ELIZA NARRANDO CONTINUAÇÃO..... Resolvo ligar para a Carmem, eu contei que iria vê-lo, ela até me afirmou com todas as letras que eu não deveria. Fico pensando em nosso diálogo. — Amiga, você tem certeza? - Ela fala ao telefone eu já imaginando a cara que faz quando quer me repreender. Fiquei com vontade de rir. Ela é muito engraçada. — Amiga, é só um café. Não se preocupe, eu sei me cuidar. Afinal já coloquei ele no lugar tantas vezes, ele sabe quem sou, sempre deixo claro para todo mundo que ninguém pisa em ELIZA PEREZ. — Que você sabe se cuidar eu sei, já vi alguns sentindo o peso da sua mão. - Nós duas rimos de gargalhar. Não que sai batendo em todo mundo, mas confesso que teve uma vez que um cara, bem menor que eu, foi da uma de engraçado e passou a mão na minha bunda. Eu tenho 1:76 e ele deveria ter, sei lá, uns 10 cm a menos. Eu não tive dúvida, o imobilizei e a vontade era de dá na cara dele, soltei ele mais rápido porque ela pediu para eu soltá-lo.
TOM NARRANDO Estou aqui ainda em frente ao café, pensando o que fiz de tão errado. Uma bobagem daquela e a garota fica não me toque, mas talvez eu tenha ido longe demais, ela não me parece ser esse tipo de mulher, e com isso me dei conta que pude ter merda, pois sei la se a gente tem que dizer que existem tipos de mulheres. Oh bicho complicado é mulher. Encaminho para o carro que não estava muito distante, faço um monte de ligações para ela, mando mensagens e nada. Droga, mil vezes droga. Entro no carro e continuo nisso, mas sou tirado dos meus pensamentos quando o piloto liga para saber a hora exata do voo, falo que não irei mais hoje, preciso encontrar com ela urgente. Não me darei por vencido, me chamo Tom Denaro. Nunca desisto. Continuo tentando ligação e ela não atende, mas meu celular toca novamente interrompendo essa busca que eu estou por ela. Vejo que é o Alejandro. — Oi, o que tiver que falar diga logo que o meu dia não começou nada bem - Falo extremamente
TOM NARRANDO CONTINUAÇÃO... Entro no depósito e como quando eu tinha 16 anos, todos os sentimentos que possam me tornar mais fraco, ficam do lado de fora. Passo pela mesa, pego um chicote e caminho entre eles que estavam presos em uma espécie de tronco, e olho um a um, puxando a cabeça deles pelo cabelo, para que me encarasse. Para que soubesse, que ali estava a fera que ia sugar a vida de cada um. — Vocês sabiam com quem estavam mexendo quando resolveram se apossar de algo que não pertenciam a vocês?. - Falo e ninguém responde. — Eu estou perguntado PORRA - Chicotei as costas de cada um com uma força tamanha que vejo o sangue escorrer de todos e os grades de dor ecoando pelo espaço. — Respondam!! — Não sabíamos que era de vocês, nós só estávamos esperando qualquer caminhão de carga para assaltar? e aí veio o de vocês. - Vou até o segundo que nos respondeu. Passo o cabo do chicote na sua cara e bato nele com o cabo bem no rosto. O cabo tinha um pedaço de ferro, a b
ELISA NARRANDO Estou aqui dentro do carro do Ruan e ele fala comigo e eu respondo meio no automático. Mas a minha cabeça continua ali na porta da minha casa. Continua presa naquele olhar que me draga todas as minhas emoções. E o que eu fiz com o Ruan? que papel foi esse? Eu não gosto de usar ninguém, isso não condiz com a minha pessoa e vou deixar claro para ela. Chegamos no Le Grand Café Rouge, eu adorava aquele lugar. Pedimos um suco, porque não bebia e ele estava dirigindo. Ficamos conversando banalidades, ele era uma pessoa muito legal, divertida como a irmã, mas eu já tentei e não dá. Não há química suficiente entre nós, e eu preciso falar isso para ele. A comida chegou e ficamos desfrutando de uma excelente lagosta. Depois que terminamos ele colocou a mão na minha mão. Fiquei apreensiva. — Por que não tentamos mais uma vez? - Ai, isso que eu temia. — Eu sou louco por você, e gostaria imensamente de mostrar todo esse sentimento em ações. Até hoje fico me culp
TOM NARRANDO Saio do prédio com uma péssima sensação. Ao chegar na boate o Alejando, que, na verdade costumo chamar Alex na maioria das vezes, já estava me esperando numa mesa. — Oi amigo, como você está? Conseguiu falar com ela? - Ele mal me vê já dispara mil perguntas sobre essa diaba que eu quero tirar dos meus pensamentos o quanto antes. Pelo menos é o que a minha razão me manda fazer, mas o coração pensa o contrario. — Ah cara, resolvi ir lá na casa dela, comprei flores para me desculpar, e olha que basicamente só mandei flores para minha mãe a vida toda. - Falo o que tinha feito, que para mim já era demais. Nunca corri atrás de mulher nenhuma na vida. Pelo contrário, elas que correm atrás de mim. — Tá, entendi, você comprou as flores, mandou entregar? e ai? — Que mandar entregar que nada, eu fui decidido a conversar sabe? Depois que você falou comigo pensei, estou fazendo tudo errado, então vou até lá resolver essa merda que fiz. Quer dizer, que acho que fiz ne
ELIZA NARRANDO Eu simplesmente queria apagar esse dia que passou e mais o restante depois que esse homem entrou na minha vida e bagunçou com tudo. Levanto com ódio do que estou sentindo, vou até a sala, pego o vaso, sigo até a área de serviço e pego aquelas flores e jogo todas fora. Droga porque eu estou sentindo tudo isso, porque ele mexe tanto comigo a ponto de me tirar tanto do sério. Nunca ninguém me fez sentir tal sensação. Quero saber? vou caminhar um pouco, preciso um pouco de endorfina para melhorar esse meu humor. Pena que a carmem tá de plantão, se nao ia precisar do santo colo dela. Troco de roupa, coloco tênis, pego celular e fone de ouvido e entro no elevador e abro meu Spotify e coloco na minha plylist favorita. Chego na garagem, abri o carro e antes de dar partida eu resolvo ligar para Carmem, caso ela não possa atender ela recusa. Para a minha surpresa no primeiro toque ela atendeu. — Oi li, como você tá? como não me ligou quando vi que você tinha
FERNANDO NARRANDO Teve que fazer uma viagem a Nápoles para resolver algumas coisas, e aproveitei para ver se conseguia uma noiva para o Tom, precisamos nos aliar aos napolitanos , a organização Camorra é muito forte e precisamos desse apoio. Nessa conversa que tivemos por alto, sem fechar nenhum acordo sobre isso, ficamos de voltar a falar. Mas já tem algumas meninas na lista. Consegui fechar contratos em vários seguimentos, e um em específico foi o principal, o no setor da construção civil. Temos construções em várias regiões da Itália, afinal temos uma construtora que tem filial em 10 países e os cimentos deles saem muito em conta. Ele domina essa parte ilegal que vai nos trazer muitos lucros. Só preciso convencer o Tom o quanto antes, não aguento mais ver esse menino sem rumo na vida com relação ao casamento. Eu preciso que essa aliança com a Camorra fique mais forte e para isso, o Tom terá que casar com uma delas, mas pelo que vi no almoço que participei ele não vai
TOM NARRANDO Quando a encontrei naquele parque foi uma avalanche de emoções, eu não sabia bem lhe dar com tudo isso, porque era tudo muito novo para mim, em todos os sentidos. E aquilo acabou me deixando muito confuso. Primeiro porque parece que tudo que sou e faço é errado, eu tento acertar mas sempre que caiu nos mesmos abismos e valas prendas que se tornou a minha relação inicial com a Eliza. Bom, o que me cabe é tentar acertar e preciso fazer isso da melhor maneira possível, ela merece um Tom descente.. E quando ela aceitou o meu convite para conversar eu em acreditei, até porque eu fiz uma burrada atrás da outra. Chego do porque todo molhado a chuva me pegou de cheio, corro para um banho rápido e me troco. Já preciso ficar pronto para a viagem. Confesso que pela primeira vez em alguns anos que trabalho é a primeira vez que não queria voltar para casa, queria ficar aqui e sei o motivo e se chama ELIZA PEREZ. Bom, vamos lá enfrentar a leoa, espero que eu consiga d