Sem mesmo eu precisar fazer algo, duas árvores juntaram seus galhos, se entrelaçando e dos seus troncos mais galhos surgiram e foram se juntando, começou a sair faíscas coloridas delas. Era impressionante.
— É por aí que vamos? — sussurrou Nat ao meu lado, também encarando a magia que acontecia.
Juntei minhas mãos em forma de concha e dela surgiu o uma esfera que era o universo em minha palma, era uma mistura de cores e brilhava com as pequenas estrelas dentro. Conseguia ver os planetas dentro dela e como o cosmo era algo lindo, tão belo e mágico. Me senti parte daquilo.
— Isso é apenas uma porta, iremos pelas estrelas — anunciei, andei em direção a porta. — Você vem?
Nat olhou para trás e suspirou, então colocou a mão em meu ombro e avançamos juntas.
— Eu nunca deixaria você conhecer
— Você está pronta? — movi os lábios e ela concordou com a cabeça. Em um ato rápido e não muito calculado, usei meus poderes para tentar soltar as garras, foquei toda a minha força em meus poderes e surgiu um grande estrondo, não sabia como tinha atingido o dragão. Ele grunhiu e nos soltou, fazendo a gente cair no chão duro, tentei me preparar para o impacto, entretanto a flecha ainda estava em meu ombro, fiz o máximo para atingir com o meu outro ombro e mesmo assim a dor foi insuportável.Natasha protegeu o rosto e caiu de costas, dando cambalhotas até parar. Corri ao seu encontro e fui ver se ela estava bem, apenas tinha ficado com o rosto cortado e torcido a perna. Nada muito grave.O dragão voou para longe sem qualquer ataque contra nós. Aquilo era muito estranho e assustador.— Vem, vamos sair daqui — falei com pressa, colocando a
— Você acha mesmo que pode me ferir? — falou com desprezo.— Posso tentar — murmurei, girando meu pulso e sentindo o chicote atingi-lo no rosto. Lhe atingi várias vezes enquanto caminhava em sua direção, entretanto parecia que não lhe causava dano nenhum. Thryee segurou o chicote com a mão e foi puxando, enrolando em seu punho, comecei a ficar desesperada. Fomos nos aproximando, até que mais uma vez ele me agarrou pelo pescoço e meus chicotes sumiram.— Por sua falta de consideração, irei mata-los agora e farei você assistir — contou entre os dentes cerrados.Arranhei seu braço por cima da armadura, mas não fazia nenhuma diferença. Tentava sair do seu aperto, isso também foi inútil. Eu precisava salva-los, olhei para Nat que estava petrificado de medo atrás de nós.— Vá — movi os
— Isso sim é uma líder! Olha o que você está fazendo. Olha essa beleza etérea! — contemplou orgulhoso, estendendo os braços e venerando o meu rastro de raiva e ódio. — Espere só até eu matar aquele garoto, você irá se tornar perfeita!No momento que mencionou o Gabriel, eu travei. Me acalmando de novo, Gabriel era meu talismã, senti o colar em meu pescoço pulsar e recordei de como ele me fazia bem. Mantinha meus poderes centrados, eu havia prometido protege-lo para sempre.— Oh não — lamentou Thryee, notando as coisas voltarem ao normal em nossa volta. — Não me diga que aquele garoto é quem você fez de ancora para os seus poderes?! Mais uma vez colocando o sentimento de amor em algo incontrolável que é os seus poderes.— Você pode me bater, me torturar. Arrancar a minha alma, me fazer su
Puxei ela pelo braço e entramos no portal. Aterrissamos na montanha que havíamos deixado o carro, nenhuma das duas perdeu tempo e corremos em direção a ele e saímos em disparada para a cidade. Eu continuava sem saber quem salvar, apenas torcia para que meus pais e Gabriel estivessem ainda vivos.Assobiei três vezes, chamando Skyla, mesmo sabendo que ela não estava ali, ela ainda podia me ouvir.— Vá até o Pietro e peça ajuda. Mamãe, papai e Gabe estão muito feridos, preciso de ajuda — pedi baixinho para Skyla, que em algum lugar naquela tempestade uivou e eu pude ouvir, aquilo me fez abrir um pequeno sorriso. Talvez eu não perdesse ninguém naquela noite.Pisei fundo no acelerador com tanta força que acreditei que a minha perna iria atravessar o carro. A tempestade ainda continuava forte, comece a fazer ela diminuir para conseguir ver melhor a estra
Meu corpo ficou quente, estávamos interligados. Sentia mais pessoas nos abraçando, espremendo nós dois para ficarmos mais unidos, acreditava que eram os deuses nos ajudando. O coração do Gabriel começou a bater mais forte e a pressão entre nós dois diminuiu.Abri meus olhos e vi uma luz começando a se apagar, me lembrou as cores da aurora boreal até que ela voltou para dentro do meu peito. Gabe arfou como se estivesse respirando pela primeira vez, deitei seu corpo de novo na areia e apoiei de volta sua cabeça em meu colo, ele foi abrindo os olhos de forma lenta e me olhou.— Mikaella — sussurrou fraco, quase não saindo som algum.— Está tudo bem. Você vai ficar bem — respondi lhe acalmando, feliz por vê-lo melhor. A ferida começava a fechar, ficando uma cicatriz rosada.— Você não pode ser ela — fal
Os dois dias seguintes passei em alerta no hospital. Ia do quarto do meu pai ao do Gabriel. meu pai tinha passado por uma cirurgia que durou quase doze horas, seu coração sofreu duas paradas na mesa de operação e ainda não tinha acordado, os médicos diziam que era o normal para o trauma que sofreu, davam três dias no máximo para ele acordar novamente. Eu ficava na encruzilhada de esperança dele acordar e a preocupação de que quando ele acordasse e descobrisse que a minha mãe havia falecido, cheguei a pensar que as duas paradas cardíacas tinham acontecido porque ele queria ficar junto a minha mãe.Os dois sempre pareciam ser o casal que envelheceriam juntos, sentados no banco de balanço na varanda, vendo os netos correndo. Não conseguia acreditar que a minha mãe tinha ido embora para sempre, era um fato surreal para mim. Havia a sensação de que se
— Mikaella? — Natasha me chamou.— Sim.— Me desculpe ter agido daquela forma. Fiquei apavorada com a ideia de perde-lo. Não sei o que aconteceu, simplesmente pensei que o que acontecesse com ele, eu nunca poderia perdoar o responsável e eu a culpei sem motivo. Perdoe-me.— Não, está tudo bem — respondi e me levantei. — Estou destruindo tudo o que toco, é realmente minha culpa ele estar aqui. Minha mãe está morta, meu pai quase morreu e Troy ter morrido e agora está preso sabe se Deus aonde, é tudo por minha causa.— Mikaella, não é verdade. Você não pode ver dessa forma. Meu irmão sempre foi apaixonado por você e vocês são feitos para ficarem juntos. Eu finalmente estou entendendo o amor, sabe? Acho que estou começando a acreditar nele e isso é graças a você —
Entrei no carro sabendo que estava indo em direção ao inferno novamente, com o Diabo no volante. Thryee logo surgiu na frente do volante, o motor roncou quando ele pisou no acelerador sem sair do lugar.— Iremos até aquele paredão com uma Ferrari por que? — perguntei, indiferente a sua exibição.— Querida, aprenda que comigo você faz um portal com o que é mais elegante — respondeu, deixou os óculos deslizar pelo nariz e me deu uma piscadela. — Eu viajo com classe e isso aqui é o nosso transporte para casa.Thryee fez o carro cantar pneu, deixando com certeza marcas no chão e fumaça atrás enquanto dirigia em alta velocidade, cortando entre os carros com pouquíssimos centímetros antes de batermos. Me segurei no banco com toda força, cravando as unhas no couro, ele era insano!Olhei pelo retrovisor a minha cidade ficand