Parte 3...— Meu pai errou muito e nos colocou em uma situação muito difícil - ela disse séria — Minha mãe foi uma egoísta enorme, meu irmão mais velho foi um idiota... - ela engoliu em seco e respirou fundo — E minha irmã mais nova foi uma covarde - apertou o copo em cima da mesa — Porém nenhum deles reflete quem eu sou e minha capacidade. — Não pensei nada sobre isso.— Apesar de minha história passada ser bastante complicada e de eu ter tido que abrir mão de muitas coisas, inclusive no lado emocional, eu criei a agência e ela só cresce. Sou capaz de muita coisa - assegurou com orgulho.Ela seguiu os dedos dele com o olhar, quando Nicolau correu o dedo pela borda da taça, girando lento. Ela molhou o lábio, sentindo a pulsação aumentar.Imaginou como seria ter aquelas mãos grandes, aqueles dedos compridos, passeando por seu corpo, alisando sua pele, brincando com seu cabelo.Piscou rápido e mudou de pensamento.— Você vai precisar me dar o nome da escolhida até amanhã cedo ou ficará
Parte 4...— Eu não quero encontrar nenhuma delas, embora sejam perfeitas, porque já tenho alguém que espero que aceite o meu pedido - ele pegou uma pasta preta que estava na cadeira ao lado — Aqui dentro tem um contrato - passou para ela.— E tem o nome da candidata aqui? - ela pegou a pasta, franzindo a testa.— Tem sim - apontou — Dê uma olhada.Um pouco desconfiada e muito curiosa, ela abriu a pasta e retirou o documento de dentro. Começou a ler e sua expressão foi mudando. Franziu atesta e abaixou o papel, olhando para Nicolau que esperava que ela dissesse algo, com uma cara totalmente inocente.— Mas... O que é isso? - ela balançou a cabeça e o papel — Não estou entendendo seu ponto aqui. Por que o meu nome está escrito no documento?Ele limpou a boca com o guardanapo de forma calma e displicente.— Porque é com você que eu quero me casar.Ela sentiu um zumbido nos ouvidos. Como assim? Sentiu até uma dor fina na testa, de tanta confusão que isso causou em seus pensamentos. O qu
Parte 5...— Pacto? - ela ergueu a sobrancelha.— É... Eu nunca prometo um relacionamento sério, porque nunca quis me casar... A não ser agora... Por necessidade.— Certo, entendi - ela coçou atrás da orelha.— E lembre-se de que além do valor estipulado no contrato, ainda tem a parte de sua agência - ela olhou para ele — O que? Será um acordo feito por sua agência, não é? Então o certo é que eu pague a taxa da noiva e a taxa da agência.Dominique apertou os lábios. Que loucura!— Ainda não entendi porque eu?— E porque não você? - ele balançou o ombro.Ela pensou nas candidatas que tinha separado.— Bom, pra começo de história... - ela gesticulou — Eu não faço o seu tipo.— Meu tipo? - ele riu — E qual seria meu tipo?— Alta - ela mostrou um dedo — Magra - mostrou outro dedo — Loira... - olhou para o cabelo caído no ombro — Tá... Loira eu sou - ele gargalhou — Mas não sou uma modelo ou no mínimo pareço ser... Que é o tipo que você se envolve.Ele gargalhou mais. Essa risada a fez per
Parte 1...Dominique saiu do restaurante com uma animação maior do que ela mesma. Ligou direto para Joana e mandou que ela fosse até sua casa, o que praticamente era só colocar o pé para o lado, já que eram vizinhas coladas.Ela precisava colocar para fora o que havia acontecido durante o encontro com Nicolau. A proposta a tinha feito ficar nervosa, trêmula e excitada ao mesmo tempo. Sua mente já ia longe, pensando em todas as posssibilidades que ela poderia aproveitar caso aceitasse, mas ainda tinha um pouco de receio sobre isso.— Menina, me conta logo, estou tendo até frio na barriga.Dominique só passou pela porta e Joana já foi puxando-a para o sofá para que falasse logo.— Então, eu vou explicar com detalhes - ela espalmou as mãos no colo — Presta atenção.Ela começou a contar sobre a proposta de Nicolau e puxou o contrato da pasta para lerem juntas. Depois de lerem duas vezes e opinarem sobre as claúsulas de cada parte e de ficarem surpresas com os valores descritos, elas tiver
Parte 2...Agora ela podia reparar nele melhor. O cheiro gostoso de seu perfume era atrativo para seus hormônios olfativos e ia direto para seu cérebro, indicando a ela que ele usava uma fragância de musk. Ela gostou muito e puxou mais fundo o cheiro, disfarçando.Dominique estava muito bonita. Ele preferia que a escolhida não fosse atraente aos seus olhos, mas parecia ter errado nisso com relação a ela.Dominique estava usando um vestido creme com pequenos detalhes bordados delicadamente e com alças finas. Descia até um pouco acima dos joelhos e ele notou suas pernas torneadas quando ela as cruzou. E uma tatuagem pequena no tornozelo lhe chamou atenção. Calçava sandálias de tirinhas no mesmo tom do vestido e suas unhas estavam pintadas de branco agora.Quando o avião chegou em sua altura de viagem comum, a comissária voltou para avisar que eles podiam soltar o cinto e disse que traria uma bebida para eles.Nicolau percebeu que ela apertava o apoio da poltrona e perguntou se estava n
Parte 3...— Apenas Diogo briga comigo hoje em dia.— Porque ele é seu melhor amigo, então pode.— Na real é meu único amigo de verdade. Os outros são colegas ou conhecidos.— Realmente, existe uma grande diferença - sua mente puxou para o passado, quando achava que tinha muitos amigos, mas que sumiram após o primeiro escândalo.— Temos que ter muito cuidado com isso - ele disse sério — Ter muito dinheiro traz pessoas que fingem ser amigos, mas que apenas querem uma vantagem. Poucos são amigos mesmo.— Isso é a mais pura verdade - ela suspirou — Você contou para ele sobre nós?— Contei sim. E para meu assistente pessoal também que está envolvido em tudo o que faço sobre negócios. Ele fez a pesquisa sobre você.Ela balançou a cabeça concordando.— Eu também contei para minha amiga e secretária. Joana. Ela está comigo desde antes de tudo acontecer e posso confiar nela.— Tudo bem, eu acredito em você.— Mas e suas amantes? Você vai contar para elas?Nicolau se contorceu na poltrona gran
Parte 4...Ela riu de modo debochado e balançou o corpo.— Uhh... Vou me casar com um homem poderoso.Ele riu também. Dominique era leve. Gostava de seu humor até agora. A comissária retornou com o carrinho e entregou os pratos para eles.— Eu vou querer a sobremesa com chocolate - ela disse.— Gosta de chocolate? - ele passou o pratinho.— Não... Eu amo - ela abriu mais os olhos — Vou lhe dar uma dica - ele parou de mexer na taça — Sempre pode me comprar com chocolates.— Ah, certo - inclinou a cabeça para trás — Pensei que flores seria o ideal.— Flores sempre - ela gesticulou — Mas chocolate é o ponto que fecha a negociação.Os dois gargalharam e continuaram a comer.— Quanto às minhas... Namoradas... Elas não vão te incomodar.Ela sorriu e levou a mão à testa, fazendo cara de dor.— Ai... Deus meu, ele é tão inocente - suspirou falso.— Por que inocente?— Sério, Nicolau - ela se inclinou para frente — Se eu sou sua amante e do nada você me aparece com a novidade de que agora é um
Parte 1...Depois que eles entraram na limusine que os aguardava, Nicolau enfiou a mão no bolso da calça e tirou uma caixinha vermelha. Quando ele abriu, ela arregalou os olhos.— Meu Deus... Que lindo! - ela pegou o brilhante de dentro da caixinha — Esse vai ser o meu anel de casamento?— Sim... Você não gostou?— E tem como não gostar de algo tão lindo assim?Ele sorriu e mostrou o que ela daria a ele na cerimônia.— Você pensou em tudo... Quase marido.Ele riu e guardou de volta os anéis no bolso.— Obrigado... Quase esposa - devolveu a brincadeira.Foi até engraçado ouvir isso. E então ela lembrou um detalhe importante. O beijo.Para selar o acordo entre eles, principalmente na frente dos presentes na carimônia, deveria haver um beijo. E ela olhou para a boca dele, que lhe sorriu de volta.Ela engoliu em seco. E agora? Ela nem lembrava da última vez que ganhou um beijo. E como seria o beijo dele? Se remexeu no banco, um pouco incomodada.Claro, era tudo meramente uma formalidade q