Brasil, São Paulo
Aleksandra
— Ele deve estar sendo sério com essa coisa de relacionamento — fala Tasya tomando o seu drink fazendo biquinho no canudo. — Se não estivesse, por que se esforçar tanto? Não tem motivo para tal coisa quando já deixou claro que o ajudaria, independente de aceitar essa parte do acordo.
— Eu acho que ele é doido, isso sim — profiro, pois que homem continuaria voltando depois de ser negado tantas vezes? Tenho certeza de que já passamos da meia dúzia, porém, insiste, como se eu de repente fosse ver algo que nunca vi me levando a mudar de opinião. Não é assim que a mente trabalha ao desejar uma pessoa e eu nem quero que a minha passe a ponderar sobre esse tipo de escolha.
<
Aleksandra — Oi querida — viro-me vendo o sujeito sentando-se ao meu lado sem nem mesmo pedir permissão. Não consigo esconder a estranheza expressa em meu rosto por ele sequer pensar que eu poderia recusar sua aproximação. — Estava te olhando e vi que está sozinha agora que a sua amiga está conversando com alguém. — Olho de soslaio por cima do ombro para Tasya que continua em sua conversa animada com o sujeito ao usar de sua atuação para deixar menos evidente o seu sotaque russo. — Não estou sozinha, estou apenas esperando — digo em inglês, já que deve ter notado que falávamos usando o idioma, mas posso ver em seu rosto que não adianta o que eu falar, não mudará o que acabou de escolher ao se posicionar desse modo diante de mim. Me vê como uma presa fácil. Nikolai— Você está de brincadeira? Consigo ver na sua cara — A gargalhada insana não contida, irritada e fora de hora, mostra que é aquele que tinha somente a intenção de foder comigo em seus minutos de zombaria.Faz isso já que ainda não pode agir como sempre devido às costelas feridas.— Você está errado, não tire conclusões da bunda — reclama ao xingar sem parar.— Se não foi rejeitado o que houve? Você estaria se vangloriando se tivesse conseguido fazer com que ela ficasse ao seu lado, a não ser que não tenha um único motivo para a mulher querer estar com você — continuo o vendo prestes a explodir como um balão d71. Selo de rejeição, parte 1
Nikolai— O que houve Tolya? — Acho que esses dias têm sido um conjunto de ações em conluio dos meus irmãos para virem até mim me dar algum tipo de toque que me fizesse correr atrás da Aleksandra, pois somente assim seríamos capazes de voltar ao normal de novo.— Nossa, você comeu limão? — pergunta ao adentrar no cômodo com um notebook embaixo do braço e o sorriso em seu rosto não é capaz de esconder que sente algo de errado no que quer que esteja prestes a me mostrar. Só falta vir com um plano de casamento para cima de mim. Certeza de que papai amaria, já que agora, não só pergunta da Aleksandra, mas também dos seus filhos.— Não está com a expressão de algué
Brasil, São PauloAleksandraEm um país diferente você tem que tomar cuidados diferenciados, uma vez que não tem como saber quem pode estar observando, mas se tem uma coisa que não muda é a maneira como você pode descobrir se alguém está te seguindo ou não, e quando é um grupo não tem muitos meios de esconder tal coisa.Além disso, a má iluminação os ajuda a se tornarem gatunos que esperam pelo momento de dar o bote em uma pequena e indefesa criatura.Quando escolhemos esse lugar onde ficaríamos sabíamos que estaríamos enfrentando certos tipos de perigo, uma vez que não é um lugar onde qualquer um queira estar, mas é ótimo para
AleksandraPercebi que me seguiam a cada vez que saia, analisaram bem o caminho que eu fazia a cada vez até perceber que a noite seria um ótimo momento de atacar, já que não há câmeras funcionais na área, muito menos iluminação adequada, que apesar de não garantir a segurança de ninguém ao menos faz com que alguns indivíduos se assustem.Agacho-me quando o som da ripa cortando o ar passa por cima da minha cabeça.Acerto um soco na boca de seu estômago ao sacar uma adaga da minha bota.Aproximo-me enquanto ainda se recupera do soco que recebeu e berra guturalmente quando sente que sua carne foi rasgada com facilidade pelo material super afiado. Com o desespero o comendo e as mãos solta
Aleksandra— Está preocupada com o pedido dele? — pergunta-me Tasya ao dormir na cama ao lado da minha. Dessa vez não havia motivos para ficarmos em ambientes separados. Toda a estrutura do lugar onde ficamos nos dá cobertura o suficiente.— Nikolai apenas é estranho demais — murmuro e começa a sorrir erguendo-se da cama espalhando o lençol de cor duvidosa ao se sentar na cama cruzando as pernas em uma posição de lotus.— Não somos mais estranhas do que a maioria das pessoas? — questiona-me como se a resposta não fosse óbvia. É claro que somos. Fazemos o que é preciso para sobreviver e de certo deixamos algumas pessoas com a pulga atrás da orelha sempre que nos veem passando. — Quem sabe ele só queira que isso dê certo, sabe o que aconteceu com a ex esposa dele.— E se envolver comi
AleksandraMoscou, Rússia— Devo me sentir feliz em ser a primeira pessoa que vocês veem ao retornar — fala Natascha ao erguer rapidamente o que tem em mãos. — Como não tenho como desgrudar vocês é melhor que vejam o que tem dentro juntas.Tasya abre a pasta rapidamente ao começar a passar as fotografias dentro delas. Não há somente fotos dos crimes escandalizantes dos sujeitos que matei, mas reportagens sobre um carniceiro ter passado pela área. Rindo Tasya me mostra como em um pedaço de uma das matérias do jornal as pessoas afirmam nunca terem visto tamanha crueldade.— A diversão de vocês foi muito boa. — Neste momento não sei se está se preparando para me criticar ou não. — Também acertaram em cheio, mesmo não tendo ideia de quem era o sujeit
Aleksandra— Devo ficar feliz de ter sido convidado para comer na sua casa? — pergunta ao se sentar não evitando o sorriso que nasce em seu rosto ao ver que Yulia mastiga o seu mordedor como se dentro dele pudesse encontrar a papinha dos sonhos.— Não tem muitas coisas que o fariam feliz aqui, tem? — inquiro com ele ignorando o olhar que lanço em sua direção ao se focar na bebê, já que o irmão está apagado em seu soninho depois de finalmente ficar mais tranquilo devido a dor do nascimento dos dentes.Agora ambos estão enfrentando a dor do primeiro dente, mas Sasha tem ficado bem choroso, mas se um dente nascendo é insuportável para nós que sabemos como reclamar, não consigo imaginar o que é para ele que pode apenas chorar em aviso.— Como foi com o seu pai? Ele parou de te aporrinhar?— A