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CAPÍTULO II - Cristine Raptada

Isso só pode ser pesadelo, disse Cristine para si mesma, estava ela se perguntando que lugar mais estranho que aquele tal rapaz a levou. 

Alguns dias se passaram, e Cristine não conseguia entender o que aquele rapaz pretendia fazer com ela. 

Então o tal rapaz pede para ela se levantar, para que ele tirasse as amarras de suas pernas e logo pede para ela tomar um banho e vestir um vestido que ele lhe trouxe.

O vestido era um pouco diferente do que Cristine costumava usar, parecia bem antigo, mais era muito bonito. 

Logo que ela ficou pronta, os dois segue para um caminho que parecia não ter mais fim, então Cristine logo diz: 

Estou cansada!

Já estamos quase chegando – respondeu o rapaz. 

Ao chegar em um local diferente de tudo que já havia visto em sua vida, Cristine ficou de boca aberta, admirada com tudo, mais preferiu não demostrar. Qualquer sinal de emoção, seu coração batia forte, aquele lugar era realmente emocionante. 

Em seguida o rapaz chamou por Dória e Juliete, que vieram logo que seus nomes foram pronunciados.  

Cristine ficou sem palavras com a mão na boca, gesto muito usado por criança quando se vê algo que lhe causa espanto. Afinal ali estava suas amigas de infância. 

Então elas se cumprimentam e logo Cristine ri muito e diz: 

— Ah! Então é uma brincadeira de boas-vindas que vocês estão fazendo? 

As moças olham para Cristine com ar de tristeza; e uma dela então diz: 

— Gostaríamos que fosse apenas uma brincadeira, mas não é. 

— Se não é uma brincadeira, quem as trouxe até aqui? – pergunta Cristine. 

— A mesma pessoa que trouxe você. – respondeu uma delas. 

Cristine então continua: 

— Qual o motivo de estarmos aqui? 

— Não sei – respondeu uma delas. 

— Afinal cadê Niki? Já que este rapaz trouxe todos aqui, porquê a Niki não veio? - Continuou Cristine.

— Ah não sei, vou perguntar para ele. – Retrucou uma delas.  

Enquanto as jovens conversavam, o rapaz as observava de longe. Já era noite, ele pediu para as jovens acompanha-lo até um local. Quando chegaram na casa completamente abandonada, mas, com evidência que foi limpa recentemente.  

Os jovens entraram nesta casa, acenderam o fogão a lenha e foram logo abrindo os armários em busca de alimento. O rapaz começou a rir muito, então Cristine se aborrece com isso e diz: 

— Seu idiota!! Está rindo do quê? 

O rapaz se aproxima dela e diz: 

— Você não esperava que alguém teria que fazer compras para você, não é? 

Cristine retruca: 

— Eu não pedi para vir a esse lugar, que droga é essa? 

— Vem, vamos até o pomar, pegar algumas frutas. - Disse o rapaz para Cristine.  

Então lá se foram os dois para o pomar, pegaram milhos e diversas frutas. Ao subir em um pé de goiaba, Cristine ficou com medo de descer. 

— Venha!! Eu te ajudo. - Disse o rapaz. 

Ao ajudá-la, Cristine pôde olhar bem em seus olhos, aquele rapaz trazia um grande segredo, neles havia dor, desprezo, mas também trazia amor. Cristine não pode evitar, aproximou-se mais do rapaz, que seus lábios quase se tocaram, ela então sussurra: 

— O que você quer comigo? 

O belo rapaz lhe respondeu: 

— Eu não quero machucá-las, me desculpe, mas é mais forte do que eu. 

Cristine prosseguiu com suas palavras: 

— Ainda é tempo, você pode desistir e voltar atrás. 

Então o rapaz com um olhar profundo e frio responde a ela: 

— Eu nunca desistirei!! 

Empurrando-a. Cristine sai correndo em disparada e ao entrar na casa as outras meninas pensam o pior. 

— O que foi que aconteceu?? Perguntou uma delas. 

— Nada, aquele idiota me insultou só isso. – diz Cristine. 

Após alguns segundos o rapaz chega trazendo frutas, deixando-a em cima da mesa. Aborrecido segura Cristine pelo braço e levando-a até um dos cômodos da casa.  

Ao entrar; ele tranca a porta. Cristine ficou assustada pensando no pior, começou a chorar, encostada na parede. 

O rapaz ordenou para que ela se deita na cama, talvez no intuito de intimida-la ainda mais 

— Não. – respondeu Cristine. 

O rapaz então insisti. Sem sucesso, ela não quis se deitar. Ele usa jeito grotesco novamente pegando-a pelo braço e a leva até a cama. Cristine chorava ainda mais. 

— Tire as roupas. - Rapaz diz com voz intimidadora. 

— Seu covarde. O que está pretendendo fazer? – grita Cristine.  

— É isso mesmo que você está pensando. – Responde o rapaz rindo.  

Então ela se recusa a tirar o vestido, e o rapaz irritado diz: 

— Não tem nada em seu corpo que eu já não tenha visto, não precisa ficar acanhada. 

Cristine gelou e algo passou pela sua cabeça, será que aquele rapaz a olhava enquanto ela dormia? O rapaz continua: 

— Vamos, tire o vestido e venha até aqui!! 

Então Cristine com muita vergonha tira o seu vestido e acompanha o belo rapaz a outro cômodo da casa. Ao entrar no ambiente, ela vê uma piscina aquecida, o rapaz a convida para entrar. Em seguida ele tira suas próprias roupas e entra também na piscina. 

Ele se aproxima dela e toca seu rosto suavemente e diz: 

— Calma, eu não vou fazer nada que você não queira. 

Em soluços Cristine diz: 

— O que você pretende com isso? 

— Eu só queria que meu coração ficasse perto do seu. - Ele sussurrou. 

Cristine continua: 

— Você não espera que eu irei me entregar para você né? 

— Eu não espero isso, por favor não me recrimine por querer estar perto da mulher mais linda do mundo. – Continua o rapaz. 

Cristine pode ver naquele olhar um grande desejo e ela poderia usar isso a seu favor. Ela pede leva-la de volta para sua casa. 

Foi quando as palavras dele revelou à mais cruel das coisas. 

— Não será mais possível isso e não depende mais de mim. - Responde Rapaz 

O coração de Cristine disparou e ela não sabia o que pensar, começou chorar e saiu correndo, quase sem rumo, ela ouviu o que parecia ser um grito, mais era tão distante, que quase parecia sua imaginação, ela então seguiu o som e conseguiu ver de onde vinha, era um objeto de forma estranha, com alguns botões, Cristine, portanto aproximou-se ainda mais e foi logo perguntando: 

— Quem está gritando? 

Uma menina diz: 

— Você não me conhece, meu nome é Hilda, eu estou aqui faz muito tempo, você pode me ajudar? 

Cristine ficou em silêncio por alguns instantes e logo perguntou: 

— Como posso te ajudar Hilda? 

— Vou falar para você, eu toquei esse objeto em seguida eu vim parar aqui, agora não sei como voltar. 

Cristine aflita continua: 

— Isso é muito estranho Hilda, pois eu já toquei no mesmo objeto e continuo no mesmo lugar. 

Logo à mesma escuta uma voz que a pergunta: 

— Tem certeza? 

Assustada Cristine olhou imediatamente, e então viu que realmente ela não estava mais onde pensou, e isso fez ela tremer dos pés a cabeça, Cristine deixou o aparelho em um canto e saiu, enquanto Hilda falava: 

— Por favor, fale comigo, eu preciso de você!! 

Cristine resolveu pegar o objeto novamente e fala para Hilda: 

— Você tem razão, eu mudei de lugar. 

— Sério? – pergunta Hilda. 

— Sim. Hilda é sério, eu acabei de ver que realmente você tem razão, tem um senhor aqui que falou comigo, eu vou perguntar a ele que lugar é esse. – respondeu Cristine. 

— Pergunta a ele se posso ir até vocês? – pergunta Hilda. 

— Pode deixar, mais primeiro quero saber quem é ele e que lugar é esse, caso não seja um lugar seguro, quero ir onde você está. – respondeu Cristine.  

Logo, uma voz feminina diz: 

— Esse lugar é um dos mais belos do mundo, eu e você estaremos seguras aqui. 

— Quem é você? – pergunta Cristine. 

— Eu sou Celine, venha precisa se vestir. 

— Oi Celine, você pode me dizer que lugar é esse e o que estou fazendo aqui?  

— Você? Eu não sei. Mas eu sei muito bem o que eu faço aqui. - Celine responde e cai na gargalhada. 

— Isso não tem graça nenhuma, agora pode me dizer o que eu faço aqui!? - Cristine bem séria retruca 

— Faça silêncio, eles estão chegando. - Com um aspecto muito assustado diz – é melhor você se esconder, venha comigo. - Puxou Cristine pelo braço levou-a para uma cabana. 

Cristine sem opções a acompanha, afinal ela talvez precisaria de ajuda, já que estava só e não tinha mais ninguém ali. Escondida na cabana de Celine, ela podia observar o movimento lá fora. A cabana parecia ser um lugar isolado, onde eles não entravam, pois, eles chegavam bem perto e voltavam. A impressão que dava era que eles não viam à cabana, e isso deixaria Cristine com mais medo. Algum tempo depois, Celine diz para Cristine que ela precisa ter cuidado, pois, era muito bonita.  

Cristine logo lhe pergunta:  

— Porquê? 

— Você vai saber!! - Celine falou sorrindo 

Enquanto as duas estavam na cabana começou um temporal muito forte, Cristine estava com muito medo, pois sabia que ela não teria para onde correr, caso a cabana fosse levada pelo vento.  

E que lugar estranho era esse? Que perigo ela poderia estar correndo. Celine com um ar misterioso se recusava a dizer mais coisas sobre sua vida e sobre esse lugar. 

As duas jovens estavam ali só, e Cristine se preocupava com a segurança das duas, pois aquele lugar não parecia confiável. 

Os dias se passavam, e aquele lugar se evoluía em seus mistérios, cada dia registrava um acontecimento novo e Cristine não gostava nada disso. 

Ouviam-se murmúrios... 

Celine não parecia ser uma garota ruim, mas estava bem longe de ser uma garota normal. Com seu olhar distante e triste, parecia estar em um mundo distante e sombrio. 

O lugar onde Cristine e Celine estavam, tinha uma áurea misteriosa e a qualquer momento poderia acontecer algo inesperado, mas isso não deixava Cristine abalada, ela apenas queria sair dali e ir para casa. 

Ela ficava horas e horas lembrando que antes tinha uma vida normal, e agora ela não podia dizer à mesma coisa, pois até mesmo sua integridade física poderia estar em perigo. 

Tudo era de se esperar, muitos ruídos eram ouvidos, as moças já estavam até acostumadas com tudo aquilo. Elas cultivavam alguns alimentos em uma pequena plantação, pegavam peixes no rio e alguns animais com armadilhas, assim iam sobrevivendo.

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