com uma garota da pista, por causa da maldita falta de ar me afastei da morena e droga, que vontade de levá-la para casa e fuder com ela até o amanhecer.Viviane: Eu preciso ir.Jh: Ainda nos encontraremos por aí, morena.Me despedi e voltei para o baile, onde encontrei o BR com a cara de cu.BR: Que beijo foi aquele com a amiga da minha mina.Jh: Sai fora, Bruno, agora está me vigiando, que porcaria.Gt: O que eu perdi?BR: Perdeu, nosso amigo aqui babando pela amiga da minha mina.Jonatha: Vai se foder, Bruno, pra mim já deu esse baile.Deixei os babacas lá rindo, peguei minha moto e segui para minha casa, aquele gosto do beijo da morena não saía da minha boca, peguei meu telefone e mandei mensagem para a morena.Oi gatinha, sou eu, Jh do baile de hoje a noite e ai ch
VivianeDepois de passar o domingo com Bárbara, cheguei em casa e meus pais, como sempre, não estavam em casa. Essa vida deles nunca tem lugar para mim, nunca passa um domingo sequer comigo. Fui para meu quarto tomei um banho e me veio à lembrança do beijo do tal Jh, esse cara é uma delícia! Fico excitada só de lembrar daquele beijo. Saio do banho e troco de pijama, assim que ia sair para jantar, minha mãe entrou no quarto e me deu um tapa na cara, o que me fez cair sentada na cama.Viviane: Por que você me bateu, mãe? O que eu fiz para você?Sofia: Você realmente achou que eu não ia saber que você foi a um baile em um morro cheio de bandidos traficantes, Viviane? Que desgosto, garota! Sempre te demos tudo e agora você anda com bandidos.Viviane: Não, mãe, não é isso. Eu apenas acompanhei a Bárbara, foi a primeira vez. Eu juro, mãe, eu nunca tinha subido um morro. Sofia: Chega, Viviane! Eu não acredito em nada do que você fala. Agora você irá da faculdade para casa, está proibida de
Bárbara: Amiga, olha quem está te esperando. Viviane: quem Bárbara está ficando, doida?Bárbara: olha para frente Viviane está encostada no portão da escola.Quando olhei para frente, não pude acreditar no que meus olhos estavam vendo. Tomei um susto ao ver o Jh parado de moto na frente da minha escola. Caramba, que gato! Todo arrumado e de óculos. Meu Deus, estou apaixonada por esse traficante lindo.Viviane: Que gato ele está, amiga.Bárbara: Não perca tempo, sua boba! Vai lá, as meninas da faculdade estão todas babando nele.Fui em direção aonde ele estava, de perto ele é ainda mais lindo.Viviane: O que você está fazendo aqui? JONATHADepois daquele baile, a lembrança da morena não sai da minha mente. Aquele beijo... não sou homem de beijar, sou homem de foder, mas aquela boca dela estava me convidando desde quando ela se esbarrou em mim. Que mulher gostosa! Porra, afasto esses pensamentos e desço para tomar um café forte. E novamente a Clarinha estava lá, quase nua. A mina não
VIVIANE Cheguei em casa depois de ficar dia interio fora com Jh e, na hora de entrar, dei de cara com minha mãe. Sofia: Onde você estava, garota, até agora? Eu estava com a Bárbara até agora, fomos fazer um trabalho para entregar amanhã e esqueci de avisar. Sofia: Você sabe que está proibida de ficar o dia inteiro na rua, eu já te disse. Viviane: Eu também disse mamãe e que não sou mais criança. Sofia: Enquanto estiver na minha casa, segue as minhas ordens querendo ou não, garota. Viviane: Eu queria estar bem longe daqui, só não vou por causa do meu pai. Todo dia você deixa claro que não gosta de mim, o que eu fiz para você? Mãe, me diz porque me odeia tanto assim. Sofia: Garota, seu problema é que seu pai te mima demais. Já vi que te deu um carro novinho. Seu pai é muito burro, não vê que a filha dele anda em morro com bandido? Daqui a pouco vai estar grávida de um favelado. Viviane: Para mãe, não admito que me insulte. Não sei o que você tem contra quem mora em favela,