Adam Leal
Fecho os olhos respirando profundamente. Seu cheiro doce instigando-me lembrar de quando a tinha assim, adormecida em meus braços.
Minha mente começa a fervilhar um turbilhão de pensamentos. Me sinto completamente atordoado. A odiava com todas as minhas forças. Não sei o que mudou entre nós. Balanço a cabeça negando. Não! Somos adultos. O que rolou foi uma grande atração mútua.
🥀Melissa Lancaster🥀Saio apressadamente sentindo lágrimas descerem copiosamente por minha face.Então, essa noite não significou nada para ele. Como sou estúpida de acreditar que poderíamos retomar do ponto que paramos. Mesmo se quisesse não poderia, não antes de esclarecer tudo. Há muito o que ser dito, e por mais que eu tenha amado cada instante em seus braços, não posso esquecer disso. O que me entristeceu, foi escutar sua confissão em que ele ia para cama com Antonella. Aquela mesma cama em que fizemos amor. Ele pode negar, mas foi isso que fizemos, foi muito mais que sexo.
Pisco os olhos algumas vezes e pego meu celular debaixo do meu travesseiro.Abro meu F******k e deparo com uma foto de Adam com o uniforme do time, suado e sorridente com um troféu na mão esquerda. Sorrio vendo como seus olhos transbordam felicidade. Deslizo para o lado e engulo seco quando vejo a outra foto. Minhas mãos começam a tremer descontroladamente e acabo derrubando o celular. Luciana entra no quarto com uma xícara de chá nas mãos e quando percebe que há algo de errado ela coloca a xícara na mesinha de cabeceira e se aproxima pegando o celular.— Mel? O que houve com vo… — Sua frase termina quando ela percebe a foto em
Adam Leal — Nossa, quanta agressividade! Direciono toda minha raiva e frustração no saco de pancadas à minha frente. Durante toda semana me vi envolvido em uma névoa de arrependimento e confusão. Depois da noite que tive Melissa novamente em meus braços, me senti vivo. Foi como se uma chama voltasse a reacender dentro de mim. Ao mesmo tempo, meu ódio por ela se multiplicou. Sinto raiva por ela me afet
Durante um almoço na casa da tia Juliene em que Bea fez questão de convidá-lo, percebi minha tia lançar olhares curiosos para o garoto.— Então Blake, quantos anos você tem? — minha tia o questiona interessada.— Tenho nove. Daqui a sete meses faço dez — Minha tia franze o cenho e sorri carinhosamente.Nossos olhares se cruzam e vejo preocupação neles.Blake continua a devorar alheio a lasanha quatro queijos, feita por tia Juliene e Bea.Vejo como tem um apetite voraz e
— Não filho, já disse, ficarei bem. Não se preocupe comigo. — Respondo calmamente.— Na verdade, não me importo se quiser ir. — Sua resposta me deixa surpresa.Olho para ele que parece desconfortável.Nego.Blake continua a insistir e acabo cedendo. Aceitei com uma condição: ir no meu carro. Dividir o mesmo espaço que Adam com essa tensão sexual e raiva entre nós, não iria dar certo.Sigo o caminho relembrando de quando Adam e eu fugíamos à noite para ir ao lago. Na beir
Adam LealEntão, é por causa dela que você não me procura mais, não é? — Antonella questiona enquanto carrego a caminhonete.Não respondo e ignoro a sua presença, que, aliás, não é bem-vinda.Ela se irrita e continua a me aborrecer.— Não cansa de correr atrás dela? De se rastejar, se humilhar? — Pergunt
Mas ele está morto. Morto! Não posso questioná-lo e nem socar sua cara de menino rico.Percebo que já está anoitecendo e paro em um lugar que eu nunca pensei em pisar.Espero o guarda se ausentar e entro com uma certa dificuldade. Como os movimentos ainda lentos, levo um tempo para achar o que procuro.Me sento na grama e encaro a grande lápide.— Eu só queria saber porque você me odiava tanto. O que foi que eu te fiz? Seu riquinho de merda! — Resmungo com a voz arrastada. 🥀Melissa Lancaster🥀O silêncio predominava na sala, sendo possível escutar o meu choro copioso e os soluços estrangulados de Adam.— Meu filho! — Ele repetia como se recitasse algo.Blake paralisou quando eu revelei a verdade. Seus olhos verdes dobraram de tamanho, assustados. Ele olhava para ACapítulo 13