MÁRCIA NARRANDO Anos atrás Tenho 17 anos e estou para ir para faculdade, mas ainda nem sei o que quero fazer, na verdade. Queria mesmo era ter nascido homem e ser Don como o meu pai, mas só nisso mesmo, porque eu gosto mesmo é de homem . Adoro quando o meu pai nos leva para ver torturas, ou quando ele faz a gente fazer umas em animais, aquela adrenalina ali me fascina. Escuto alguém bater à porta. — Pode entrar! - Era a voz da empregada. — Senhorita, Dr. Giancarlo pede a sua presença lá embaixo. — Está certo Eleonora, fala que eu já estou indo. - Meu pai não gosta que demore a atendê-lo. — Oi pai, estou aqui, algum problema? - A cara dele estava boa, então não parecia problemas. — Sente aí, preciso conversar com você. - Ele falou tão serio aora que eu pensei ser problemas sim. — Eu já falei para você que na nossa organização os casamentos são alianças entre o casal e também entre as famílias, nós acabamos criando acordos que permitem isso. — Pois bem
MARCO NARRANDO Eu não acredito que o Francesco estava no mesmo lugar daquela vagabunda,. Ele sabe parte da minha história e quer saber eu vou contar tudo para ele. Olho para ele e resolvi que irei contar tudo agora. Certeza que ele entenderá. — Sente aí que preciso conservar com você sobre isso. — Bom, você sabe que eu fui casado antes da sua mãe. — Sim, que a sua ex-mulher fugiu com o motorista e que você a encontrou depois e matou os dois.- Ele dispara parte da história. — Exatamente, aquilo foi a pior coisa que eu já passei na minha vida. - Muito pela vergonha, mas também porque eu a amava, mas teimando em não querer aceitar. — Eu imagino pai. Traição é algo que nos revolta mesmo. — Isso, eu me revoltei porque confiei nele, e mais ainda nela. E eles agiram por trás. — Você gostava muito dela? — Gostava, apesar do meu jeito grosso, implacável, mas eu gostava do meu jeito. - Só hoje de fato eu tenho consciência. - E às vezes me lamentei por isso.
TOM NARRANDO Sou bem ansioso com a nossa ida a minha casa, sei que talvez a minha mãe vá implicar um pouco, mas pela minha felicidade, até porque ela sabe que nunca levei ninguém a minha casa e estou levando ela, sei que ela vai ceder e aceitar a Liza. Chegamos em Palermo perto da hora do jantar e em seguida fomos para a casa dos meus pais. Confesso que estava nervoso, não sabia o que esperar, mas não imaginava que aconteceria o que aconteceu. Meu pai passa mal, minha mãe tratando a Eliza mal, Eliza por sua vez que não tem papas na língua respondeu a minha mãe a altura, coisa que confesso não gostei de vê as duas mulheres da minha vida brigando, aquilo não me agradou, mas minha mãe exagerou e a Liza também poderia ter relevado algumas coisas pelo momento, afinal meu pai estava passando mal. Depois de toda a confusão, saímos para jantar com o meu pai depois que a crise hipertensiva passou e o nosso jantar foi muito bom, notei que o meu pai facilmente gostou dela, ele a
ELIZA NARRANDO Nunca imaginei que o jantar na casa dele fosse terminar com a mãe dele me destratando tanto. Sei que eu poderia ter sido mais educada, mais condescendente, mas a minha vida está uma montanha russa. Não sei o que fazer ou pensar. Não é fácil você andar por todos os lugares e se sentir vigiada, se sentir perseguida. Eu sempre vivi sob ameaça, mas vivê-la de verdade é algo que me amedronta. È de uma proporção fora do comum. No jantar eu perdi o controle com a mãe dele, sei que não deveria ter feito, mas ela também acabou com a minha paciência. Já o pai dele, que senhor incrível, doce, me tratou como um carinho tão grande, que fiquei com uma invejinha do Tom, como seria ter um pai junto a mim. To aqui no quarto num dilema, ao mesmo tempo que quero ir embora eu não consigo mais me ver longe dele. Ah quer saber é melhor eu voltar para Barcelona, lá eu vou pensar direito é a minha terra, se o Tom quiser me ver ele vai lá. Ou melhor não, ai que difícil. El
ELIZA NARRANDO Chegamos na casa do Tom perto das 20h eu confesso que estava bem abalada, tirando pelo dia anterior eu realmente não queria briga, e essa mãe dele não é fácil. Fomos conduzidos a sala e estavam os pais dele, o Sr Fernando veio nos receber, e ela do lugar no saiu, só depois que ele falou com todos que ela veio. — Oi Alex meu filho, como está? - Ela olha para Carmem. — Quem é essa linda moça. - Mas olha que naja. — É a minha namorada Carmem, ela fala pouco Italiano. — Ah, qual o idioma que ela fala?. — Ela é espanhola - A cara dela mostrou tudo. — Ah, você é amiga da namorado Tom então. — É sim, elas são amigas. — Muito prazer Carmem -Ela falou — O prazer é meu Sra Denaro - A Carmem falava pouco, eu ensinei a ela na época da faculdade. — Ola Eliza, boa noite, fiquem todos a vontade. — Boa noite Sra Márcia O jantar já vai ser servido vamos?. Seguimos todos para a sala e eu estava com os nervos à flor da pele, o Tom segurava a minha mão.
TOM NARRANDO Esses dias foram uma avalanche de coisas que aconteceram só em pensar que alguém poderia pegar a Liza aquilo me causava dor. Eu ainda não forcei ela me contar a história toda, porque eu preciso primeiro ganhar a sua confiança plena para casar com ela e ai depois disso vou tentar a todo custo saber que está tentando matá-la. Mas eu já te prometo amor,eu vou acabar com quem quer te pegar. Eu já vejo que ela e a minha mãe não vão se dar muito bem. Afinal minha mãe é o tipo de mulher que não gosta de ser contrariada e a Liza é o tipo de mulher que não é submissa e não baixa guarda. Terei que ter um jogo de cintura bem articulado, caso contrário essas duas irão viver em pé de guerra e isso é tudo o que eu menos desejo.Terei que ser muito conciliador para que tudo fique bem tranquilo. Poder enfim entregar a ela o anel que a minha avó me deu para que eu pudesse dar a mulher que realmente fosse para sempre para mim, não teve preço, mesmo ela sabendo que iríamos noi
ELIZA NARRANDO Não pode ser, ela está querendo me desestabilizar, ele não pode ser mafioso, não, ele não ia esconder isso de mim, a gente é alma gêmea, ele sabia que eu odeio isso, ela não pode. Escuta alguém batendo a porta e respirou fundo. — Pode entrar. — Oi minha filha, mandaram vir buscar você. - Olho para ele, então ele era o Don dessa máfia tão poderosa. — Pode entrar Don Fernando - Ele me olha surpreso. — Não precisa mais mentir eu já sei de tudo, a Márcia se encarregou de me contar o que o senhor e o homem que eu imaginei não mentir para mim não contaram. — Mas porque mentir?. Por que fizeram isso comigo? Por que me deixam às cegas? Não é justo, não ele, o senhor tudo bem, não tinha obrigações comigo, mas ele tinha, eu so não falei para ele o nome de quem me procura pra ele não ir atrás, eu conhecia ele, mas já nem sei mais. - O desânimo me bate. — Filha, as coisas não são como você pensa. — E como são então? O senhor pode me dizer? Vai me dizer q
TOM NARRANDO Por momentos eu pensei que ela não iria responder ao, sim, aquilo me deixou angustiado porque já havia notado que ela não estava bem desde a marcha nupcial, dali ela já não olhava em meus olhos. Mas quando ela me falou que já sabia que eu era da máfia, queria naquele momento ter voltado no tempo. Queria ter tido coragem de contar tudo a ela. Eu realmente fui covarde, não fui decente com ela. E o fato de ter jogado na cara dela que ela também não foi comigo, acho que foi mais por defesa, aquela velha história, a melhor defesa é o ataque e no fundo ela tem razão, ela só quis me proteger e eu fui covarde e menti. — Eliza, você é filha da Ana ?? - De repente a minha mãe entra aos gritos — Essa ai é filha daquela desgraçada que acabou com o meu casamento?? - A Eliza chegou mais perto dela. — Limpe a sua boca para falar da minha mãe. — Limpar? Uma mulher que não se deu a respeito e dormiu com outro, merece o meu respeito? só pode estar maluca. — Mãe pára com