João Felipe
Já estávamos jantando quando o meu irmão chegou e se juntou a nós. Pensei que teríamos um jantar tenso e com animosidade entre nós, porém, para minha surpresa, o jantar transcorreu em um clima ameno, com todos conversando como antes. Aparentemente feliz com a minha "volta" para casa, o João Pedro conversou bastante, sem usar de seu tom debochado, pelo menos não de forma crítica, apenas em tom de brincadeira mesmo.
A Viviane, contudo, parecia ter ficado muito irritada com a minha presença e não desceu nem mesmo para o jantar em família, algo que não passou despercebido a ninguém, pois até mesmo meu pai comentou o fato.
O que me fez voltar a pensar sobre o momento no jardim, quando ela me viu e não conseguiu esconder todo o horror que sentiu com a minha presença inesperada. Por qual
Viviane-Quando o seu irmão vai embora, para deixar a gente em paz? Não suporto mais ele aqui, cercando minha filha todo o tempo.João Pedro olhou para mim de forma debochada e fingi não entender o que ele queria dizer com aquele olhar. Não iria entrar novamente nessa discussão de que a filha também era do Felipe, por que não era!O João Pedro havia me ligando mais cedo, pois estava uma reunião de negócios próximo ao meu local de trabalho e me convidado para que almoçássemos juntos.- Não aguento mais você reclamando da presença do Felipe. – Ele falou, fazendo uma expressão de enfado.- E eu não aguento mais a presença dele!- Você anda tão estressada, Vivi. – Ele me olhou com uma expressão séria dessa vez e falou de maneira delicada: - At&e
João FelipeVendo o problema da Luana com seu ex-namorado, o quanto ela realmente não gostava dele, o fato de que ela queria estar o mais longe possível e que até mesmo trabalhar perto dele era insustentável ao ponto de ela sair de uma empresa da qual gostava de trabalhar devido sua presença, eu percebia que eu realmente nunca quis estar verdadeiramente longe da Vivi.Eu sempre quis estar perto dela. Estar com ela. Nem que fosse para que um fingisse para o outro que não se importava ou que não gostava do outro. Enquanto a Luana falava, eu apenas lembrava dos momentos em que eu estava com a Vivi e o quanto eu fiquei plenamente satisfeito quando nós estávamos juntos, o quanto me sentia feliz em estar com ela. E quando eu queria estar longe, era justamente por saber que não conseguiria me controlar estando perto, como estava acontecendo agora, neste exato instante.<
João FelipeA viagem de meu irmão para os Estados Unidos desencadeou em mim algo que eu não estava conseguindo controlar. A necessidade de estar com a Viviane, de tê-la para mim, que era maior que qualquer coisa e eu não conseguia evitar de estar sempre a procurando, buscando oportunidades de falar com ela.Eu nunca engoli esse casamento dela com o João Pedro, e agora que ele simplesmente havia viajado e a deixado sozinha, era ainda maior a sensação de que havia algo errado com aquela relação.Hoje, por exemplo, era noite de sexta feira e a Viviane havia saído com suas amigas, sem se importar com o fato de que o marido estava a milhares de quilômetros de distância, e quando
VivianeMas em que confusão eu havia me metido, pensei com desgosto. Nunca poderia imaginar que uma saída para a boate acabaria daquela forma. Nunca antes havia acontecido qualquer coisa nem mesmo parecida com isso. E acontecer justo quando o JP não estava comigo e justo o Felipe vinha em meu socorro.As minhas amigas haviam insistido tanto para que eu saísse com elas, um programa de garotas, uma vez que nem o João Pedro e nem o Cesar estavam em São Paulo. Eu então acabei aceitando, pois elas tinham razão quando disseram que eu não saia assim desde o nascimento da Sarinha e eu estava mesmo precisando dançar, tomar alguns drinques.Combinamos então de o Fabiano ir me deixar na balada e que na volta para casa, elas passariam primeiro na minha casa para me deixar e somente depois seguiriam para o apartamento que dividiam, em um bairro um pouco mais d
João Felipe Ainda bem que hoje era sábado e eu não precisava estar na empresa, como também não tinha nenhum compromisso agendado, pois no estado em que meu rosto se encontrava, o meu aspecto não era dos melhores para me encontrar com ninguém, muito menos a trabalho. Estava agora diante do espelho do meu banheiro, pensando como diria a minha mãe que havia me envolvido em uma briga na qual eu havia levado a pior. Era bem constrangedor, na verdade. Estava pensando em voltar a me deitar e adiar esse momento o máximo possível, enquanto saio do banheiro e me deparo com minha mãe entrando em meu quarto, sem ao menos bater. Aparentemente já sabia sobre o ocorrido, pois apesar do horror em sua expressão, ela não demonstrou surpresa em me ver com o rosto totalmente inchado e
VivianeNos dias que se seguiram, o João Felipe não me deixou em paz com suas tentativas de conversar comigo, o que na verdade se traduzia em me convencer a dar-lhe uma segunda chance, algo que eu realmente não estava disposta a fazer de forma alguma.Ele voltou ao trabalho na Mendes na terça feira seguinte, mas sempre estava em casa nos mesmos horários que eu, sempre fazendo as refeições quando eu estava à mesa comigo e quando eu chegava do trabalho ele já estava em casa, brincando com a Sarinha, o que estava me deixando com os nervos à flor da pele.Estava saindo da fundação aquele fim de tarde, quando olhei ao redor, em busca do carro do Fabiano, pois o motorista da fam&iacu
João FelipeDepois de várias tentativas frustradas, eu decidi que a Viviane era leal demais ao meu irmão para me dar uma oportunidade de mostrar que estava realmente decidido a investir em um relacionamento de verdade entre nós e a enfrentar quaisquer barreiras sociais que fossem impostas, uma vez que ela era a mulher do meu irmão, pois o fato de ela ser a filha dos empregados da mansão deixou de importar há bastante tempo.Eu havia sido mesquinho por me deixar levar por algo tão sem sentindo e supérfluo e agora estava pagando o preço.Depois de mais alguns dias, quando já estava totalmente recuperado da surra que havia tomado na boate
João FelipeA viagem de meu irmão para os Estados Unidos desencadeou em mim algo que eu não estava conseguindo controlar. A necessidade de estar com a Viviane, de tê-la para mim, que era maior que qualquer coisa e eu não conseguia evitar de estar sempre a procurando, buscando oportunidades de falar com ela.Eu nunca engoli esse casamento dela com o João Pedro, e agora que ele simplesmente havia viajado e a deixado sozinha, era ainda maior a sensação de que havia algo errado com aquela relação.Hoje, por exemplo, era noite de sexta feira e a Viviane havia saído com suas amigas, sem se importar com o fato de que o marido estava a milhares de quilômetros de distância, e quando ele estava perto, nunca saíam somente os dois. Com a exceção daquele almoço há alguns dias atrás, algo que até mesmo a mamã