— O que foi que você disse? Você está disposto a me deixar ir embora? — Sharon ficou surpresa, pensando que talvez tivesse entendido errado. Simon a encarou com um olhar sombrio, mais sério do que nunca: — Você ouviu corretamente. Estou disposto a deixar você ir, mas com uma condição: Estou te dando um mês. Durante esse tempo, pode ir para onde quiser, mas deve retornar depois de um mês. Caso contrário, irei buscá-la pessoalmente. — Ele percebia o amargor em seus olhos e ponderou se uma mudança de cenário poderia ajudá-la a melhorar. Sharon o encarou, sem palavras. A intenção dela não era apenas deixar aquele lugar, mas também se afastar dele. Sua confiança em si mesma estava abalada e ela temia que suas emoções continuassem se deteriorando.No entanto, parecia que ele conseguia ler seus pensamentos. O magnata segurou a mão dela e sussurrou: — Concederei esse tempo a você, mas não ouse ir embora de vez. Lembre-se que prometeu nunca me deixar. — Sharon hesitou. Ela realmente
Com dificuldade, Sharon se desvencilhou do beijo apaixonado de Simon. Seus lábios estavam rubros e repletos de desejo, mas ela sabia que precisava partir. — Ainda tenho que correr para o aeroporto... — Murmurou ela, com voz baixa. Simon fixou os olhos escuros no rosto corado dela e, com a voz levemente rouca perguntou: — Você realmente vai embora? Vai mesmo me deixar? — Embora fosse ele quem a aconselhara a sair e espairecer, era também o único que não conseguia suportar vê-la partir. — Sim... — Afirmou Sharon, determinada a seguir em frente. Ela acenou com a cabeça e acrescentou — Mas, espere por mim, eu voltarei. — Então, se despediu com um beijo na testa dele. ... O avião decolou, levando Sharon para longe de Simon. Ao chegar à academia onde aprendera a criar fragrâncias, procurou seu professor, Ceylon Frank, com quem não se encontrava há muito tempo. — Você chegou na hora certa. Estou liderando uma equipe para desenvolver uma fragrância que ajude a aliviar a ansiedade
— Mãe, como você está se sentindo? — Ceylon apertou firmemente a mão da mãe, seu rosto denunciava uma ansiedade palpável. A idosa lutava para respirar, ofegando e falando com grande dificuldade: — Sinto que Deus está me chamando, meu filho... Não fique triste... Isso estava destinado a acontecer cedo ou tarde. Para mim, é o fim do meu sofrimento... — — Mãe... — Ceylon segurava a mão dela com força, tão devastado a ponto de ficar sem palavras. A idosa tentou sorrir para ele: — Meu único arrependimento... é não ter conseguido te ver casar... — Seus olhos se fixaram em Sharon, que estava atrás dele — Ela é sua namorada? — Os olhos da idosa brilharam. Sharon queria esclarecer as coisas, mas Ceylon a puxou de repente e, na frente da mãe, admitiu: — Sim, ela é minha namorada. Eu deveria tê-la trazido para vê-la há muito tempo. — A idosa ficou encantada: — Que linda... Está tudo bem... Estou muito feliz em poder conhecer essa linda mulher... Assim, não terei muitos arrependi
Mais tarde, a mãe de Ceylon foi sepultada no cemitério, onde repousaria eternamente. Todos os outros partiram, deixando Sharon e Ceylon sozinhos diante da lápide. Ceylon fixou o olhar na sepultura da mãe, relutante em se afastar. Um semblante desolado marcava seu rosto e Sharon se viu incapaz de consolá-lo. Então, apenas o acompanhou em silêncio. — Nunca cheguei a contar a você que minha mãe era uma mãe solteira. Ela me criou sozinha... — Ceylon compartilhou de repente sobre seu passado. Sharon apenas o escutou em silêncio. — À medida que envelheci, não a decepcionei... Tive uma carreira bem-sucedida, mas passei cada vez menos tempo com ela. Ela nunca reclamou, mas eu sabia que desejava que eu estivesse mais em casa. Estava tão envolvido com o trabalho que a negligenciei. — Ele se culpou ao relatar isso — Só percebi o quão pouco tempo passava com ela quando ela adoeceu. Por isso, é vital valorizar as pessoas ao redor, Sharon. Esteja presente quando puder. Do contrário, você vai
Quando Simon chegou ao hospital, encontrou Diana e a babá, dona York, lá com Bonnie. Os olhos de Diana brilharam ao ver o homem alto e bonito diante dela. Então, ela o saudou com delicadeza: — Senhor Zachary... — Ela se sentiu um pouco acanhada. Simon não se concentrou na expressão dela. Sua preocupação estava apenas na criança: — Como está a menina? — Ele perguntou. — O médico ainda a está examinando. — Diana sentiu o ar frio que ele exalava e instintivamente recuou um passo. Simon dirigiu-se ao médico, que estava examinando a bebê. Bonnie estava vermelha devido à febre e ele sentiu pena dela. — A criança está com febre alta e coriza. Parece estar doente devido à mudança de estação. Você não tem cuidado bem dela? O clima está esfriando, mas a vestiu com roupas tão finas... — Disse o médico enquanto examinava a criança. Então, uma expressão séria surgiu em seu rosto enquanto ele olhava severamente para Diana e dona York e as questionava — Como vocês duas têm cuidado da cria
Simon sentou-se ao lado, observando Bonnie atentamente, aguardando qualquer sinal de melhora na condição dela. Entretanto, Bonnie começou a chorar novamente, indicando que talvez não estivesse pronta para dormir ou que estivesse desconfortável devido à doença. Apesar dos esforços de Diana e dona York para acalmá-la, o choro persistia. Preocupado, Simon levantou-se, franzindo a testa:— Ela está sentindo dor? Será que devemos chamar o médico? — Simon perguntou.Dona York, também sem saber o que fazer, concordou:— Acho que seria prudente chamar o médico para examiná-la. Vou cuidar disso. — Decidiu e colocou a criança nos braços de Simon. — Senhor Zachary, como pai dela, talvez deva segurá-la. Quem sabe isso a acalme. —Embora nunca tivesse considerado ter um filho com Diana, Simon reconheceu a inocência de Bonnie e o laço de sangue que os unia. Estendendo os braços, ele a segurou, sentindo uma onda de paternalismo o envolver. Enquanto segurava a menina, pequena e fofinha, uma sensaç
O elegante Maybach preto deslizou pela estrada em direção à mansão Zachary. Enquanto o céu gradualmente escurecia, Simon fechou os olhos por alguns segundos, buscando um momento de descanso, já que, finalmente, a bebê adormeceu. O trajeto transcorreu em completo silêncio, tão quieto que parecia quase intimidante. De repente, um carro surgiu na direção oposta, com os faróis brilhando como olhos de um leopardo ágil, lançando sua luz diretamente sobre eles. Isso fez com que Simon despertasse instantaneamente, seus olhos se abriram como os de um falcão alerta. ‘O que está acontecendo!?’ Pensou, sentindo como se o carro adversário tivesse caído do céu como um demônio prestes a colidir com eles em alta velocidade. O motorista, não percebeu o veículo se aproximando a tempo de reagir. Mas, instintivamente, girou o volante, tentando desviar do carro em rota de colisão. Simon imediatamente se preocupou com a segurança da filha: — Proteja a bebê! — Ordenou a Diana. Diana, vendo os carro
Simon semicerrou os olhos, cujo brilho frio denotava sua intensidade. Seu rosto estava tão rígido que ele não emitiu sequer uma palavra. Após atender à chamada, Robert informou ao magnata: — Acabei de receber a notícia. Nossa equipe avistou aquele carro em um terreno baldio na região sul. O motorista fugiu. — Simon, que permanecera em silêncio até então, finalmente falou com tranquilidade: — Não precisamos nos apressar. Se estão tentando me capturar, certamente farão outro movimento após este fracasso. Temos apenas que aguardar para ver. — — Eu vou protegê-lo o dia todo. — Disse Claude, prontamente. Simon, sem demonstrar ansiedade, apenas bateu no ombro de Claude, dizendo: — O inimigo já revelou suas intenções. Acredito que não farão outro movimento por enquanto. — Dona York pegou a bebê, ainda chorando, e foi até Simon, visivelmente aflita, sem saber o que fazer: — Senhor Zachary, a pequena senhorita Bonnie continua chorando. Consultamos o médico e não há febre. O q