Depois de recobrar a consciência, Sharon viu o sangue de Penélope manchando suas mãos e um choque percorreu seu corpo ao perceber o que tinha feito.Dominada pelo ódio, ela havia realmente esfaqueado Penélope, buscando vingança pela filha. No entanto, agora, assustada, reconhecia que, apesar do intenso ódio, nunca tivera intenção real de matar a cunhada. O medo a envolveu, temendo seguir os passos da mãe. ‘Eu vou ficar igual a ela?’ Pensou. ‘Não... eu não quero enlouquecer!’ Vendo que Sharon tremia, Simon percebeu o estado de extrema perturbação dela. Imediatamente, ele a envolveu em seus braços, oferecendo conforto: — Não tenha medo. Está tudo bem. Estou aqui com você... — — Simon, eu... sinto muito... — Ela se desculpou, não pela agressão a Penélope, mas por preocupá-lo. — Você nunca precisa se desculpar comigo. — — Simon... eu não quero ser assim. Não quero ser como minha mãe. — O medo a consumia. O olhar de Simon escureceu ao ouvir suas palavras. Então, ele apoiou o
No dia seguinte, Penélope insistiu em receber alta do hospital, decidida a retornar para mansão Zachary com Diana e a filha de Simon e Sharon. — Sabe o que fazer, não é? — Perguntou Penélope a Diana quando chegaram à mansão. Diana segurava nos braços a adorável bebê recém-nascida de Sharon e planejava, à mando de Penélope, revelar a todos que a criança era fruto da relação entre ela e Simon.Apesar da ansiedade em fazer tal coisa, Diana pensava na mãe doente que precisava de dinheiro para um tratamento e concordou em correr o risco. — Sim, eu sei. — Respondeu Diana, abaixando a cabeça. — Você precisa abordar o Presidente Zachary com uma expressão lamentável no rosto. Precisa ser convincente! — Penélope estava confiante de que Sharon iria embora desta vez. Simon estava com Sharon na sala quando o mordomo informou que a irmã dele retornava para casa. ‘Ela ainda deveria estar internada. Por que está voltando pra casa tão precocemente?’ Algum tempo depois, Penélope foi empurra
Ao observar a menina, Sharon notou seu rosto pequeno com bochechas coradas, cílios curvados e um nariz delicado. Enquanto a criança dormia profundamente, ela notou que as características faciais dela lembravam muito as de Simon e, de alguma forma, um sentimento de afeição surgiu dentro dela ao ver a bebê. Ela sentia o desejo de amar e cuidar daquela menina. Será que essa conexão emocional estava relacionada à recente perda da própria filha? Se aquela menina realmente fosse filha de Simon e Diana, Sharon achava que seria difícil aceitá-la. No entanto, surpreendentemente, ela permaneceu excepcionalmente calma e até sentiu vontade de se aproximar da criança. — Você não vai dar uma olhada nela? — Sharon se voltou para Simon. Uma expressão rígida dominava o rosto do magnata, afinal, ele tinha certeza de que aquela criança não era sua, e por isso, evitou encará-la. — Não. — Ele rejeitou imediatamente. — Simon, como você pode tratar sua própria filha assim? Mesmo que Diana seja a
— Eu não vou machucar a bebê. Só a quero ver de novo. — Sharon afirmou, com veemência. — Já está tarde. É melhor você descansar. Você pode ver ela amanhã, depois que saírem os resultados do teste de paternidade. — Sharon também estranhou as próprias ações. A bebê não era sua, então por que estava tão emocionalmente ligada a ela? Mas, eventualmente, ela concordou: — Está bem. — Aquela noite, ela não dormiu bem, sonhando mais uma vez com a filha que havia perdido. No dia seguinte, Claude entregou pessoalmente os resultados do teste de paternidade na mansão Zachary, e todos se reuniram enquanto Simon recebia os resultados. Todos aguardavam sua reação. Sharon estava notavelmente calma. Penélope lançava olhares frios e zombeteiros, enquanto Diana, segurando a criança, parecia abatida e impotente. Simon analisou o relatório do teste de paternidade e o resultado surpreendeu a todos. Ele inicialmente pensou que a criança não era sua, mas o teste confirmou que era. — Você acompa
Simon observava Sharon com perplexidade, sem compreender como ela conseguia manter tanta serenidade diante de tudo aquilo que acontecia. Será que ela não se importava? — O que sugere então!? — Sharon desviou o olhar, evitando encontrar os olhos dele — Ela é sua filha. Você precisa assumir a responsabilidade! Quer que ela se torne uma sem-teto!? — — Está bem, vou assumir a paternidade. Mas, vou encontrar outro lugar para Diana. A partir de agora, aquela bebê será nossa filha! — Declarou ele, decidido a seguir o conselho de Sharon, na esperança de acalmá-la. — Não fale tolices. Como ela pode ser nossa filha? Ela já tem uma mãe! Separá-la seria cruel, tanto para a criança quanto para Diana! — — Então o que quer que eu faça? Reconheça as duas? — Apesar de normalmente ter um temperamento equilibrado, Simon havia atingido o limite de sua paciência. A forma como Sharon falava parecia estar o empurrando em direção a outra mulher. Após um breve silêncio, Sharon finalmente cedeu: — S
Penélope admitiu, inventando uma história: — Uma vez, eu droguei sua comida e, enquanto você estava inconsciente, pedi a um médico para coletar seu sêmen. Foi isso mesmo o que fiz. — Disse ela. Simon ficou indignado: — Como você se atreveu!? — Embora não tivesse dormido com Diana, sua irmã havia engravidado Diana usando o seu esperma. — Estou fazendo isso pelo bem da família Zachary. Sharon não consegue ter uma criança saudável e você não está disposto a engravidar outra mulher. Eu não tive escolha senão encontrar outra pessoa para dar à luz o seu filho. Pelo menos, agora há mais uma criança na família Zachary! — Explicou Penélope, ciente de como o irmão reagiria. — Isso é um absurdo! Posso reconhecer a criança, mas não tenho obrigação alguma com Diana e não pretendo assumir responsabilidade por ela. Em algum momento, vou fazê-la ir embora! — Declarou Simon, indiferente aos benefícios que a irmã poderia ter concedido a Diana. Ele só queria uma mulher em sua vida e não reconhe
Sharon não se preocupou com a mancha na blusa e, ao ver Diana pegando a criança de volta às pressas, ela disse:— Por favor, não a alimente muito. Ela ainda é pequena e não consegue digerir bem... —Diana, ansiosa, respondeu: — Eu... Vou fazer questão de prestar atenção. — Ela parecia uma intrusa diante dela, como se fosse uma amante confrontando a verdadeira dama da casa. Consciente da inexperiência de Diana como mãe de primeira viagem, Sharon sugeriu a Simon: — Diana não está pronta para cuidar da criança sozinha. Seria prudente contratar uma babá experiente... — Simon, esperando que Sharon expressasse descontentamento, ficou surpreso quando ela lhe sugeriu contratar uma babá. Ele se perguntou se ela realmente não se importava com Diana e a criança. Então, uma expressão pesada se instalou em seu rosto enquanto ele respondia friamente: — A responsabilidade é minha. Eu cuidarei disso. — Sharon percebeu a expressão sombria de Simon e queria dizer algo, mas optou por não f
Simon fixou o olhar de forma penetrante em Sharon. Nem mesmo o filho deles poderia compreender ou aceitar tal situação. Como poderia ela? Com as mãos cerradas em punhos sobre a mesa, Sharon finalmente falou após um longo momento de silêncio: — Por que ele não poderia fazer isso? Eu não fui capaz de dar uma filha saudável. Por que deveria impedir que ele tenha um filho com outra pessoa!? — Pronunciar cada uma daquelas palavra era uma agonia para ela. Simon continuou encarando-a intensamente. Ele entendia agora por que ela não demonstrara preocupação com Diana e a criança. — É isso que você realmente pensa!? — A expressão dele permanecia séria. A atitude de Sharon o deixou perplexo. Ele não esperava que ela reagisse assim.Sebastian estava do lado da mãe e achava injusto o que ela passava. Ele não queria uma meia-irmã com uma mãe diferente: — Você pode permitir que ele faça isso, mas eu não! — Então, olhou para o pai com toda a sua aversão — Não quero uma irmã que não seja min