Aleksandra
— Olha para mim, quantos dedos tem aqui? — Nikolai move a cabeça ao tentar encontrar uma posição que lhe favoreça a visão, mas não consegue. — Foi uma granada?
— Sim, eles usaram quando sai do carro — explica ao levar a mão com a arma em direção ao ferimento na testa. Está sangrando bastante, então deve ser um pouco fundo demais, porém, não tenho tempo para verificar.
— Vamos trocar — digo ao tomar a arma de sua mão colocando as alças das sacolas entre seus dedos. — Se você perder isso eu te mato. — Digo ao me mover em direção a entrada da loja vendo que há dois sujeitos verificando o corpo do homem e adaga em sua garganta. — Só qu
AleksandraContinuo minha corrida em direção a um fast food saltando por cima do balcão de atendimento ao invadir a cozinha por onde a comida é despachada ao procurar por algo que me ajude em minha brincadeira e noto o sujeito me olhando assustado ao me ameaçar com a única concha que tem em mãos.— Não é assim que vai sobreviver e voltar para sua família — digo ao notar o brilho dourado em seu anelar. — Se esconda em um lugar melhor. Onde fica o álcool? — Com a mão tremendo me aponta as garrafas e com o auxílio de uma faca retiro rapidamente as tampas dando uma olhada rápida vendo que os sujeitos já estão vasculhando o local a minha procura, devem saber que não daria tempo de o atravessar até escapar. AleksandraHoje era para ser um dia tranquilo e acabei matando mais do que meia dúzia de homens.— Não pediu para que eu ficasse no lugar — retruca, como se isso fosse importante.— Você é burro? Na sua situação é claro que tem que ficar onde te deixam — discorro e os dois sujeitos atrás dele parecem prestes a pedir que ele permita que tenhamos algum espaço para que converse sem que sejam testemunhas disso.— Certo, entendi, mas pode vir comigo? Será muito mais rápido, além de garantir que não esteja aqui quando a polícia chegar.— Por que acha que eu preciso me preocupar com a polícia? — pergunto ao enc48. Perseguição rumo ao inferno, parte 4
NikolaiNeste momento estou assistindo as expressões perplexas de meus irmãos e eles sequer ouviram a parte mais interessante da história. Sendo franco, nem tenho certeza do porquê de pedir para que não comentassem sobre os feitos de Aleksandra, que isto ficasse em segredo até que eu entenda quem é de verdade.Talvez por perceber que estava sendo sincera ao dizer que me caçaria e me mataria.Quem sabe por entender que no final das contas me ajudou e que a expor não é o melhor.Entretanto, isto não significa que estou ajudando a esconder seus segredos? Não me torna tão mentiroso quanto ela? Pois quantas pessoas sabem do que é capaz de fazer? Quem mais poderia ter conhecimento sobre as suas habilida
Aleksandra— Acha que eu estou brincando aqui Pasha? — Grita Natascha para o senhor Sokolov ao ficar tão vermelha que parece um tomate maduro pronto para explodir. — Uma das minhas garotas está na mira dos seus inimigos porque seu filho não pode ver o rabo de uma mulher. — Tento manter minha expressão neutra enquanto tenho certeza de que o senhor Sokolov nem sabe como rebater a todas as investidas da minha chefe.— Sinto muito que tenha acontecido dessa forma, mas informações errôneas foram repassadas entre nossos inimigos e agora acreditam que Aleksandra é um interesse amoroso de Nikolai, o que a colocou no jogo — explica-se, o que somente deixa Natascha mais brava.Cheguei a pedir que me deixasse ficar do lado de fora para que sua discussã
Nikolai— Senhor. — Christian entrar devagar na sala depois de permitir a sua entrada. — Nós terminamos as investigações iniciais sobre a senhorita Polakoff — Conta e peço que se adiante para me entregar o que tem em mãos, pois se posso começar a entender um pouco mais de quem ela é, por que não o faria?Principalmente quando meus irmãos não param de insistir para que eu tome providências para que ela não fique em perigo, contudo, como explico que Aleksandra não precisa e nem deseja a segurança que nossa família pode proporcionar?— Não conseguimos muita coisa além de saber que ela foi trazida para a Rússia quando era uma criança através de contrabando. Parentes, familiar
Aleksandra— Não acho que eu tenha amigos como você — digo ao ver o sujeito se sentando na minha frente colocando uma pasta sobre a mesa ignorando completamente o que foi dito. Está achando que pode apenas agir como quer aqui? Comigo?— Sinto muito, pareço com um amigo para você? Talvez deva melhorar minha cara de mau — profere ao enlaçar os dedos colocando-os sobre a pasta que pode ter tantas coisas dentro que as ideias pipocam sem parar em minha cabeça. — Não estou aqui porque me conhece senhorita Polakoff.— Acho que seus pais não lhe deram educação, então — arrazoo ao beber o meu café, irritada, por sentir que não posso ter um único minuto de paz nos últimos dias, não faz seque
Nikolai Quando abro a porta do meu escritório e vejo que Aleksandra está diante de mim sei que as coisas não devem ir bem no meu dia, mas quando seu punho acertou a minha cara em cheio notei que devia usar alguns truques para afastar as energias negativas ao meu redor, pois é bem claro que estou sendo perseguido por esse tipo de maldade. Seguro meu queixo ao me perguntar como um corpo tão esguio consegue ter tanta força acumulada para gastar desse jeito, pois faz tempo que senti um soco com tanta vontade expressa de forma nítida. — Não sei se devo dizer que é bem-vinda — profiro ao notar que suas mãos estão sujas de sangue e o riso psicótico em seu rosto faz com que eu apenas dê espaço para que entre enquanto noto que dois dos meus seguranças estão no chão sendo questionados pelo que perdeu a chance de ser atacado.
Nikolai— Por que não me conta o que houve desde o início? Posso ver que teve alguma diversão. — Analisa as próprias mãos e os resquícios de sangue em suas roupas, contudo, sequer pensou em se livrar deles ao vir atrás de mim, o que significa que a sua raiva era tanta que não se interessava pelo que achavam ao vê-la.— Começamos pelo fato de a sua equipe não ter apagado a minha presença como deveria? — indaga.Como pode iniciar a conversa acusando a minha equipe de não ter feito um bom trabalho? Como pode ter certeza de que é culpa nossa?— Como tomei minhas próprias decisões para ter certeza de que não me encontrariam imagino que a ú