Parte 1...Nicolau continuava curioso sobre seu encontro mais cedo com Dominique Fussô. Depois que ela descreveu partes de sua vida, ele também queria saber sobre a dela.Mandou que o assistente Clusô fizesse uma pesquisa sobre ela para ver o que descobriria.Quando chegou no escritório ele o avisou de que havia um e-mail pessoal à sua espera. Leu tudo com cuidado assim como ela o orientou e de qualquer forma, faria mesmo isso. Não tinha costume de assinar documentos que não sabia ao certo o que eram, isso era perigoso.Depois que releu tudo ele fez a assinatura para enviar de voltar para ela. O arquivo com as candidatas estava em anexo e ele mandou imprimir.Realmente Dominique tinha feito o serviço de forma rápida. Ele estava com cinco páginas de candidatas e todas dentro do que ele gostava em matéria de aparência física.Sem dúvida todas eram lindas. Mulheres que chamam atenção em qualquer lugar onde passem. Ele leu com calma cada folha com as descrições de cada uma.A primeira era
Parte 2...Para ser marquês ele teria que levar junto uma marquesa. Era a exigência. E se ele não tivesse sua marquesa, o primo tinha. Mike era casado há quatro anos. Ele seria o seguinte no testamento para receber tudo o que vinha junto com o título e isso ele não iria deixar e nem era louco de jogar fora algo tão importante assim.— Dominique também era de família rica, mas o pai foi preso acusado de desvio de dinheiro, posse de informações sigilosas sobre o mercado de ações e mais cinco outros processos como sonegação de impostos - Nicolau se virou para ele — Com a prisão do pai, a mãe dela pediu o divórcio, mas acabou perdendo tudo porque a dívida era enorme e o governo tomou tudo, prendendo as contas.Ele apertou o copo. Tinha uma vaga lembrança de um caso desse que dominou a mídia por alguns meses, mas depois acabou desviando o interesse para outros assuntos.— A mãe dela não aceitou perder a fortuna, o nome e todo o luxo que tinha, além do status de superioridade que o nome do
Parte 1...Dominique gostava de manter tudo organizado e dentro de seu controle. Toda vez que algo fugia de seu palno ela começava a ficar preocupada e nervosa.Quando o assistente de Nicolau ligou marcando um encontro em um local que ela não conhecia, um pouco distante de sua casa e ainda por cima em um restaurante pequeno que ele tinha reservado uma ala para que ninguém os incomodasse e nem algum curioso fizesse imagens deles, ela ficou preocupada se ele já teria achado a candidata certa ou se iria apenas desistir do negócio e queria lhe dizer isso pessoalmente.De qualquer forma, ela tinha que ir ao encontro e já começava a imaginar queal delas ele teria escolhido. Se houvesse mais tempo ela tinha certeza de que conseguiria unir a melhor candidata ao que ele precisava, mas estava segura de que as meninas que ela havia indicado também seriam excelentes esposas.Ela viu a placa do restaurante e parou na entrada. O rapaz que cuidava da entrada indicou uma vaga para ela. Quando desceu
Parte 2...Uma coisa que Dominique tinha orgulho era de sua pequena, porém próspera agência de casamentos. Tudo o que ela fazia era dentro da lei, incluindo as pesquisas sobre os clientes.Depois de tudo o que viu o pai passar após seus erros terem vindo à tona, ela fez questão de fazer o inverso. Tinha registro de cada coisa, pagava os impostos certinhos, fazia relatórios de clientes e evitava qualquer um que pudesse trazer um mau nome para a agência.Até mesmo a pequena casa que comprou com o dinheiro que realmente era dela, tinha todos os documentos certos. O carro que ela usava ainda era o mesmo há cinco anos. Cuidava bem porque sabia que era um bem necessário e não poderia comprar um novo agora. Tinha uma responsabilidade maior com a irmã.A comida chegou e ela estava com fome, mas achou melhor mesmo foi desviar a atenção daquela boca grande de lábios bem feitos e do sorriso branco.O homem era muito charmoso. Se não fosse a questão dele ser quem é, além dela precisar da conta de
Parte 3...— Meu pai errou muito e nos colocou em uma situação muito difícil - ela disse séria — Minha mãe foi uma egoísta enorme, meu irmão mais velho foi um idiota... - ela engoliu em seco e respirou fundo — E minha irmã mais nova foi uma covarde - apertou o copo em cima da mesa — Porém nenhum deles reflete quem eu sou e minha capacidade. — Não pensei nada sobre isso.— Apesar de minha história passada ser bastante complicada e de eu ter tido que abrir mão de muitas coisas, inclusive no lado emocional, eu criei a agência e ela só cresce. Sou capaz de muita coisa - assegurou com orgulho.Ela seguiu os dedos dele com o olhar, quando Nicolau correu o dedo pela borda da taça, girando lento. Ela molhou o lábio, sentindo a pulsação aumentar.Imaginou como seria ter aquelas mãos grandes, aqueles dedos compridos, passeando por seu corpo, alisando sua pele, brincando com seu cabelo.Piscou rápido e mudou de pensamento.— Você vai precisar me dar o nome da escolhida até amanhã cedo ou ficará
Parte 4...— Eu não quero encontrar nenhuma delas, embora sejam perfeitas, porque já tenho alguém que espero que aceite o meu pedido - ele pegou uma pasta preta que estava na cadeira ao lado — Aqui dentro tem um contrato - passou para ela.— E tem o nome da candidata aqui? - ela pegou a pasta, franzindo a testa.— Tem sim - apontou — Dê uma olhada.Um pouco desconfiada e muito curiosa, ela abriu a pasta e retirou o documento de dentro. Começou a ler e sua expressão foi mudando. Franziu atesta e abaixou o papel, olhando para Nicolau que esperava que ela dissesse algo, com uma cara totalmente inocente.— Mas... O que é isso? - ela balançou a cabeça e o papel — Não estou entendendo seu ponto aqui. Por que o meu nome está escrito no documento?Ele limpou a boca com o guardanapo de forma calma e displicente.— Porque é com você que eu quero me casar.Ela sentiu um zumbido nos ouvidos. Como assim? Sentiu até uma dor fina na testa, de tanta confusão que isso causou em seus pensamentos. O qu
Parte 5...— Pacto? - ela ergueu a sobrancelha.— É... Eu nunca prometo um relacionamento sério, porque nunca quis me casar... A não ser agora... Por necessidade.— Certo, entendi - ela coçou atrás da orelha.— E lembre-se de que além do valor estipulado no contrato, ainda tem a parte de sua agência - ela olhou para ele — O que? Será um acordo feito por sua agência, não é? Então o certo é que eu pague a taxa da noiva e a taxa da agência.Dominique apertou os lábios. Que loucura!— Ainda não entendi porque eu?— E porque não você? - ele balançou o ombro.Ela pensou nas candidatas que tinha separado.— Bom, pra começo de história... - ela gesticulou — Eu não faço o seu tipo.— Meu tipo? - ele riu — E qual seria meu tipo?— Alta - ela mostrou um dedo — Magra - mostrou outro dedo — Loira... - olhou para o cabelo caído no ombro — Tá... Loira eu sou - ele gargalhou — Mas não sou uma modelo ou no mínimo pareço ser... Que é o tipo que você se envolve.Ele gargalhou mais. Essa risada a fez per
Parte 1...Dominique saiu do restaurante com uma animação maior do que ela mesma. Ligou direto para Joana e mandou que ela fosse até sua casa, o que praticamente era só colocar o pé para o lado, já que eram vizinhas coladas.Ela precisava colocar para fora o que havia acontecido durante o encontro com Nicolau. A proposta a tinha feito ficar nervosa, trêmula e excitada ao mesmo tempo. Sua mente já ia longe, pensando em todas as posssibilidades que ela poderia aproveitar caso aceitasse, mas ainda tinha um pouco de receio sobre isso.— Menina, me conta logo, estou tendo até frio na barriga.Dominique só passou pela porta e Joana já foi puxando-a para o sofá para que falasse logo.— Então, eu vou explicar com detalhes - ela espalmou as mãos no colo — Presta atenção.Ela começou a contar sobre a proposta de Nicolau e puxou o contrato da pasta para lerem juntas. Depois de lerem duas vezes e opinarem sobre as claúsulas de cada parte e de ficarem surpresas com os valores descritos, elas tiver