Nikolai
— Uau, vocês realmente não desperdiçaram energia — diz ao verificar o sujeito que mostra a sua surpresa no segundo que percebe quem ela é. — Posso ver que sabe quem eu sou.
— Nikolai parece ter ouvido o que eu disse e trouxe a mulher dele para debaixo de suas asas — Aleksandra vira o pescoço lentamente para me encarar e posso ver a braveza inflando os seus olhos e se pudesse já estaria me fatiando inteiro, mas se estamos aqui não é pelo desejo de parceria? — Mas vai adiantar de alguma coisa? Deve saber que ele não protegeu sequer o irmão.
— Você sempre fala muito ou está empolgado em me ver? — pergunta ao se aproximar dele me deixando com uma gastura na boca do estômago, dado que não consi
Nikolai— Já se sentiu dessa forma? Traído ao ponto de não conseguir nem mesmo olhar para pessoa vindo na sua frente falar sobre amor? — pergunta e eu não consigo focar em nada além do modo como ela se mexe ao deixar que as palavras corram sem exibir o quanto um dia elas foderam com o seu coração. — Jurava que tinha uma mãe, mas na verdade estava sendo chicoteada pelo próprio diabo.— Devo sentir pena de você? Que pena que teve pais horríveis — responde o prisioneiro.— Não, você não precisa sentir pena, porque eu me vinguei por cada uma das vezes em que fui violada de forma impiedosa para que pudessem se lembrar de mim mesmo ao serem torturados no inferno — diz colocando uma mão sobre o ombro d
AleksandraO que deu nele?Estava apenas mostrando como poderia fazer para tentar levar o sujeito ao ponto onde eu poderia empurrá-lo com facilidade de um penhasco, mas o que eu recebi? Um surto em forma de crítica? Não vê que só me faz pensar que não tomei a melhor decisão?Ainda estou expondo outra pessoa além de mim. Claro que depois do que fez ao ir parar em meu apartamento não tinha como impedir as meninas de se envolverem, mas é um problema meu e tem cada vez mais pessoas entrando nele por sua causa, isso quando não estava surtando.O que vai fazer se começar a perder o controle e pôr mais pessoas em risco?Vislumbro a sombra de um sujeito ao se aproxima
Nikolai— Onde está a Aleksandra? — Questiona meu pai ao me verificar ao passo que Valentina se ergue do lugar onde estava mantendo Yulia ao brincar com Sofiya indo em direção ao ponto de onde me viu saindo.Como acha que pode encontrar a amiga sem conhecer a casa? Além disso, estava vindo logo atrás de mim, não tem motivos para se preocupar.— Estava me seguindo — conto, mas o seu olhar estranho faz com que eu verifique a falta de som das duas mulheres surgindo por onde eu saí. Meu pai se agacha colocando Sasha junto da irmã enquanto Sofiya está me julgando com o olhar, ainda que nada tenha sido dito.Meu pai segue o caminho feito por mim e não acreditando que precisa conferir as coisas depois deu f
Nikolai— Me pedir para vir ao seu quarto em um momento como esse não é ousado demais? — pergunta Aleksandra ao andar pelo cômodo sem se parar, olha cada coisa, toca no que quer e me observa pedindo para que fale o que desejo para a tirar da sua conversa amistosa com meu pai.O homem está realmente muito animado com a companhia dela, o que me faz ter certeza de que mais tarde serei eu ouvindo sobre como preciso adiantar minhas estratégias para fazer com que ela se torne parte de nossa família, pois será uma ótima soma para nós, e também para ela.— Você tem um quarto careta como você — fala sorrindo ao se sentar na cama. — Não tenho muito tempo para gastar agora, preciso buscar Jasmine na nataçã
Aleksandra — Soube que tem trabalhado com Pasha e seus filhos — fala Natascha e me pergunto sobre quais foram as vezes em que pude encontrá-la sem a ver com a cabeça enterrada no monte de papéis sobre os serviços que temos que fazer. — Também soube da sua obra de arte na panificadora. — Pensei que ficaria orgulhosa de mim — digo a vendo sorrir ao ajustar os óculos deixando-o solto sobre o busto preso pela corrente de ouro que fica em seu pescoço. — Sobre Pasha, acredito que será mais rápido finalizarmos essa situação de uma vez com a ajuda deles, já que me enfiaram nesse buraco. — Entendo e sei que sabe escolher o que é melhor para você, claro, Pasha está por dentro dos negócios da Sumbra, então, acho que facilitará algumas coisas para o seu lado — conta-me. — Seus filhos podem não saber sobre a minha posição na cúpula, mas seria impo
Aleksandra— Não sei se isso é uma coincidência, mas não estou muito feliz — falo ao baixar a minha xícara vendo o sorriso de canto no rosto de Nikolai.— Para alguém que degolou alguém aqui há alguns dias está muito à vontade — Diz ao fazer um sinal para que a moça venha pegar o seu pedido. — As pessoas aqui sabem quem é?— Salvei a filha deles há alguns anos, é isso — conto com a dita menina me olhando com os olhos brilhando com uma admiração que nunca vou entender, mas é sempre desse jeito quando me vê. — Não tome muito do tempo dela.— Um café puro e o mesmo que ela comeu como refeição
Brasil, São PauloAleksandra— Ele deve estar sendo sério com essa coisa de relacionamento — fala Tasya tomando o seu drink fazendo biquinho no canudo. — Se não estivesse, por que se esforçar tanto? Não tem motivo para tal coisa quando já deixou claro que o ajudaria, independente de aceitar essa parte do acordo.— Eu acho que ele é doido, isso sim — profiro, pois que homem continuaria voltando depois de ser negado tantas vezes? Tenho certeza de que já passamos da meia dúzia, porém, insiste, como se eu de repente fosse ver algo que nunca vi me levando a mudar de opinião. Não é assim que a mente trabalha ao desejar uma pessoa e eu nem quero que a minha passe a ponderar sobre esse tipo de escolha.<
Aleksandra — Oi querida — viro-me vendo o sujeito sentando-se ao meu lado sem nem mesmo pedir permissão. Não consigo esconder a estranheza expressa em meu rosto por ele sequer pensar que eu poderia recusar sua aproximação. — Estava te olhando e vi que está sozinha agora que a sua amiga está conversando com alguém. — Olho de soslaio por cima do ombro para Tasya que continua em sua conversa animada com o sujeito ao usar de sua atuação para deixar menos evidente o seu sotaque russo. — Não estou sozinha, estou apenas esperando — digo em inglês, já que deve ter notado que falávamos usando o idioma, mas posso ver em seu rosto que não adianta o que eu falar, não mudará o que acabou de escolher ao se posicionar desse modo diante de mim. Me vê como uma presa fácil. Último capítulo