— Cale essa maldita boca! — Simon gritou para a irmã, com os olhos preenchidos por um brilho assassino. Penélope ficou perplexa, incapaz de articular qualquer palavra. A enfermeira correu para fora, comunicando apressadamente: — As coisas estão piorando, doutor. A mãe está em estado crítico. Por favor, retorne! — O médico limpou o suor da testa, e disse, com urgência: — Presidente Zachary, tome sua decisão imediatamente. Caso contrário, tanto a mãe quanto a criança não sobreviverão. — As mãos de Simon tremiam enquanto mantinha o colarinho do médico firmemente. Seu corpo imponente começou a tremer também. Consciente do quanto Sharon se importava com a criança, ele temia a ideia de ela perder o bebê. Contudo, seu amor por ela era tão profundo que a vida sem Sharon era impensável. Finalmente, ele se viu obrigado a fazer uma escolha difícil: — Mantenha a mãe viva! Mantenha-a viva! — Rugiu com angústia pela perda do filho. O médico assentiu e voltou imediatamente para a s
— Claude, peça à sua mulher que se contenha se não tiver algo mais apropriado para dizer! — Exclamou Simon, com severidade. Ele não tinha a intenção de revelar a Sharon que haviam perdido o filho. Sua intenção era comunicar a triste notícia somente depois que ela se recuperasse. No entanto, Candace expôs tudo assim que chegou, o que o deixou terrivelmente enfurecido. Candace nunca tinha visto Simon daquela maneira antes. Ele emanava uma hostilidade intensa e parecia uma fera monstruosa pronta para despedaçar alguém a qualquer momento. Instintivamente, ela deu um passo para trás, apoiando-se em Claude com receio, sem compreender o que havia dito de errado. Claude, apesar de se sentir extremamente culpado, também era leal à Candace e, determinado a protegê-la, envolveu-a em seus braços e declarou: — Candace não sabe de nada do que está acontecendo aqui. Não a responsabilize. Eu suportarei as consequências de tudo o que ocorreu. — — Você suportará as consequências!? — Perguntou
Simon observou Sharon com compaixão, surpreendendo-se com a intensidade do ódio selvagem refletido em seus olhos. Era evidente que a perda da filha a havia desorientado a ponto de perder o controle sobre suas ações e palavras. Simon sabia que não podia simplesmente deixá-la sozinha, consciente de que isso resultaria em mais danos para ela. — Eu cuidarei disso. Você precisa descansar agora, Shar. Por favor! — Simon começou a sentir o pânico crescer em seu coração. Sharon, ao perceber que ele relutava em tomar medidas drásticas contra Penélope, reagiu empurrando-o com força e gritando: — Eu sei que ela é sua irmã! É por isso que você não pode fazer nada com ela. Está tudo bem... Deixe-me fazer isso. Eu mesma vou acabar com ela! — Determinada, Sharon arrancou a agulha do soro da mão, decidida a confrontar Penélope. Simon a abraçou firmemente, por trás, para tentar impedi-la de se levantar: — Shar, por favor... não faça isso... Eu prometo a você que farei minha irmã pagar pelo qu
As palavras de Eugene provocaram uma transformação sombria no olhar de Simon. Ele resistiu ao soco, mas era impossível para ele se separar de Sharon. Eugene solicitou a Wyatt que trouxesse alguns homens, pois desejava levar Sharon embora, imediatamente. O comportamento maníaco de Sharon o deixou profundamente preocupado, temendo que ela seguisse pelo mesmo caminho que a mãe deles. Portanto, não permitiria que Simon bagunçasse suas emoções novamente. Simon, sentado na cadeira de rodas diante da cama de Sharon, falou: — Toque nela se tiver coragem. — Desafiou a todos, encarando friamente os homens. Ninguém tinha autorização para separá-los. Eugene, indignado, perguntou a Simon: — Você não a machucou o suficiente!? Está disposto a deixá-la ir apenas depois de levá-la à loucura? — Simon defendeu-se, afirmando: — Eu não vou machucar ela! Ela só não consegue suportar a dor de perder nossa filha. Como posso deixá-la ir? — Com uma expressão séria, Eugene advertiu: — É melhor
— Você tem a opção de sair daqui com seus homens ou levar um tiro. A escolha é sua. — Simon não queria mais perder tempo conversando com Eugene. Eugene nunca havia temido Simon. — Quero ver se realmente vai atirar em mim! — Desafiou Eugene — Saia agora! — Ele gritou para Wyatt e os outros. Ele mesmo levaria a irmã de volta para casa. — Presidente Eugene, você não pode ir até lá. Eu irei! — Disse Wyatt, urgentemente. — Vá embora! É uma ordem! — Eugene empurrou Wyatt e se aproximou da cama de Sharon. Simon apontou a arma para ele, pronto para atirar a qualquer momento. Independentemente de Sharon culpá-lo mais tarde, ele certamente abriria fogo se Eugene insistisse em levar a irmã. Eugene se aproximava cada vez mais, e Simon estava prestes a puxar o gatilho. Foi quando Sharon, que estava dormindo, acordou repentinamente. Ao abrir os olhos, viu Simon e Eugene em confronto. Ela franziu a testa, confusa e perguntou: — O que está acontecendo? Por que ele está apontando uma arma
Sharon insistiu em retornar à mansão Zachary, e embora Simon conseguisse intuir suas razões, impedi-la tornava-se uma tarefa árdua para ele. — Shar, seria mais sensato voltar para a mansão Newton comigo. Por que deseja voltar para a mansão Zachary? Eles nunca a trataram como parte da família... — Argumentou Eugene, perplexo com a aparente falta de discernimento dela. — Não é necessário. — Simon interveio, temendo que Sharon escolhesse a mansão Newton — Ela voltará para a mansão Zachary comigo, imediatamente. — Eugene, visivelmente preocupado, fitou Sharon com severidade e perguntou: — Você realmente vai com ele? — Ele ficou aliviado ao notar que ela estava mais calma, entretanto, a preocupação persistia, pois testemunhara como ela perdera recentemente a capacidade de raciocínio, num comportamento semelhante à loucura que a mãe deles manifestara anos atrás. Isso, definitivamente, aumentava a apreensão de Eugene. Sharon olhou para Simon e lembrou: — Você prometeu me levar de
Sharon permaneceu imóvel, deitada na cama, em silêncio, olhando para a janela, sem piscar. Ela só estava passando por aquela situação devido à confiança excessiva em Simon, e isso resultou na perda de sua filha. Ao pensar na filha, lágrimas escorreram dos cantos de seus olhos, caindo no travesseiro e formando uma mancha úmida. Como ela não nutriria ressentimento por Penélope Zachary? Penélope avistou Simon descendo as escadas e o interpelou com raiva: — Venha aqui, agora mesmo! — Simon percebeu que ela o aguardava e se aproximou em passos regulares, dizendo: — Também tenho algo a dizer. — — Eu falarei primeiro! — Afirmou Penélope, cruzando os braços com a autoridade de uma irmã mais velha. Então, perguntou — Por quanto tempo ela vai ficar na mansão Zachary!? — Ela queria que Sharon deixasse a casa imediatamente. — Ela pode ficar o tempo que quiser. — Respondeu Simon. Penélope o encarou severamente e replicou: — Em seus sonhos! Não permitirei que ela fique aqui! — —
— Seu maldito... — Penélope nunca experimentara tanta fúria em toda a sua vida. Seu nível de estresse aumentou instantaneamente e, segurando a cabeça entre as mãos, ela sentiu uma vertigem avassaladora. Então, acomodou-se no sofá, prestes a desmaiar — Tudo bem, posso me mudar para o prédio próximo ao pátio, e você pode cortar laços comigo, mas Sharon não pode ocupar a mansão Zachary ou tornar-se a proprietária enquanto eu ainda estiver viva! — Ela gritou, enfurecida. Depois de ter alertado Simon, uma empregada veio em seu auxílio. Enquanto Penélope saía, Simon falou: — É melhor você não fazer nada com Shar. Caso contrário, não me culpe por desconsiderar nosso relacionamento e acabar com sua vida. — As costas de Penélope se enrijeceram. Então, ela se virou para lançar um olhar furioso e magoado: — Hahaha... Está certo, você é verdadeiramente desprezível! Criei um ingrato! — Se soubesse que as coisas chegariam a esse ponto, não teria se preocupado em cuidar dele após a morte da