Simon observou Sharon com compaixão, surpreendendo-se com a intensidade do ódio selvagem refletido em seus olhos. Era evidente que a perda da filha a havia desorientado a ponto de perder o controle sobre suas ações e palavras. Simon sabia que não podia simplesmente deixá-la sozinha, consciente de que isso resultaria em mais danos para ela. — Eu cuidarei disso. Você precisa descansar agora, Shar. Por favor! — Simon começou a sentir o pânico crescer em seu coração. Sharon, ao perceber que ele relutava em tomar medidas drásticas contra Penélope, reagiu empurrando-o com força e gritando: — Eu sei que ela é sua irmã! É por isso que você não pode fazer nada com ela. Está tudo bem... Deixe-me fazer isso. Eu mesma vou acabar com ela! — Determinada, Sharon arrancou a agulha do soro da mão, decidida a confrontar Penélope. Simon a abraçou firmemente, por trás, para tentar impedi-la de se levantar: — Shar, por favor... não faça isso... Eu prometo a você que farei minha irmã pagar pelo qu
As palavras de Eugene provocaram uma transformação sombria no olhar de Simon. Ele resistiu ao soco, mas era impossível para ele se separar de Sharon. Eugene solicitou a Wyatt que trouxesse alguns homens, pois desejava levar Sharon embora, imediatamente. O comportamento maníaco de Sharon o deixou profundamente preocupado, temendo que ela seguisse pelo mesmo caminho que a mãe deles. Portanto, não permitiria que Simon bagunçasse suas emoções novamente. Simon, sentado na cadeira de rodas diante da cama de Sharon, falou: — Toque nela se tiver coragem. — Desafiou a todos, encarando friamente os homens. Ninguém tinha autorização para separá-los. Eugene, indignado, perguntou a Simon: — Você não a machucou o suficiente!? Está disposto a deixá-la ir apenas depois de levá-la à loucura? — Simon defendeu-se, afirmando: — Eu não vou machucar ela! Ela só não consegue suportar a dor de perder nossa filha. Como posso deixá-la ir? — Com uma expressão séria, Eugene advertiu: — É melhor
— Você tem a opção de sair daqui com seus homens ou levar um tiro. A escolha é sua. — Simon não queria mais perder tempo conversando com Eugene. Eugene nunca havia temido Simon. — Quero ver se realmente vai atirar em mim! — Desafiou Eugene — Saia agora! — Ele gritou para Wyatt e os outros. Ele mesmo levaria a irmã de volta para casa. — Presidente Eugene, você não pode ir até lá. Eu irei! — Disse Wyatt, urgentemente. — Vá embora! É uma ordem! — Eugene empurrou Wyatt e se aproximou da cama de Sharon. Simon apontou a arma para ele, pronto para atirar a qualquer momento. Independentemente de Sharon culpá-lo mais tarde, ele certamente abriria fogo se Eugene insistisse em levar a irmã. Eugene se aproximava cada vez mais, e Simon estava prestes a puxar o gatilho. Foi quando Sharon, que estava dormindo, acordou repentinamente. Ao abrir os olhos, viu Simon e Eugene em confronto. Ela franziu a testa, confusa e perguntou: — O que está acontecendo? Por que ele está apontando uma arma
Sharon insistiu em retornar à mansão Zachary, e embora Simon conseguisse intuir suas razões, impedi-la tornava-se uma tarefa árdua para ele. — Shar, seria mais sensato voltar para a mansão Newton comigo. Por que deseja voltar para a mansão Zachary? Eles nunca a trataram como parte da família... — Argumentou Eugene, perplexo com a aparente falta de discernimento dela. — Não é necessário. — Simon interveio, temendo que Sharon escolhesse a mansão Newton — Ela voltará para a mansão Zachary comigo, imediatamente. — Eugene, visivelmente preocupado, fitou Sharon com severidade e perguntou: — Você realmente vai com ele? — Ele ficou aliviado ao notar que ela estava mais calma, entretanto, a preocupação persistia, pois testemunhara como ela perdera recentemente a capacidade de raciocínio, num comportamento semelhante à loucura que a mãe deles manifestara anos atrás. Isso, definitivamente, aumentava a apreensão de Eugene. Sharon olhou para Simon e lembrou: — Você prometeu me levar de
Sharon permaneceu imóvel, deitada na cama, em silêncio, olhando para a janela, sem piscar. Ela só estava passando por aquela situação devido à confiança excessiva em Simon, e isso resultou na perda de sua filha. Ao pensar na filha, lágrimas escorreram dos cantos de seus olhos, caindo no travesseiro e formando uma mancha úmida. Como ela não nutriria ressentimento por Penélope Zachary? Penélope avistou Simon descendo as escadas e o interpelou com raiva: — Venha aqui, agora mesmo! — Simon percebeu que ela o aguardava e se aproximou em passos regulares, dizendo: — Também tenho algo a dizer. — — Eu falarei primeiro! — Afirmou Penélope, cruzando os braços com a autoridade de uma irmã mais velha. Então, perguntou — Por quanto tempo ela vai ficar na mansão Zachary!? — Ela queria que Sharon deixasse a casa imediatamente. — Ela pode ficar o tempo que quiser. — Respondeu Simon. Penélope o encarou severamente e replicou: — Em seus sonhos! Não permitirei que ela fique aqui! — —
— Seu maldito... — Penélope nunca experimentara tanta fúria em toda a sua vida. Seu nível de estresse aumentou instantaneamente e, segurando a cabeça entre as mãos, ela sentiu uma vertigem avassaladora. Então, acomodou-se no sofá, prestes a desmaiar — Tudo bem, posso me mudar para o prédio próximo ao pátio, e você pode cortar laços comigo, mas Sharon não pode ocupar a mansão Zachary ou tornar-se a proprietária enquanto eu ainda estiver viva! — Ela gritou, enfurecida. Depois de ter alertado Simon, uma empregada veio em seu auxílio. Enquanto Penélope saía, Simon falou: — É melhor você não fazer nada com Shar. Caso contrário, não me culpe por desconsiderar nosso relacionamento e acabar com sua vida. — As costas de Penélope se enrijeceram. Então, ela se virou para lançar um olhar furioso e magoado: — Hahaha... Está certo, você é verdadeiramente desprezível! Criei um ingrato! — Se soubesse que as coisas chegariam a esse ponto, não teria se preocupado em cuidar dele após a morte da
O médico alegou que a bebê de Sharon estava morta, mas era tudo uma farsa. Penélope o subornou para dizer a Simon que a criança havia morrido, enquanto secretamente levava o bebê para outro local. A criança não estava morta e, embora frágil, era considerada saudável. Inicialmente, Penélope planejava matar a criança, mas, como ela era saudável e tinha o sangue de Simon, decidiu permitir que a criança vivesse. No entanto, a menina não poderia chamar Sharon de mãe. Depois de ponderar sobre o assunto, Penélope instruiu a empregada que estava ao lado: — Procure Diana. Quero encontrar uma mãe para a criança. — A empregada não compreendeu totalmente as intenções de Penélope, mas seguiu suas ordens e procurou por Diana. Penélope olhou para a árvore do lado de fora da janela. Desta vez, seu desejo era que Sharon desistisse de Simon de uma vez por todas. Simon interrompeu suas atividades por uma semana para ficar em casa com Sharon, que passava por momentos difíceis após a suposta perda
O sinal do celular de Simon estava fraco, e ele mal conseguia ouvir a conversa do outro lado da linha, que parecia ser importante, já que a pessoa não desligava. — Saia e atenda o celular. — Sugeriu Sharon, mas ele hesitou, preocupado em deixar ela sozinha com Penélope. — Está tudo bem. Vou voltar para o quarto depois de comer um pouco mais. — Simon assentiu com a cabeça, pegou o celular e foi até a janela para continuar a conversa, mantendo um olhar atento nelas enquanto falava. Enquanto Sharon comia em silêncio, Penélope, apesar da expressão desagradável, não lhe causou problemas. Parecia que ambas estavam calmas. A raiva nos olhos de Penélope explodiu quando percebeu o cuidado de Simon com Sharon. Aquela criança, que ela havia criado com tanto esforço, agora estava ali, fazendo de tudo por outra mulher. A criança que ela criou com tanta dificuldade foi roubada por outra mulher. — Penélope, por que não come? — Sharon, de repente, falou pra mulher, que estava sentada não muit