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CAPITULO 5 PAIS de Viviane

SOFIA

Me chamo Sofia, tenho 42 anos e sou casada com Daniel. Sempre fui muito apaixonada por ele, que foi meu primeiro amor. No entanto, comecei a ter ciúmes fora de controle, o que fez com que ele me deixasse. Descobri depois que ele havia formado uma família e se casado, o que me magoou muito por ele ter se esquecido de mim. Segui minha vida sem ele, até o dia em que o reencontrei no hospital. Ele me disse que a mulher dele havia falecido no parto e, como ainda o amava, decidi ajudá-lo a cuida da bebê e ser uma mãe para ela .

Eu via como ele ainda era apaixonado pela defunta, olhava as fotos dela pela casa. Um dia sem ele perceber retirei tudo, o tempo foi passando e eu me apeguei ao bebê. Ele me chamou para morarmos juntos, eu estava completamente apaixonada por ele e pela bebê, não neguei. Mas, depois que Viviane começou a crescer, fui percebendo que ela era a cópia da mãe, isso me causou revolta. Não podia ter filhos e estou criando o filho de outra mulher, a qual ele me abandonou para ficar.

Eu comecei a me afastar e me distanciar dela e toda vez que eu olhava, via a mulher que tomou o homem que eu amava de mim. Comecei a trabalhar duro, assim como ele, e não tínhamos mais tempo para ficar com ela como ele queria. Somos advogados e eu o convenci de que tínhamos que proporcionar uma vida melhor para a Viviane, então tínhamos que trabalhar até tarde. Tínhamos uma empregada de confiança para cuidar dela, por isso saíamos cedo e voltávamos na hora do jantar.

o qual eu não precisaria olhar na cara dela e lembrar da desgraçada da mãe dela, mas agora com seus 19 anos a garota resolveu questionar porque nós éramos distantes e o Daniel, todo derretido por ela, falou que íamos passar mais tempo juntos. Mas eu não ia admitir isso, não vou perder ele novamente por causa da filha mimada dele. Até que ela se exaltou na mesa e disse que não tinha os pais por perto. Eu não aguentei e me exaltei também, fui para o meu quarto até Daniel chegar e começar a falar.

Daniel: Sofia, não sei o que está acontecendo com você, mas há alguns anos vejo que você se distanciou muito da Viviane e não é uma mãe presente. Me diz o que aconteceu.

Sofia: Não aconteceu nada Daniel, ela que é muito mimada, você passa muito a mão na cabeça dela.

Daniel: Eu sei que te devo muito por tudo que você fez por mim, você dedicou sua vida para cuidar de mim e da Viviane, mas acho que está na hora de eu falar a verdade para ela.

Sofia: Você só pode estar brincando.

Eu não admito que você diga a ela que eu não sou a mãe dela. Leve em consideração tudo o que fiz por você.

Daniel: Estou levando Sofia; sei que ao longo desses anos você tem se lembrado muito da mãe dela, já que as duas se parecem muito. Por isso, acho melhor ela saber a verdade o quanto antes.

Sofia: Por mim, ela jamais saberá e nem por você. Eu estou passando por uma fase difícil, mas vai passar, eu prometo.

Daniel: Assim espero, porque ela está sofrendo muito achando que você não a ama.

Assim que Daniel sai do quarto, me jogo na cama. Eu sei o que ele quer, ele quer me deixar novamente. Ele não sabe, mas eu descobri que quando estava comigo, me traiu com a mãe da Viviane, uma mulher sem escrúpulos. Se não posso mais fazer a mãe sofrer, será a filha a pagar pelo erro da mãe.

Morro do Alemão

BRUNO.

E aí rapaziada, me chamo Bruno, vulgo br, sou o braço direito do jh junto com o Gustavo, vulgo gt. Uns dias atrás conheci uma gatinha que, nossa, mulher linda. A gata senta gostoso que até me amarrei nela. Meus manos tão me zoando que virei viadinho, mas por ela eu viro o que ela quiser. Ela é uma deusa. Hoje tem baile e ela vem com umas amigas, e esse bandido aqui tá ansioso para chegar logo e a branquinha sentar pro pai.

Gustavo,

Olá, galera! Me chamo Gustavo, também conhecido como GT. Eu e o BR somos os braços direitos do JH, por meu mano eu mato e morro. Eu acompanhei de perto o sofrimento dele, com a mãe morrendo, depois o pai se matando e ele tendo que assumir o morro sozinho. Um garoto sofrido que tem medo de se apaixonar, mas quando chegar a hora não terá como fugir. Mulher, também não tenho ainda, a certa ainda não chegou, mais sei que um dia chegará então, pessoal, vamos curtir o baile que hoje promete.

Jonatha

deitei e descansei um pouco e chegou a hora do baile. Tomei meu banho, coloquei minha roupa, cordão, relógio e o pai aqui está pronto.

Desço, pego minha moto e rumo ao baile. Cheguei lá e vi que estava lotado. Fui direto para o camarim e fiquei vendo o movimento. Várias meninas lindas uma mais que a outra. Estou cansado dessas garotas da favela, hoje quero algo novo.

Avistei meus amigos chegando e cumprimentei eles.

GT: Tá bombando baile hoje, hein?

BR: Muitas gatinhas, mais a que me interessa acabou de avisar que chegou. Vou lá buscá-la e trago ela e a amiga para vocês conhecerem.

O Bruno saiu todo contente, esse viado tá ferrado mesmo, penso comigo.

Gt: Bruno está realmente envolvido com a garota.

Jh: Só quero ver no que isso vai dar, eu já disse que meu lema é pegar e não me apegar, isso é roubada.

Gt: Você tem que seguir em frente, amigo, deixar o passado bem longe. Seu pai fez o que fez, mas isso não significa que você faria o mesmo.

Jh: Eu nunca faria o que ele fez, ele não pensou em mim, por isso jurei nunca me apaixonar.

VIVIANE

Depois de passarmos a tarde conversando e jogando papo fora, fomos nos arrumar. Eu coloquei um tênis preto da Nike, uma saia jeans curta e um cropped branco, tudo combinando. Barbara veio me chamar para irmos e já comecei a ficar nervosa. Era a minha primeira vez em um baile no morro. Fui em direção à garagem onde estava o carro de Barbara e entrei no carro.

Viviane: Tem certeza que quer ir ao baile no morro, amiga?

Barbara: Vai dizer que está com medo, Viviane? Eles não são monstro não, relaxa gatinha.

Chegamos à entrada desse tal morro e comecei a ficar com medo, pois havia vários bandidos armados onde fui me meter.

Bárbara: Relaxe, vivi aqui, só andam assim.

Bárbara de repente parou o carro e abaixou o vidro.

Vapor1: Qual seu nome, gata?

Bárbara: Me chamo Bárbara e essa é minha amiga Viviane.

Vapor1: Tá ligada que hoje é dia de baile, né? Vamos ter que verificar seu carro e ver se vocês duas estão limpas.

Viviane: Bárbara, eu não vou descer do carro e nem quero que eles me toquem.

Bárbara: Relaxa, amiga. Calma, vou ligar para o Bruno.

Ligação ativada*

Bruno, estamos aqui na barreira e os caras que estão aqui não querem deixar a gente subir.

Bruno BR: Marca 5 que chego aí.

Ligação desativada*

Pronto, amiga, ele já vem.

Passaram uns 3 minutos e um cara com uma moto chegou e foi falar com os caras que estavam impedindo de subir.

BR: Que porra está acontecendo aqui?

Vapor: Essas minas br, que não querem colaborar. A ordem do chefe foi verificar todos os carros que entram no morro e revistar geral também.

BR: A ordem do chefe é para revistar os caras que entrarem nas favelas, não as minas. Vamos parar com essa palhaçada e parar de se aproveitar das minas, mais uma dessas e vou pedir permissão ao chefe para eu mesmo te passar a perna, para melhor entendimento.

Vapor1 e 2: Que isso, BR? Foi mal aí, está liberado, moça.

BR: Vamos lá, gatinha, me segue.

Barbara: Te disse que ia ser resolvido, esse é o Bruno, olha e vê se não é um gato.

Viviane: Tenho que concordar que os traficantes têm seus encantos.

Chegamos em frente a uma quadra, Bárbara estacionou o carro e saiu me puxando para onde estava acontecendo o tal baile. Entramos e estava lotado, com muitas mulheres quase nuas e muitos traficantes armados com cara de mal. Bárbara me arrastou até o bar onde pegamos algo forte para tomar.

Bárbara: Você fica aqui, amiga, eu vou me encontrar com Bruno. Qualquer coisa me liga.

Viviane: Vai lá, safada, não quero atrapalhar sua noite.

Bárbara: Beijinhos, amiga, e não saia daqui.

Eu fui até onde Bruno estava e vi como ele era bonito, fiquei tomando umas cervejas.

De repente, deu vontade de ir ao banheiro e não conseguia encontrar, até que esbarrei em uma parede de músculos.

JONATHA

O baile estava frenético, com muitas gatinhas do jeito que eu gosto. O viado do BR já foi lá na barreira atrás da garota dele, o GT já arrumou uma garota e já sumiu.

Eu fiquei aqui vendo a movimentação do baile, saí do meu camarim e fui dar uma volta. Assim que estava entrando no banheiro, uma mina bateu em mim. Quando ela levantou o rosto, caramba, que mulher linda! Uma cara de anjo, um corpo me chamando para o pecado. Que mulher mais linda, essas pernas, essa boca me chamando me convidando para beijar ela, que porra de mulher gostosa é essa, meu pau até criou vida.

VIVIANE: Desculpe, eu me perdi e não te vi. Pode me informar onde é o banheiro, por favor? Estou perdida.

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