TOM NARRANDO CONTINUAÇÃO... Entro no depósito e como quando eu tinha 16 anos, todos os sentimentos que possam me tornar mais fraco, ficam do lado de fora. Passo pela mesa, pego um chicote e caminho entre eles que estavam presos em uma espécie de tronco, e olho um a um, puxando a cabeça deles pelo cabelo, para que me encarasse. Para que soubesse, que ali estava a fera que ia sugar a vida de cada um. — Vocês sabiam com quem estavam mexendo quando resolveram se apossar de algo que não pertenciam a vocês?. - Falo e ninguém responde. — Eu estou perguntado PORRA - Chicotei as costas de cada um com uma força tamanha que vejo o sangue escorrer de todos e os grades de dor ecoando pelo espaço. — Respondam!! — Não sabíamos que era de vocês, nós só estávamos esperando qualquer caminhão de carga para assaltar? e aí veio o de vocês. - Vou até o segundo que nos respondeu. Passo o cabo do chicote na sua cara e bato nele com o cabo bem no rosto. O cabo tinha um pedaço de ferro, a b
ELISA NARRANDO Estou aqui dentro do carro do Ruan e ele fala comigo e eu respondo meio no automático. Mas a minha cabeça continua ali na porta da minha casa. Continua presa naquele olhar que me draga todas as minhas emoções. E o que eu fiz com o Ruan? que papel foi esse? Eu não gosto de usar ninguém, isso não condiz com a minha pessoa e vou deixar claro para ela. Chegamos no Le Grand Café Rouge, eu adorava aquele lugar. Pedimos um suco, porque não bebia e ele estava dirigindo. Ficamos conversando banalidades, ele era uma pessoa muito legal, divertida como a irmã, mas eu já tentei e não dá. Não há química suficiente entre nós, e eu preciso falar isso para ele. A comida chegou e ficamos desfrutando de uma excelente lagosta. Depois que terminamos ele colocou a mão na minha mão. Fiquei apreensiva. — Por que não tentamos mais uma vez? - Ai, isso que eu temia. — Eu sou louco por você, e gostaria imensamente de mostrar todo esse sentimento em ações. Até hoje fico me culp
TOM NARRANDO Saio do prédio com uma péssima sensação. Ao chegar na boate o Alejando, que, na verdade costumo chamar Alex na maioria das vezes, já estava me esperando numa mesa. — Oi amigo, como você está? Conseguiu falar com ela? - Ele mal me vê já dispara mil perguntas sobre essa diaba que eu quero tirar dos meus pensamentos o quanto antes. Pelo menos é o que a minha razão me manda fazer, mas o coração pensa o contrario. — Ah cara, resolvi ir lá na casa dela, comprei flores para me desculpar, e olha que basicamente só mandei flores para minha mãe a vida toda. - Falo o que tinha feito, que para mim já era demais. Nunca corri atrás de mulher nenhuma na vida. Pelo contrário, elas que correm atrás de mim. — Tá, entendi, você comprou as flores, mandou entregar? e ai? — Que mandar entregar que nada, eu fui decidido a conversar sabe? Depois que você falou comigo pensei, estou fazendo tudo errado, então vou até lá resolver essa merda que fiz. Quer dizer, que acho que fiz ne
ELIZA NARRANDO Eu simplesmente queria apagar esse dia que passou e mais o restante depois que esse homem entrou na minha vida e bagunçou com tudo. Levanto com ódio do que estou sentindo, vou até a sala, pego o vaso, sigo até a área de serviço e pego aquelas flores e jogo todas fora. Droga porque eu estou sentindo tudo isso, porque ele mexe tanto comigo a ponto de me tirar tanto do sério. Nunca ninguém me fez sentir tal sensação. Quero saber? vou caminhar um pouco, preciso um pouco de endorfina para melhorar esse meu humor. Pena que a carmem tá de plantão, se nao ia precisar do santo colo dela. Troco de roupa, coloco tênis, pego celular e fone de ouvido e entro no elevador e abro meu Spotify e coloco na minha plylist favorita. Chego na garagem, abri o carro e antes de dar partida eu resolvo ligar para Carmem, caso ela não possa atender ela recusa. Para a minha surpresa no primeiro toque ela atendeu. — Oi li, como você tá? como não me ligou quando vi que você tinha
FERNANDO NARRANDO Teve que fazer uma viagem a Nápoles para resolver algumas coisas, e aproveitei para ver se conseguia uma noiva para o Tom, precisamos nos aliar aos napolitanos , a organização Camorra é muito forte e precisamos desse apoio. Nessa conversa que tivemos por alto, sem fechar nenhum acordo sobre isso, ficamos de voltar a falar. Mas já tem algumas meninas na lista. Consegui fechar contratos em vários seguimentos, e um em específico foi o principal, o no setor da construção civil. Temos construções em várias regiões da Itália, afinal temos uma construtora que tem filial em 10 países e os cimentos deles saem muito em conta. Ele domina essa parte ilegal que vai nos trazer muitos lucros. Só preciso convencer o Tom o quanto antes, não aguento mais ver esse menino sem rumo na vida com relação ao casamento. Eu preciso que essa aliança com a Camorra fique mais forte e para isso, o Tom terá que casar com uma delas, mas pelo que vi no almoço que participei ele não vai
TOM NARRANDO Quando a encontrei naquele parque foi uma avalanche de emoções, eu não sabia bem lhe dar com tudo isso, porque era tudo muito novo para mim, em todos os sentidos. E aquilo acabou me deixando muito confuso. Primeiro porque parece que tudo que sou e faço é errado, eu tento acertar mas sempre que caiu nos mesmos abismos e valas prendas que se tornou a minha relação inicial com a Eliza. Bom, o que me cabe é tentar acertar e preciso fazer isso da melhor maneira possível, ela merece um Tom descente.. E quando ela aceitou o meu convite para conversar eu em acreditei, até porque eu fiz uma burrada atrás da outra. Chego do porque todo molhado a chuva me pegou de cheio, corro para um banho rápido e me troco. Já preciso ficar pronto para a viagem. Confesso que pela primeira vez em alguns anos que trabalho é a primeira vez que não queria voltar para casa, queria ficar aqui e sei o motivo e se chama ELIZA PEREZ. Bom, vamos lá enfrentar a leoa, espero que eu consiga d
ELIZA NARRANDO Estou aqui no carro pensando, acabei de sair daquele hotel e o que fiz jamais tinha feito na minha vida. Eu nunca tinha tomado uma atitude daquela, com homem nenhum. Não que eu acho que fui errada. Na verdade, eu não sei onde consegui coragem para puxar o Tom e o beijar daquele jeito, mas agora to meio que pensando, será que eu deveria ter feito? Mas eu não sou mulher de andar para trás. Acredito que se não for para passar por cima de alguém eu vivo o que eu tenho para viver e foi assim que a minha mãe me disse nas suas cartas. Mas percebi que tudo ia muito bem até ele atender aquele celular. Estava pronto para me dar um beijo e tenho certeza que não era um beijo no rosto como foi o que fez. Mas independente disso, aquele beijo foi a porta de entrada definitiva para um sentimento que eu teimo em não aceitar. Hoje digo com todas as letras que eu estou apaixonada pelo Tom. O meu coração dá pulos enormes, e constatar isso causa-me medo, ele é um cara ainda mu
ALEJANDRO NARRANDO Chamo-me Alejandro Palomo, tenho 32 anos, trabalho nas Organizações Denaro a cerca de 5 anos. Inicialmente eu participava da parte lícita das coisas, sou engenheiro de computação mas com pós no setor de segurança de rede. Depois de alguns problemas de invasão das redes na empresa, o Tom, me chamou e abriu o jogo do que representava aquilo tudo e ele foi um cara incrível que me deu a chance de escolher se eu queria continuar ou sair. Eu não quis sair, porque gosto do que faço, mas confesso que aquilo me abalou. Afinal eu cresci num ambiente onde meu pai sempre prezou pelo nome, e sou uma pessoa idônea. O Por falar em meu pai, a nossa relação não é boa, meu pai me culpa até hoje pela morte da minha mãe. Eles se casaram jovens e extremamente apaixonados. Com pouco dinheiro ele conseguiu fazer uma enorme fortuna é um grande empresário no ramo do aço. Quando eu nasci a minha mãe teve problemas no parto e veio a falecer, ela e meu irmão gêmeo. Só eu sobrev