Capítulo 8 parte I
🥀Melissa Lancaster🥀
Minha estadia nessa cidade não está sendo fácil. A aproximação de Adam e Blake me fez enxergar que a qualquer momento meu segredo será descoberto. A culpa está lá, causando uma sensação claustrofóbica, como se as paredes da verdade se afunilassem, não deixando outra saída a seguir.
Falar com Adam é quase impossível, ele não dá espaço para qualquer tipo de conversa.
Sinto aquela sensação vertiginosa me invadir e gozo sentindo sua libertação morna explodir dentro de mim. Minutos se passam e ele ainda continua dentro de mim. Afunda seu nariz no vão do meu pescoço roçando sua barba por fazer, provocando arrepios por toda minha pele.Ficou claro que nos deixamos levar por um impulso irresistível e o que virá a seguir me deixa temerosa.Ainda ofegantes ele se afasta minimamente lançando-me um olhar enigmático.Sai de dentro de mim, colocando-me em pé e me sinto vazia.Ele se vira de costas colando sua testa no boxe do banheiro r
Adam LealFecho os olhos respirando profundamente. Seu cheiro doce instigando-me lembrar de quando a tinha assim, adormecida em meus braços.Minha mente começa a fervilhar um turbilhão de pensamentos. Me sinto completamente atordoado. A odiava com todas as minhas forças. Não sei o que mudou entre nós. Balanço a cabeça negando. Não! Somos adultos. O que rolou foi uma grande atração mútua.
🥀Melissa Lancaster🥀Saio apressadamente sentindo lágrimas descerem copiosamente por minha face.Então, essa noite não significou nada para ele. Como sou estúpida de acreditar que poderíamos retomar do ponto que paramos. Mesmo se quisesse não poderia, não antes de esclarecer tudo. Há muito o que ser dito, e por mais que eu tenha amado cada instante em seus braços, não posso esquecer disso. O que me entristeceu, foi escutar sua confissão em que ele ia para cama com Antonella. Aquela mesma cama em que fizemos amor. Ele pode negar, mas foi isso que fizemos, foi muito mais que sexo.
Pisco os olhos algumas vezes e pego meu celular debaixo do meu travesseiro.Abro meu F******k e deparo com uma foto de Adam com o uniforme do time, suado e sorridente com um troféu na mão esquerda. Sorrio vendo como seus olhos transbordam felicidade. Deslizo para o lado e engulo seco quando vejo a outra foto. Minhas mãos começam a tremer descontroladamente e acabo derrubando o celular. Luciana entra no quarto com uma xícara de chá nas mãos e quando percebe que há algo de errado ela coloca a xícara na mesinha de cabeceira e se aproxima pegando o celular.— Mel? O que houve com vo… — Sua frase termina quando ela percebe a foto em
Adam Leal — Nossa, quanta agressividade! Direciono toda minha raiva e frustração no saco de pancadas à minha frente. Durante toda semana me vi envolvido em uma névoa de arrependimento e confusão. Depois da noite que tive Melissa novamente em meus braços, me senti vivo. Foi como se uma chama voltasse a reacender dentro de mim. Ao mesmo tempo, meu ódio por ela se multiplicou. Sinto raiva por ela me afet
Durante um almoço na casa da tia Juliene em que Bea fez questão de convidá-lo, percebi minha tia lançar olhares curiosos para o garoto.— Então Blake, quantos anos você tem? — minha tia o questiona interessada.— Tenho nove. Daqui a sete meses faço dez — Minha tia franze o cenho e sorri carinhosamente.Nossos olhares se cruzam e vejo preocupação neles.Blake continua a devorar alheio a lasanha quatro queijos, feita por tia Juliene e Bea.Vejo como tem um apetite voraz e
— Não filho, já disse, ficarei bem. Não se preocupe comigo. — Respondo calmamente.— Na verdade, não me importo se quiser ir. — Sua resposta me deixa surpresa.Olho para ele que parece desconfortável.Nego.Blake continua a insistir e acabo cedendo. Aceitei com uma condição: ir no meu carro. Dividir o mesmo espaço que Adam com essa tensão sexual e raiva entre nós, não iria dar certo.Sigo o caminho relembrando de quando Adam e eu fugíamos à noite para ir ao lago. Na beir
Adam LealEntão, é por causa dela que você não me procura mais, não é? — Antonella questiona enquanto carrego a caminhonete.Não respondo e ignoro a sua presença, que, aliás, não é bem-vinda.Ela se irrita e continua a me aborrecer.— Não cansa de correr atrás dela? De se rastejar, se humilhar? — Pergunt