CÁPSULAS DO TEMPO
Por alguns segundos os pensamentos de Cristine vagam no passado...
Apesar de tudo está como sempre, ela consegue manter-se calma, a rua esburacada e a poeira que levantava por alguns segundos, trazia Cristine brevemente ao presente.
As lembranças do tempo de criança, as brincadeiras com Dória, Juliete e Niki à fez esboçar um breve sorriso.
As coisas naquele tempo eram bem divertidas, travessuras, brincadeiras e até pequenas maldades, agora era o motivo de lembrar os mínimos detalhes...
Claro tudo agora é passado...o tempo não volta!!!
Só de pensar em reencontra-las já seria algo maravilhoso, uma infância feliz, deixa lembranças boas.
Ao som de sua música favorita, ela dirigiu até a casa da sua mãe, entrando na cidade, Cristine ficou um pouco tensa...
Sua mãe à espera, após um tempo, já aguardava no portão.
— Oi mãezinha!!
— Oi Cristine - disse dona Olga.
Enquanto abraçava sua filha, Cristine-lhe fala o quanto sentiu sua falta.
— Vou ficar bem pertinho de você mãezinha – disse Cristine
— Entre filha, eu fiz um bolo – disse Olga.
Enquanto cortava o bolo, notou que Cristine andava pela casa, e que seu pensamento estava vagando no passado, olhando fixamente cada móvel, cada objeto de sua casa.
Uma vida que ficou no passado, mas por alguns segundos a fazia relembrar com emoção que ainda permanecia.
Olga estava preparando a mesa para o café da tarde, ela não sabia como iria contar para Cristine as coisas que surgiram depois que ela saiu da cidade. Tais coisas que fugiram do conhecimento de todos que ali viviam.
— Venha filha – dona Olga interrompe aquele momento nostálgico e trazendo sua filha para o momento presente.
— Estou indo mãe – respondeu Cristine.
— Você sabe que seu pai esteve doente? – disse dona Olga.
— Sim mãe, eu sei!
— Que cheiro bom, vem da cozinha, estava fazendo bolo? – disse a mesma
— Sim. – respondeu Olga.
— Que bom, eu já estava com saudade do seu bolo. – disse Cristine.
— Então vamos até a cozinha esperar o bolo ficar pronto, enquanto isso você me fala sobre sua vida na casa de sua avó. – disse Olga.
— Nada mudou por aqui né mãe?
— Quase nada minha filha! – retruca Olga.
— Porquê? – pergunta Cristine.
— Eles têm achado algumas coisas estranhas, que vem não sei de onde, objetos esquisitos. – diz Olga.
— Objetos esquisitos? Como assim? – indagou Cristine.
— Aparece do nada, são levados para o museu, se você quiser te levo lá depois. – diz Olga.
— Sim, eu gostaria de ver, mais agora eu quero mais um abraço apertado da senhora – diz Cristine.
Ao abraçar sua mãe, Cristine ficou pensando sobre os tais objetos que estariam sendo encontrados e pergunta então onde esses objetos eram encontrados. Olga respondeu que seria em um campo, ou seja, em uma grande área aberta.
— Mãe, me diz uma coisa, a senhora tem visto minhas amigas, Dória, Niki e a Juliete? – pergunta Cristine.
— Elas saíram da cidade assim que você foi para a casa da sua avó, eu nunca mais tive notícias delas. – disse Olga.
— Sério? – pergunta Cristine.
— Sim!! – respondeu Olga.
Então Cristine ficou pensando onde elas estariam agora...
— Mãe e os pais delas, a senhora tem visto? – volta a perguntar Cristine.
— Não, a casa está para alugar, porquê sempre as pessoas mudam de lá e são sempre pessoas novas que vejo. – diz Olga.
— É verdade isso mãe? – pergunta Cristine.
— Sim filha, porquê? O que você acha de estranho nisso filha? – responde Olga.
— Nada. – Murmura Cristine.
— Eu vou te servir uma fatia de bolo e depois irei até à casa de uma amiga, você quer vir comigo? – pergunta Olga.
— Não mãe, vou ficar por aqui e descansar. – Responde Cristine.
Cristine ficou pensando sobre as amigas, e como poderia encontra-las, já que elas haviam se mudado. Entrou em seu antigo quarto, e viu tudo perfeitamente arrumado, sua mãe realmente deixava tudo em perfeito estado.
Ela lembrava dos banhos de rio, das brincadeiras na chuva e até dos perigos que passou quando mexia com cachorro e saia correndo com suas amigas, subiam em uma árvore que já estava estrategicamente pronta com uma tábua e uns galhos, que permitia que elas subissem rápido, e assim escapavam do cachorro.
Sem querer ser sentimental, Cristine deixou escorrer uma pequena gota de lágrima, num instante ela se deu conta que já era grande o suficiente para ficar pensando muito nos tempos de criança.
Ela pensou que agora é hora de fazer novos amigos e recomeçar a vida novamente em sua cidade, não adiantava viver de passado. Também sabia que a vida tinha que seguir em frente, e o passado talvez seria apenas para ficar nas nossas lembranças e nada mais.
Após algumas horas de descanso Cristine decide arrumar a casa, depois toma um banho, e então sai dar uma volta na cidade.
São poucas pessoas conhecidas que passa e lembra dela e a cumprimenta, outras só olham para Cristine e não diz nada.
Cristine vai até uma grande ponte e volta as lembranças de quando ela ficava atirando pedrinhas na água, ela abaixa e pega algumas pedrinhas para fazer aquele pequeno ritual divertido de sempre, logo à mesma percebe que está pensando no passado novamente, então descarta as pedrinhas para um lado.
Ao olhar para um canto da ponte, ela percebe que não está sozinha, um rapaz a observa atentamente, com um sorriso sarcástico, ele então diz:
— Você continua bonita como sempre.
— Você me conhece? Quero dizer nos conhecemos? – pergunta Cristine.
— Sim e não – responde o rapaz.
Cristine irritada volta a perguntar:
— Quem é você?
O rapaz então responde:
— Ninguém importante.
— Mas, você disse que talvez nos conhecemos. Você sabe meu nome? – perguntou Cristine.
— Sei sim, você é a cabelo de milho. – respondeu o rapaz.
— Esse é meu apelido de infância, mas você deve saber meu nome suponho? – retruca Cristine.
— Você é a Cristine! – responde o rapaz.
— Quem é você então? Se sabe meu nome, meu apelido de infância, você deve ser algum amigo meu do passado. – diz Cristine.
— Ora, ora!! Seu amigo de infância, não me faça rir. – O rapaz responde com sarcasmo.
— Eu realmente não sei quem é você ou não estou me lembrando. – diz Cristine.
O rapaz então se aproxima dela, o suficiente para sentir sua respiração e então disse-lhe:
— Você terá tempo para se lembrar quem sou eu...
Então o mesmo arrasta Cristine para sua caminhonete, amarrando seus braços e suas pernas. Em seguida ele sai com o carro em disparada, Cristine desesperada tenta gritar, mais sem sucesso, pois o tal rapaz colocou uma fita em sua boca.
Após algumas horas, o carro para e Cristine percebe que tinha sido vítima de um sequestro, porém não sabia qual era o motivo.
O rapaz então abre a porta e tira Cristine do carro, segurando-a pelas mãos, após retira as amarras dos pés.
O local era isolado, parecia ter sido construído para aquela finalidade, esconder pessoas...
Isso só pode ser pesadelo, disse Cristine para si mesma, estava ela se perguntando que lugar mais estranho que aquele tal rapaza levou.Alguns dias se passaram, e Cristine não conseguia entender o que aquele rapaz pretendia fazer com ela.Então o tal rapaz pede para ela se levantar, para que ele tirasse as amarras de suas pernas e logo pede para ela tomar um banho e vestir um vestido que ele lhe trouxe. O vestido era um pouco diferente do que Cristine costumava
Era madrugada, quando Cristine foi acordada por um ruído bem diferente dos ruídos que sempre ouvia, esse parecia um tanto estranho, Cristine levantou-se bem rápido e olhou através dá fresta dá cabana e viu uma pequena luz e logo começou caminhar em direção dá mesma.Com o coração batendo forte e o olhar fixo no objeto, ela pode notar que o objeto se parecia com o mesmo que ela havia se comunicado com a menina chamada Hilda.Logo ela começou a perguntar: O dia estava quase amanhecendo, quandose ouveum disparo de arma de fogo, o barulho ecoou por toda a residência.Todos assustados permaneceram em seus lugares, mas Cristine foi a única que se atreveu a sair ainda com roupas de dormir, ela dirige-se ao local do disparo, havia muito sangue, mas Cristine não conseguia ver ninguém, olhando de um lado para o outro um murmúrio ela pode ouvir, então indo em direção ao barulho Cristine pensando em ajudar, poderia ter alguém ferido ali.Alguém chegou tão rápido e a segurou com muitaforça...CAPÍTULO IV - Um disparo de arma de fogo no meio da noite
Após algum tempo...Cristine já estava quase se acostumando com aquele lugar, aliás ela já estava há algum tempo lá, já conseguia sobreviver sozinha, para uma jovem isso era motivo de orgulho.Mas a pergunta que não quer calar, onde ela estava? Para onde deveria seguir? Essas e outras perguntas sempre lhe vinham à mente.O lugar onde Cristine passou mais tempo parecia que já havia passado algumas pessoas p
Era dia de ação de graça, todos procuravam fazer algo para ajudar.Cristine queria ajudar também e falou com o padre para ajudar na quermesse, o padre aceitou com alegria.Quando Marcelo se aproximou para falar com Cristine o padre fez o sinal da cruz.Cristine então esperou Marcelo sair de perto e assustada perguntou ao padre qual seria o motivo daquela atitude que ele teve ao ver Marcelo. Estava esquisito, Cristine ouvia murmúrios e não via ninguém, estava escuro e ela não tinha ideia de onde estava.Até que sentiu alguém tocar em seu braço, ela gritou com medo e num instante todos pararam de murmurar.— Quem são vocês? – perguntou ela.Em um instante ela ouviu uma voz conhecida.CAPÍTULO VII - Encontro de Hilda e Cristine
Algum tempo depois Cristine já participava das reuniões, e sua opinião começou chamar à atenção de todos. A referir-se sobre um trabalhador noturno, alguns olhares assustados foram lançados, pois ninguém tinha conhecimento disso.Cristine já sabia que alguém teriadescobrido, até porque eles a olhava com certo mistério, era evidente que toda a riqueza era fruto de mão de obra escrava.Alguma coisa tinha que ser feita, para que tudo terminasse. Alguns dias se passaram, e Cristine já estava cansada de tantas turbulências em sua vida.Olhando para Ricardo ela perguntou:—Você pretende o que exatamente?Ricardo então com um sorriso sarcástico responde:—Eu quero você Cristine.Último capítuloCAPÍTULO IX - Um amor secreto