Olivia é uma adolescente de apenas dezessete anos, possui cabelos lisos com uma cor um tanto confusa de se definir, pois varia entre o castanho escuro e o castanho avermelhado. Seus olhos são grandes, com um tom esverdeado, o que a deixa muito atraente. Como muitas pessoas que são residentes do estado do Rio Grande do Sul, ela possui pele clara, mas um pouco avermelhada quando se expõe muito aos raios agressivos do sol, principalmente quando ela visita o estado do Rio de Janeiro, que tem o clima muito diferente do local onde ela está acostumada a viver.
Como Olivia sempre gostou de viajar, ainda que fosse para as cidades mais próximas, ela tem uma amiga que se chama Maria Paula, que a acompanha em todas, ou na maioria das viagens que Olivia deseja fazer.
Maria Paula é uma adulta de dezenove anos, e possui a pele tão clara quanto à de Olivia, e os seus cabelos são lisos, mas em um tom mais escuro, entretanto, com alguns fios dourados que se concentram mais às pontas dos cabelos, e tendo a raiz um pouco mais escura, em um tom mais para o preto. Os seus olhos são da mesma tonalidade do mel, o que a deixa muito atraente.
As adolescentes Maria Paula e Olivia são filhas de famílias vizinhas e muito próximas umas das outras. Por isso, elas foram criadas praticamente juntas, com uma proximidade gigantesca, como se fossem irmãs, uma visitando a casa da outra e estando sempre presentes em festas e outros tipos de comemorações em que as famílias resolvessem se unir. Entretanto, nem tudo é o que parece. Maria Paula nunca se alegrou de forma sincera com as conquistas de Olivia. Quando a sua amiga se aproximava dela para contar sobre algo que ela havia conseguido com muito esforço, Maria Paula dava um sorriso e até mesmo um abraço na amiga, mas tudo isso não passava de um teatro, pois na frente de Olivia, Maria Paula agia de um jeito, enquanto a partir do momento em que Olivia dava as costas, Maria Paula se via tendo pensamentos horríveis e tomados de ódio quando se lembrava do sorriso de Olivia.
Maria Paula sempre tentou esconder esses sentimentos de todos, inclusive de sua própria família, que por sua vez nem desconfiava de que Maria Paula no fundo de seu coração nutria sentimentos invejosos e tomados pelo ciúme de que Olivia era mais elogiada por sua família e professores do que ela.
Um dia, Olivia acordou com uma vontade imensa de conhecer uma cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, a qual era bem pequena e que se chamava Merlim, pois sempre ouvira falar que era uma cidade que tinha um parque de diversões muito interessante e que era muito visitado por povos do mundo inteiro. Ao levantar de sua cama e olhar pela janela a fim de observar e desfrutar dos mais profundos sentimentos que ela nutria ao voltar os seus olhos para aquele imenso céu azul, ela abriu um grande sorriso, espreguiçou-se, esticando os seus braços o máximo que ela pôde acima de sua cabeça e foi caminhando até o banheiro a fim de escovar os seus dentes. Quando ela sentiu o hálito fresco invadindo a sua boca, Olivia resolveu ir caminhando até a cozinha a fim de tomar o seu café da manhã, onde antes mesmo de chegar, foi convidada para se juntar com a sua mãe, ao sentir o forte cheiro de café que subia junto da fumaça que saía da cafeteira e da garrafa térmica que estava sobre a mesa de frente para a pia.
– Bom dia! Venha tomar o seu café da manhã. Tem café fresquinho. – Disse a mãe de Olivia, que se chama Kimberly, a qual é sempre muito gentil com a filha e com quem a tratasse bem.
– Bom dia, mãe. Vou preparar algo para eu comer. – Respondeu Olivia enquanto pegava uma pequena xícara que estava guardada entre os copos na parte de vidro do armário. A xícara era o recipiente favorito de Olivia, possuía algumas pinturas na cor azul, mas que intercalava entre os tons de azul claro e azul marinho, de modo que ficasse mais alegre, porém menos chamativa.
Após pegar a garrafa térmica com cuidado para não queimar os seus dedos, Olivia despejou um pouco daquele líquido preto, saboroso e cheiroso dentro da xícara e o misturou com um pouco de açúcar, o suficiente para adoçar e agradar o seu paladar e deixar o sabor tão convidativo quanto o cheiro que aquele líquido exalava. Sentindo o seu estômago reclamar que a fome estava aumentando, Olivia pegou o pacote de pão de forma, o qual era do seu tipo favorito, e juntamente com um patê de atum e pegando uma faca, Olivia o misturou a uma das bandas do pão. Pegando todos os alimentos que ela já tinha separado, os levou até a mesa e se sentou ao lado de sua mãe a fim de fazerem a primeira refeição, e mais importante, do dia juntas.
Enquanto a mãe de Olivia já estava terminando de comer o seu último pedaço de pão, Olivia ainda estava levando a xícara até a boca a fim de dar o primeiro gole, que desceu aquecendo toda a sua garganta e presenteando o seu paladar com aquele sabor adocicado. Aproveitando que estavam tão próximas e sozinhas, Olivia a surpreendeu quando fez uma pergunta, a qual soou muito repentina quando chegou aos ouvidos de sua mãe:
– Mãe, eu estou querendo viajar para a cidade de Merlim, que fica no interior do estado do Rio de Janeiro. Posso ir com a Maria Paula no fim do mês?
– Pode, minha filha. Mas temos que nos organizar primeiro, pois teremos que pagar a passagem da Maria Paula também, pois os pais dela não têm condições de bancar essa viagem para ela.
Sentindo o sorriso invadir os seus lábios e os seus olhos apresentarem um brilho bem maior do que o normal, Olivia se levantou e deu um forte abraço em sua mãe como agradecimento de ter permitido que ela faça mais uma viagem ao lado de sua melhor amiga.
Depois de terminar de tomar o seu café da manhã, Olivia subiu as escadas de degraus flutuantes e de mármore cor de fumê até chegar ao seu quarto. Ao tocar na maçaneta e abrir a porta, ela foi até o seu guarda roupa e pegou uma blusa de manga comprida na cor marrom e uma calça jeans, a qual teria o objetivo de aquecê-la em um dia que acabava de começar, mas que Olivia já tinha percebido que a temperatura estava baixa e que iria continuar apresentando um declínio cada vez mais expressivo ao longo daquele dia. Ao sentir os tecidos das roupas passando pela sua pele e aquecendo cada célula de seu corpo, Olivia foi até a frente do espelho e ajeitou o seu cabelo, passando delicadamente as cerdas do pente rosa de modo a desembaraçar os fios. Depois de se sentir pronta, ela desceu novamente as escadas e foi caminhando até a porta da sala a fim de ir até a casa de Maria Paula convidá-la para a viagem que deveria ser mais um passeio inesquecível. Entretanto, dessa vez Olivia estaria embarcando em uma viagem sem volta, pois Olivia ainda não sabia, mas ela não retornaria a sua casa para contar aos seus pais todas as aventuras que ela iria viver na cidade de Merlim ao lado de Maria Paula.
Ao sair pela porta de sua casa e descer cerca de cinco degraus de cor branca, os quais tinham o objetivo de conectar a varanda, que por sua vez era composta por um lindo e brilhoso piso de taco, até a calçada de sua casa, Olivia foi caminhando até a casa de Maria Paula, se sentindo tomada pela alegria de convidar a sua amiga para fazer mais uma viagem ao seu lado.Estando de frente para a porta branca de Maria Paula, Olivia foi surpreendida, pois no momento em que ela foi encostar os seus dedos na campainha que estava localizada do lado direito da porta, a fim de emitir o som que sinalizava a sua presença, ela ouviu um barulho e logo em seguida a porta foi aberta, não dando nem tempo de ela chamar por sua amiga. No mesmo instante o pai de Maria Paula, que também surpreendido pela sua presença, a convidou gentilmente para entrar em sua casa.Quando Olivia passou pela porta, ela olhou para trás e agradeceu o convite
Com o passar dos dias, rapidamente o final do mês chegou e faltavam apenas três dias para a viagem de Olivia e Maria Paula. Por isso, Olivia já estava próximo ao seu guarda roupa tentando retirar a sua mala roxa de tamanho médio, que possuía muitos compartimentos internos, além de ter rodinhas que viravam trezentos e sessenta graus, a fim de proporcionar maior conforto ao movimentá-la. Ao colocar a mala deitada e aberta sobre a sua cama, Olivia abriu o seu guarda roupa, deslizando as duas portas entre si, as quais eram todas de acabamento espelhado, o que proporcionava um ambiente luxuoso a todo o cômodo. Conforme as portas se distanciavam uma da outra, uma luz proveniente de uma lâmpada embutida e amarelada era acesa a fim de clarear toda a parte interna do móvel, o que facilitou bastante na busca pelas suas roupas favoritas e mais adequadas ao tipo de clima que ela teria que enfrentar quando chegasse ao seu d
Depois do horário daquele lanche, o dia teve o seu horário avançando rapidamente, assim como os dias consecutivos, fazendo com que chegasse logo o dia da viagem de Maria Paula e Olivia.Na noite entre o dia anterior e o dia da viagem, a mãe de Olivia não conseguiu dormir, pois estava com pressentimentos muito negativos com relação à viagem que a sua filha estava prestes a fazer, então ela se levantou de sua cama, acendeu o abajur que ficava sobre o criado mudo ao lado de sua cama e foi até o quarto de Olivia verificar se a filha ainda estava acordada. Caso ela estivesse, a mãe tentaria mais uma vez fazer com que ela desistisse da viagem, ainda que já estivesse tudo pago. Caminhando lentamente pelos corredores do segundo pavimento da casa, a mãe de Olivia deu duas leves batidas na porta do quarto, mas como ela não ouviu nenhum som sequer, ela girou a maçaneta lentamente e a
Enquanto Olivia, Kimberly e Maria Paula desciam as escadas, o pai de Olivia já estava dobrando as folhas, guardando o jornal e ficando de pé na sala aguardando pegar as malas e colocar no carro, pois já tinha ouvido parte da conversa onde se questionavam se ele poderia dar uma carona a elas.Pegando a chave do carro, bem como os documentos, o pai de Olivia foi até o veículo abrir o porta-malas a fim de colocar as bagagens das meninas. Depois de acomodar tudo, Olivia deu abraço bem apertado em sua mãe, que por sua vez disfarçou as lágrimas que escorriam pelo seu rosto, deixando o pai de Olivia perdido em tais atitudes. E depois que Maria Paula também se despediu da mãe de Olivia, ambas abriram a porta e se entraram naquele espaçoso veículo que as levariam até a rodoviária.Quanto mais o carro se afastava, mais as lágrimas de Kimberly insistiam em descer, como
Nas duas primeiras horas de viagem, o vôo estava fluindo muito bem, tanto que logo veio uma aeromoça guiando um carrinho que estava cheio de biscoitos, pedacinhos de bolo de diversos sabores, bem como uma garrafa térmica de café, outra de leite, e algumas jarras de suco de alguns sabores, e por fim, algumas latinhas de refrigerante. Conforme a aeromoça passava em cada fileira, o lanche foi sendo servido, e enquanto Olivia não aceitou nada do que estava sendo oferecido sobre o carrinho que passava pelo corredor, Maria Paula aceitou um pequeno pacote de biscoito. Para acompanhar e com o objetivo de refrescar a sua garganta, ela optou por um suco que pudesse lhe trazer mais tranquilidade para as horas restantes da viagem. Com esse objetivo, Maria Paula escolheu beber um copo de suco de maracujá. Enquanto ela se deliciava com o seu lanche, Olivia tentou manter o seu pensamento positivo e, deslizando o zíper a fim de abrir a sua bols
Chegando ao aeroporto do Rio de Janeiro, Olivia e Maria Paula ainda não puderam descansar, pois tinham que se dirigir até a rodoviária a fim de pegar o ônibus até a cidade de Merlim, a qual não ficava tão longe dali. Ao caminhar pelo aeroporto, as meninas viram um homem alto, de pele clara, de olhos castanhos escuros, vestido com uma farda, a qual se assemelhava com o uniforme da polícia. Elas perceberam que ele estava com a sua mão apoiando sobre um revólver, enquanto ficava parado próximo a uma escada rolante do aeroporto. Devido a esse comportamento e a sua vestimenta, elas imaginaram que ele pudesse ser alguém do setor de segurança, por isso, Maria Paula se aproximou dele e explicou a situação da viagem, e esse homem respondeu que elas não precisariam ir até a rodoviária pegar um ônibus, pois esse mesmo veículo estaria passando em frente ao te
Quando novamente elas perceberam que estavam estacionando, ficaram com o dedo médio e indicador cruzados a fim de que o veículo não tivesse enguiçado, e sim tivesse estacionando no terminal rodoviário de Merlim. E finalmente dessa vez elas chegaram à cidade e como o hotel ficava bem próximo, não necessitada pagar um táxi, o que seria bem mais caro do que o carro que elas costumavam pedir no aplicativo, pois naquela cidade não havia muitos recursos, inclusive essas facilidades.Aproximando-se à uma construção que era muito simples, elas pararam em frente à porta principal e olharam para cima, observando cada um dos pavimentos. E por verificarem que eles tinham muitas janelas, elas imaginaram que pudesse ser o hotel para o qual Olivia tinha feito a reserva, pois o hotel era tão simples que não tinha qualquer letreiro na frente informando o nome, nem sobre o que se tra
Olivia percebeu que a amiga não tinha ficado feliz com o seu comentário, então para amenizar o clima pesado que se formou entre as duas, ela a convidou para andarem juntas em um brinquedo que tinha muitas cadeiras, as quais giravam acompanhando as batidas da musica eletrônica que o parque oferecia. E Maria Paula, para não estragar os seus verdadeiros planos com aquela viagem, ela aceitou andar nesse brinquedo ao lado de Olivia.Ao comprarem o ingresso individual, a entrada para o brinquedo foi liberada pelo funcionário responsável. E depois de se sentarem na cadeira que tinha duas vagas, elas afivelaram o cinto. No início da música, a cadeira começou girando lentamente, mas conforme as batidas da canção se aceleravam, os giros da cadeira também se tornavam mais rápidos e mais frequentes, fazendo com que elas gritassem cada vez mais alto.Quando elas desceram da cadeira, ela