Ao observar a menina, Sharon notou seu rosto pequeno com bochechas coradas, cílios curvados e um nariz delicado. Enquanto a criança dormia profundamente, ela notou que as características faciais dela lembravam muito as de Simon e, de alguma forma, um sentimento de afeição surgiu dentro dela ao ver a bebê. Ela sentia o desejo de amar e cuidar daquela menina. Será que essa conexão emocional estava relacionada à recente perda da própria filha? Se aquela menina realmente fosse filha de Simon e Diana, Sharon achava que seria difícil aceitá-la. No entanto, surpreendentemente, ela permaneceu excepcionalmente calma e até sentiu vontade de se aproximar da criança. — Você não vai dar uma olhada nela? — Sharon se voltou para Simon. Uma expressão rígida dominava o rosto do magnata, afinal, ele tinha certeza de que aquela criança não era sua, e por isso, evitou encará-la. — Não. — Ele rejeitou imediatamente. — Simon, como você pode tratar sua própria filha assim? Mesmo que Diana seja a
— Eu não vou machucar a bebê. Só a quero ver de novo. — Sharon afirmou, com veemência. — Já está tarde. É melhor você descansar. Você pode ver ela amanhã, depois que saírem os resultados do teste de paternidade. — Sharon também estranhou as próprias ações. A bebê não era sua, então por que estava tão emocionalmente ligada a ela? Mas, eventualmente, ela concordou: — Está bem. — Aquela noite, ela não dormiu bem, sonhando mais uma vez com a filha que havia perdido. No dia seguinte, Claude entregou pessoalmente os resultados do teste de paternidade na mansão Zachary, e todos se reuniram enquanto Simon recebia os resultados. Todos aguardavam sua reação. Sharon estava notavelmente calma. Penélope lançava olhares frios e zombeteiros, enquanto Diana, segurando a criança, parecia abatida e impotente. Simon analisou o relatório do teste de paternidade e o resultado surpreendeu a todos. Ele inicialmente pensou que a criança não era sua, mas o teste confirmou que era. — Você acompa
Simon observava Sharon com perplexidade, sem compreender como ela conseguia manter tanta serenidade diante de tudo aquilo que acontecia. Será que ela não se importava? — O que sugere então!? — Sharon desviou o olhar, evitando encontrar os olhos dele — Ela é sua filha. Você precisa assumir a responsabilidade! Quer que ela se torne uma sem-teto!? — — Está bem, vou assumir a paternidade. Mas, vou encontrar outro lugar para Diana. A partir de agora, aquela bebê será nossa filha! — Declarou ele, decidido a seguir o conselho de Sharon, na esperança de acalmá-la. — Não fale tolices. Como ela pode ser nossa filha? Ela já tem uma mãe! Separá-la seria cruel, tanto para a criança quanto para Diana! — — Então o que quer que eu faça? Reconheça as duas? — Apesar de normalmente ter um temperamento equilibrado, Simon havia atingido o limite de sua paciência. A forma como Sharon falava parecia estar o empurrando em direção a outra mulher. Após um breve silêncio, Sharon finalmente cedeu: — S
Penélope admitiu, inventando uma história: — Uma vez, eu droguei sua comida e, enquanto você estava inconsciente, pedi a um médico para coletar seu sêmen. Foi isso mesmo o que fiz. — Disse ela. Simon ficou indignado: — Como você se atreveu!? — Embora não tivesse dormido com Diana, sua irmã havia engravidado Diana usando o seu esperma. — Estou fazendo isso pelo bem da família Zachary. Sharon não consegue ter uma criança saudável e você não está disposto a engravidar outra mulher. Eu não tive escolha senão encontrar outra pessoa para dar à luz o seu filho. Pelo menos, agora há mais uma criança na família Zachary! — Explicou Penélope, ciente de como o irmão reagiria. — Isso é um absurdo! Posso reconhecer a criança, mas não tenho obrigação alguma com Diana e não pretendo assumir responsabilidade por ela. Em algum momento, vou fazê-la ir embora! — Declarou Simon, indiferente aos benefícios que a irmã poderia ter concedido a Diana. Ele só queria uma mulher em sua vida e não reconhe
Sharon não se preocupou com a mancha na blusa e, ao ver Diana pegando a criança de volta às pressas, ela disse:— Por favor, não a alimente muito. Ela ainda é pequena e não consegue digerir bem... —Diana, ansiosa, respondeu: — Eu... Vou fazer questão de prestar atenção. — Ela parecia uma intrusa diante dela, como se fosse uma amante confrontando a verdadeira dama da casa. Consciente da inexperiência de Diana como mãe de primeira viagem, Sharon sugeriu a Simon: — Diana não está pronta para cuidar da criança sozinha. Seria prudente contratar uma babá experiente... — Simon, esperando que Sharon expressasse descontentamento, ficou surpreso quando ela lhe sugeriu contratar uma babá. Ele se perguntou se ela realmente não se importava com Diana e a criança. Então, uma expressão pesada se instalou em seu rosto enquanto ele respondia friamente: — A responsabilidade é minha. Eu cuidarei disso. — Sharon percebeu a expressão sombria de Simon e queria dizer algo, mas optou por não f
Simon fixou o olhar de forma penetrante em Sharon. Nem mesmo o filho deles poderia compreender ou aceitar tal situação. Como poderia ela? Com as mãos cerradas em punhos sobre a mesa, Sharon finalmente falou após um longo momento de silêncio: — Por que ele não poderia fazer isso? Eu não fui capaz de dar uma filha saudável. Por que deveria impedir que ele tenha um filho com outra pessoa!? — Pronunciar cada uma daquelas palavra era uma agonia para ela. Simon continuou encarando-a intensamente. Ele entendia agora por que ela não demonstrara preocupação com Diana e a criança. — É isso que você realmente pensa!? — A expressão dele permanecia séria. A atitude de Sharon o deixou perplexo. Ele não esperava que ela reagisse assim.Sebastian estava do lado da mãe e achava injusto o que ela passava. Ele não queria uma meia-irmã com uma mãe diferente: — Você pode permitir que ele faça isso, mas eu não! — Então, olhou para o pai com toda a sua aversão — Não quero uma irmã que não seja min
— O que foi que você disse? Você está disposto a me deixar ir embora? — Sharon ficou surpresa, pensando que talvez tivesse entendido errado. Simon a encarou com um olhar sombrio, mais sério do que nunca: — Você ouviu corretamente. Estou disposto a deixar você ir, mas com uma condição: Estou te dando um mês. Durante esse tempo, pode ir para onde quiser, mas deve retornar depois de um mês. Caso contrário, irei buscá-la pessoalmente. — Ele percebia o amargor em seus olhos e ponderou se uma mudança de cenário poderia ajudá-la a melhorar. Sharon o encarou, sem palavras. A intenção dela não era apenas deixar aquele lugar, mas também se afastar dele. Sua confiança em si mesma estava abalada e ela temia que suas emoções continuassem se deteriorando.No entanto, parecia que ele conseguia ler seus pensamentos. O magnata segurou a mão dela e sussurrou: — Concederei esse tempo a você, mas não ouse ir embora de vez. Lembre-se que prometeu nunca me deixar. — Sharon hesitou. Ela realmente
Com dificuldade, Sharon se desvencilhou do beijo apaixonado de Simon. Seus lábios estavam rubros e repletos de desejo, mas ela sabia que precisava partir. — Ainda tenho que correr para o aeroporto... — Murmurou ela, com voz baixa. Simon fixou os olhos escuros no rosto corado dela e, com a voz levemente rouca perguntou: — Você realmente vai embora? Vai mesmo me deixar? — Embora fosse ele quem a aconselhara a sair e espairecer, era também o único que não conseguia suportar vê-la partir. — Sim... — Afirmou Sharon, determinada a seguir em frente. Ela acenou com a cabeça e acrescentou — Mas, espere por mim, eu voltarei. — Então, se despediu com um beijo na testa dele. ... O avião decolou, levando Sharon para longe de Simon. Ao chegar à academia onde aprendera a criar fragrâncias, procurou seu professor, Ceylon Frank, com quem não se encontrava há muito tempo. — Você chegou na hora certa. Estou liderando uma equipe para desenvolver uma fragrância que ajude a aliviar a ansiedade